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O Ouriço

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Leituras de Economês #10

Faust Von Goethe 9 Nov 12


Best of dos meus últimos textos publicados no Caleidoscópio:

Boas leituras! E um excelente fim-de-semana.

 

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"Ultimamente tenho andado com a vista cansada. Deve ser das lunetas... " é o slogan do Caleidoscópio, um novo blogue do universo Blogs Sapo.

 

Para além de mim, irão também fazer parte da equipa dois dos coautores d'O Ouriço- John Wolf & Paiva Monteiro.

 

Façam-nos uma visita!

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Como deve ser da esfera do conhecimento geral, a prostituição é das profissões mais antigas do mundo que resistiu às mudanças dos tempos e dos [brandos] costumes. Provavelmente a profissão mais intemporal que perdurará ao longo dos tempos.


Numa altura que se discute formas criativas de tentar amealhar mais contribuições para a segurança social-actualmente em deficit, segundo previsões recentes do governo- a legalização desta seria uma [possível] solução criativa que poderia vir a render milhões em contribuições e, quem sabe, ajudar a melhorar as receitas fiscais.

 

Haveria assim uma acentuada melhoria na saúde das profissionais, que eram obrigadas a fazer check ups regulares. A saúde dos clientes e respectivos cônjuges seria portanto salvaguarda, contribuindo assim para a prevenção do HIV.

 

Adenda # 1: Tenho a plena noção que há um certo preconceito em falar abertamente em temas como a prostituição. É tabu, eu sei! Serei provavelmente alvo de chacota, eu sei. Mas tentar ignorar que a prostituição não existe, nunca contribuirá para a sua extinção. Tu sabes!


Adenda # 2: Idem para o consumo de drogas leves.

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Miguel Macedo anda-nos a ler...só pode!

Faust Von Goethe 23 Set 12



Portugal «não pode ser um país de muitas cigarras e poucas formigas».

Miguel Macedo a 23.09.2012 (no decorrer de uma inauguração de um quartel de bombeiros)

 

(...).Resta saber se com a baixa de temperatura as restantes baratas tontas do governo se deixem de comportar como cigarras e passem a se comportar como as obreiras formigas.

O inverno está quase à porta...

Por mim a 06.09.2012 (um dia antes do TSUnami Passos Coelho)

 

Adenda #1: Os Portugueses já dão o exemplo e só se manifestam às 6ªs feiras-depois de sairem do emprego-e aos fim-de-semana para não lhes levar mais do que aquilo que já lhes é "rapinado" ao fim do mês.

 

Adenda #2: O senhor ministro, ao invés de fazer discursos bacocos e moralistas, devia de seguir o exemplo de Assunção Cristas que já ontem esteve a vindimar para os seus lados.

 

Adenda #3: Não se esqueça na próxima 6ª feira de dar os parabéns à senhora Ministra-pela colheita deste fim-de-semana e pelo seu aniversário.

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O Estado da Nação

Faust Von Goethe 21 Set 12

 

Tenho tentado ao máximo evitado fazer críticas, que não sejam construtivas aos actuais líderes do governo, em particular ao CDS/PP pois retirando o poder do seu líder Paulo Portas, os restantes ministros não têm um grande peso político no actual executivo. Nem nas secretarias de estado.

 

Como forma de contrabalançar com as actual conjuntura política, decidi rever o vídeo de encerramento do debate sobre "O Estado da Nação", em que Portas afirmou que “Portugal estar melhor no final desta legislatura do que estava no início desta legislatura”. Quem ouviu as palavras de Portas há um mais de um mês ficou com a esperança de que o que estava a ser feito estava-ou ainda está-a valer a pena.

 

No entanto, a conjuntura actual não valida grande parte do discurso de Portas. É verdade que os problemas dos juros da dívida e da bolsa de valores se estão a resolver. Mas este optimismo desmesurado não se deve às medidas do Governo, mas à mudança do paradigma da Europa para enfrentar a crise. As soluções apenas vieram após líderes como Mário Monti terem batido o pé a Angela Merkel naquela célebre madrugada do pós europeu de futebol em que Itália cilindrou a Alemanha por 2-0. O eventual desastre espanhol que conduziria ao afundamento de Espanha-que deve formalizar a sua pedida de ajuda externa aos membros da UE-apenas contribui ainda mais para o pragmantismo das medidas tomadas.

 

Recentemente, Mario Draghi decidiu tomar as rédeas da liderança do Banco Central Europeu e, mesmo contra as objecções e reservas do Bundesbank, jogou um trunfo forte com vista à salvação do euro. Do primeiro-ministro e ministros de estado desconhece-se qualquer tomada de posição a nível externo. Apenas ouvimos declarações tímidas às recentes medidas tomadas pelos nossos parceiros europeus.

 

A nível da política doméstica, o slogan "A nossa credibilidade é a nossa margem de manobra” mencionado por Portas no debate do estado da nação não passa de mero ruído de fundo, ou se quiserem, soundbytes. Mais austeridade que vem a caminho continua a penalizar quem mais trabalha assim como os pequenos aforradores. Por outro lado, a actual proposta para a mexida na taxa social única contempla apenas as empresas que têm um número elevado de trabalhadores.

 

O ónus do modelo de ajustamento Português assenta essencialmente nas exportações. E a criação de postos de trabalhos a curto prazo passará essencialmente pelas empresas exportadoras. No entanto, sabemos que empresas que têm um número elevado de mão-de-obra, apenas algumas exportam. E é provável que que sejam estas as que mais irão contribuir para melhorar o desempenho da balança comercial. No entanto, a flexibilização do mercado laboral acordada em concertação social-a lei do chinelo como alguns analistas a apelidaram-fez com os custos salariais baixassem significativamente. Já se trabalha portanto mais por menos dinheiro.

 

No que toca à saúde, custos salariais com médicos, enfermeiros e profissionais de saúde, em geral, ficaram também mais baratos. O encerramento anunciado de unidades hospitalares como a maternidade Alfredo da Costa assim como a fusão entre as unidades hospitalares do Hospital da Universidade de Coimbra com o hospital dos Covões mostram-nos claramente que, atendendo à qualidade dos nossos hospitais, que o futuro do Sistema Nacional de Saúde passará essencialmente pelo turismo [de saúde], o que poderá não ser mau de todo.

 

Tal como Portas [e Gaspar], acredito que dentro de um ano teremos a balança comercial equilibrada. No entanto, a tendência de queda acentuada do poder de compra a nível interno, irá fazer disparar as falências e o desemprego. Por conseguinte, a diminuição do número de trabalhadores a descontar irá aumentar as despesas com a segurança social. Logo, a probabilidade de não cumprirmos com as metas do défice em 2013 é bastante elevada. Em termos gerais, esta é uma das conclusões que se pode retirar após ler o Global Outlook para o quarto trimestre do banco [francês] BNP Paribas.

 

Já se percebeu pelas declarações de Vítor Gaspar que o povo- ou melhor, as cobaias- irão sofrer ainda mais com a actual teoria de choque. Quem esteve na manifestação do passado sábado constatou que muitas delas já estão desesperadas, outras em risco de perder o abrigo e muitas outras em risco de passar fome. Algumas já gritam umas com as outras, outra(s) se tentaram imolar - como o caso do jovem de 20 anos em Aveiro. Tudo isto fruto do aumento da agressividade que em nada contribui para o clima de paz social e muito menos para a imagem que passamos além-fronteiras.

 

Pelas recentes declarações de Gaspar-que recentemente esteve em Berlim com o seu homólogo alemão-o espectáculo parece ter sido interessante, porque o modelo [capitalista] por ele defendido com o patrocínio de Schaube requer [muita] competição e agressividade. Prova disso é que o seu homólogo continua a esfregar aos mãos de contente perante a possibilidade de se confirmar a teoria de que "ser bom aluno" é que realmente compensa.

 

Não interessa portanto se pelo caminho, vão morrer muitas cobaias, pois todos estes sacrifícios desmesurados são em favor da ciência [económica]. Com os elogios da Alemanha a Portugal, resta saber se o prémio por tal proeza será uma estátua em homenagem ao patriotismo [de Portas e de outros tantos], tal como fizeram os soviéticos aos [pobres] cães de Pavlov.

 

*Texto publicado no site do Instituto da Democracia Portuguesa.

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Leituras em tempos de Crise

Faust Von Goethe 15 Set 12

 

Se há clássico de literatura que se encaixa que nem uma luva na actual crise das dívidas soberanas que emerge na europa e, em geral, no mundo desenvolvido, esse clássico é Little Dorrit de Charles Dickens.

 

O enredo deste "romance" gira em torno das deficiências do governo e da crise de valores da sociedade de então, em plena revolução industrial.

A inspiração para este romance foi Marshalsea, uma das mais conhecidas das prisões inglesas para devedores, onde o seu próprio pai esteve preso por não ter pago uma pequena dívida.

 

Naquela época, prisões como Marshalsea eram propriedade privada. Os custos destas eram suportados pelos presos que, por seu turno estavam impedidos de trabalhar. A isso se juntavam os juros das dívidas. O tempo de prisão assim como os juros da dívida dependiam essencialmente do capricho dos credores.

 

Na época, o objectivo do tesouro britânico passava por impedir os devedores de ganhar dinheiro, com o objectivo de os endividar até estes serem espoliados e escravizados até ao tutano.

 

No seu "romance", Dickens satirizou a separação de pessoas com base na falta de interação entre as classes. Enquanto cidadão, contribui- e muito- para acabar com este negócio florescente que girava em torno de prisões como Marshalsea.

 

200 anos após o nascimento de Dickens, devíamos de lhe prestar o devido tributo, não reeditando [apenas] Little Dorrit entre outros clássicos, mas acabando [de vez] com esta dividocracia.

 

 

Leituras complementares:


#1: Livro Little Dorrit em formato digital

#2Dickens, o homem que travou Marx por Pedro Correia do blog colectivo Delito de Opinião.

#3: Blogar em tempos de crise por mim.

 

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Por alturas da 3ª avaliação da troika, já por aqui se tinha escrito em jeito de eufemismo o seguinte:

Nós, Portugueses, estamos presos por uma camisa de forças-cumprimento das metas do programa de ajustamento financeiro- e suspensos por um cabo de aço a arder em chamas. O objectivo passa por nos libertarmos da camisa de forças num curto espaço de tempo-isto é, as reformas estruturais terão de produzir rapidamente o devido efeito.

 

Segundo a capa de hoje do jornal Sol, a fuga de Houdini não se concretizou pois Pedrito de Massamá não nos conseguir libertar [a tempo] da camisa de forças. Pelo contrário, apertou-a ainda mais.

 

Adenda #1: Como já se tinha aqui anunciado, défice anda na casa dos 6.3%, previsão essa que vai ao encontro dos números de Vítor Gaspar assim como da previsão mais optimista do banco de investimento [francês] BNP Paribas.  Se tivesse sido renegociado com a troika 6% como meta de défice para 2012,

a apresentação de um orçamento rectificativo antes da apresentação do orçamento de estado para 2013 resolveria o problema de fundo.

 

Adenda #2: Se as eleições fossem hoje, "o" MFL, i.e. o partido de Manuela Ferreira Leite, obteria maioria absoluta. Não precisaria portanto de se coligar com os três maiores partidos da oposição-PSD,PS e CDS.

 

 

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Efeito Draghi!

Faust Von Goethe 6 Set 12

Depois de Mario Draghi anunciar o novo plano do BCE para compra de dívida pública, as temperaturas em Portugal [continental] vão começar a descer nos próximos dias.

 

Temos Draghi! Teremos Gaspar [se assim o entenderem]! Resta saber se com a baixa de temperatura as restantes baratas tontas do governo se deixem de comportar como cigarras e passem a se comportar como as obreiras formigas.

 

O inverno está quase à porta...

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