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O Ouriço

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A Bancarrota de 1892

Faust Von Goethe 31 Jan 12

 

 

A um dia da celebração dos 104 anos do regicídio, Fernando Sobral e Edgar Caetano recordam como a "bancarrota" de Portugal em 1892 conduziu à queda da monarquia:

 

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O Portugal do final do século XIX viu-se sem alternativa: uma economia "galinha choca" e um endividamento galopante levou a uma bancarrota parcial, anunciada em Julho de 1892. Faltou o ouro brasileiro. E escassearam as remessas dos emigrantes na antiga colónia. Faltou também o crédito, com que se poderia "mascarar" o problema e adiar a solução. Foi o início do fim da Monarquia.

Reestruturar a dívida não é uma ideia de hoje. É de ontem. Ou melhor, do século XIX. Em 1892, Portugal, confrontado com a incapacidade para cumprir os seus pagamentos, declarou a bancarrota parcial. E não pagou. Era apenas mais um episódio no ciclo continuado de dívidas e défices que têm assombrado o País nos últimos séculos.

Em 2011 voltamos a discutir o mesmo. Mas a crise de 1892 não nasceu nesse ano nem terminou quando Portugal voltou a conseguir financiar-se no exterior. Começou antes do Ultimato britânico e só terminou, em certa medida, com a queda do regime, a Monarquia. 

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A título de curiosidade e para contextualizar, recorde-se também o post de Álvaro Santos Pereira no seu (antigo) blog Desmitos e a entrevista de Rui Ramos à revista Mafra Hoje.

Sugiro também uma leitura mais demorada à excelente entrada no blog da associação cívica e cultural 31 de Janeiro.

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2 comentários

De Carlos Roberto a 31.01.2012 às 17:10

Há muito mais do que isso, os Ingleses fizeram o Ultimato Inglês porque sabiam que Portugal queria sair da Zona da Libra que era a moeda de referência para as transações na altura.

De Faust Von Goethe a 31.01.2012 às 17:28

Bem visto! Aliás, o problema por detrás da nossa bancarrota assim como da bancarrota argentina de 2001 é a paridade monetária.
Não é assim tão simples dizer "não pagamos!" como certas pessoas já defenderam em tempos.

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