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O Ouriço

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Dívida: Os primeiros 5000 anos

Faust Von Goethe 14 Ago 12

 

Numa entrevista recente à cadeia de televisão Bloomberg TV - que merece ser vista, revista e partilhada a partir desta hiperligação- David Graeber reflectiu sobre questões bem actuais como "Qual é a verdadeira natureza do dinheiro?", "Porque a dívida é considerada como uma questão moral?" e "Será que nós vivemos verdadeiramente numa democracia?".

 

David Graeber, antropólogo [e activista político], foi um dos co-fundadores do Occupy Movement e autor no livro Debt: The First 5,000 Years. É também conhecido por ter cunhado o slogan We Are the 99%.

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1 comentário

De Vilma Muniz de Farias a 14.08.2012 às 12:13

A pergunta do antropólogo gira em torno sobre o há de errado com a moeda.Tema do livro, a dívida existe há mais de 5.000 anos, pois nos primórdios os seres humanos já utilizavam do sistema de troca de mercadorias, antes mesmo da criação dela(dinheiro).

A resposta encontrada a sua inquietude é a difícil constatação, na atualidade de uma sociedade dividida, pela primeira vez, entre devedores e credores.

Segundo ele, a dívida tem sido centro de debates, provocando “insurreições intermináveis” em todo mundo. Se refletirmos, há em torno de tais discussões uma linguagem que advém dos tempos antigos cujo substrato encontramos nos textos religiosos, sobre dívida. A questão era circunscrita em torno da culpa, pecado e redenção. Ter dívida era errado, pecado, assim como cobrar a mais era também assim considerado. Tanto é verdade que até a Idade Média a palavra usura era utilizada como sinônimo de juro, cuja prática era proibida, pois acreditava-se que dinheiro não poderia gerar dinheiro. Assim a cobrança de juros era considerada uma forma de explorar uma pessoa que estava passando por uma situação difícil, portanto todos os empréstimos financeiros deveriam ser realizados sem cobrança de nenhuma taxa.

O homem não se libera desse conceito, entre o bem e o mal, porque está no seu inconsciente coletivo e é base das doutrinas religiosas, levantando a polêmica das negociações, perdão de dívida, sistema financeiro sem sustentação de uma supervisão eficaz.

O livro é bom e abre de maneira realística um debate que está no fundo dos manifestos, exteriorizando uma indignação massiva de pessoas e países.

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