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O Ouriço

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Algarve, Finlândia e o Futuro

Jack Soifer 23 Jun 14








Há 20 anos, a Finlândia estava como Portugal. Como nós, num extremo da Europa e muito dependente de dois mercados, o seu grande vizinho russo e o pequeno sueco.

Como nós, exportava riquezas naturais, pescado, cobre e celulose, e produtos de limitada tecnologia, calçados, têxteis, cristais e reparação naval.

Como nós, grande parte da agricultura era de subsistência, dispersa e sem boas estradas. Havia poucas grandes empreiteiras que faziam grandes obras no exterior; muita corrupção. O Marco finlandês era sustentado também pela remessa de emigrantes para as suas famílias.

Como foi o milagre finlandês? Como no resto da Europa, total descentralização do Ensino Básico para os concelhos. Formação profissional prática, energias alternativas, empreendedorismo, controlo de cartéis, automação na administração pública, fisco proativo.

Jack Welch disse: “do Estado, é necessário apoio para (…) reforço da educação técnica em proximidade com as empresas, garantia de qualidade em todos os níveis de ensino, pedagogia da responsabilidade”.

Sobre inovação, quer valorizar “o profissionalismo, desenvolvimento tecnológico para resultados concretos, e verdadeiro venture-capital que permita experimentar e concretizar novas ideias e projetos”.

O ensino profissional aqui, como todo o demais, é “muito teórico, embasado em oratória, com poucos laboratórios”, dizem.

O sucesso da Finlândia, está na força do empresariado local no comando de todo o ensino do país. Lá não perguntam “quem é ou quem apresentou o Jack”, mas sim “em que pode ele contribuir a curto e longo prazos”.

Lá não se lucra ao falar rebuscado, mas ao fazer e inovar. Linux, Nokia, Enso são produtos simples, baratos, confiáveis; focam na real necessidade do cliente, sem anúncio na TV.

Temos mais recursos naturais do que a Finlândia: mar muito mais rico, floresta que pode crescer mais rápido, bom solo, sol para energia e turista, vinhos.

Temos o povo mais simpático da UE. Falta-nos dar-lhe o que precisa para passar a Finlândia: reais oportunidades de trabalho, prático e bom ensino profissional, respeito ao humilde mas competente, controlo e justiça atempada para coibir abusos dos “amigos da corte”.

Podemos estar na cabeça da UE em 2030. É implantar uma verdadeira democracia educacional e económica. Regionalizar as estatais, ficar perto do cliente. Introduzir “conselhos de utentes” em todos os Institutos e DGs. Dar poder à DECO e à Quercus de fechar lojas e travar obras enquanto a lenta justiça julga.

Democracia não é só poder votar. É igualdade de oportunidades e, sobretudo, dar voz e poder ao consumidor. Pôr no Conselho das escolas empresários, os que precisam de mão-de-obra e bons cidadãos. Usar melhor os recursos, integrar, para que 2 e 2 não seja só 4, mas um 8, deitado, um infinito de bons resultados para o povo Português.

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Prato-feito regional

Jack Soifer 12 Set 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As regras de higiene que o lóbi da indústria alimentar impôs à União Europeia têm levado à falência muitas empresas familiares e tornado difícil manter-se a cozinha regional. Milhares de restaurantes podem ser multados pela ASAE por não seguirem essas regras. Mas todos eles têm forno de micro-ondas.

É impossível concorrer com o lóbi dos congelados. Mas é póssível obter, de alguma agência governamental, a classificação de cozinha regional para, de forma artesanal, preparar e congelar doses individuais ou duplas para serem depois aquecidas e servidas em tascas ou pequenos restaurantes.

 

Prepare cem doses de cinco pratos regionais e entregue-as gratuitamente às treze mais populares tascas e restaurantes da sua zona, onde serão apresentadas aos seus clientes frequentes para eles avaliarem. Calcule o valor dos três pratos mais votados. Explique a essas PME as vantagens de economizar tempo, espaço e energia. Use produtos locais, adopte a slow-food e certifique o seu catering. Fotografe os pratos com requinte. Use uma frase tipo “Orgulho da tua região” ou “Segredo da avó”. Adicione um prato por trimestre à sua lista e, na nova informação, mostre a fotografia de alguns agro-fornecedores.

 

Grave um DVD amador com entrevistas a restauradores e a clientes satisfeitos. Mostre-o noutras tascas e restaurantes. Nestes, para alargar o rol dos pratos no cardápio, complicados de preparar, simples de aquecer. Leve esta opção a oficinas e minas distantes, onde hoje os trabalhadores vão almoçar longe. Ofereça umas doses aos semanários e às rádios locais. Só então dê a um só supermercado local o exclusivo de vender o seu produto ao povo, o que exige outra embalagem.

 

O investimento é limitado e com financiamento directo do fabricante dos equipamentos para uma pequena cozinha. Compre uma carrinha usada para a distribuição.

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Emprego e trabalho

Jack Soifer 11 Set 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma vez ouvi um condutor de autocarro turístico reclamar que antes ganhava 3 a 4 mil euros e agora só 1.200 euros. Que o patrão exige horário flexível, começar cedo, às vezes acabar tarde. E que um ucraniano faz tudo e ganha menos de mil.

Esta atitude matou o turismo de qualidade por cá. Muitos ainda não percebem que o futuro do turismo nada tem a ver com o passado. Já não temos os bons turistas, que exigiam qualidade; os actuais já não dão o esperado agrado ao sair da carrinha. O lucro caiu e assim as firmas usam ao máximo os seus recursos e colaboradores. Muitos não aceitam que já se foram as vacas gordas e talvez leve mais de sete anos até melhorar. Não percebem que já não haverá emprego, só trabalho.

O desemprego vai aumentar, o que trará mais criminalidade, e espantará ainda mais os turistas.
Uma freguesia nortenha adoptou o “Hub”, e disponibilizou uma escola básica abandonada, modernizada, com Internet Wi-Fi, a preços módicos, onde o cidadão pudesse lá, na sua firma individual, criar o seu próprio trabalho. Sem burocracia ela dá oportunidade à real inovação dos que querem trabalhar para ganhar.

Por cinco anos afirmamos que o turismo tradicional não tem futuro em Portugal. Só agora aparece alguma acção para outros nichos. Tarde demais. O alerta a derrocadas nas falésias onde as CCDR, contra o parecer dos técnicos, autorizaram aldeamentos, concretizou-se. A politicagem e a morte ao genuíno matou não só uns turistas, mas o turismo de qualidade.

É urgente criar novas actividades económicas. Há anos aqui as descrevo; o Governo ajuda, mas os burocratas travam. Temos pouco tempo para fazê-lo e sermos vistos na União Europeia como um país onde vale a pena investir em hightech. Yes, os autarcas muito podem fazer!

 

 

 

 

 

 

 

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Inovar o marketing de turismo

Jack Soifer 21 Jan 13











Nos seminários da CCDR em Faro que assisti, ficou claro que se fala muito e pouco se faz de inovação. Uma das razões é a limitada divulgação das boas práticas no exterior com resultados para os agentes económicos do trade. A outra é a estrutura arcaica de uma empresa pública central que gasta muito em acções inúteis. E regiões de turismo onde dominam os construtores e os políticos e não os mais importantes do turismo, as PME que garantem o bom atendimento e inovam.


Fala-se de informática em inovação, mas esta apenas a facilita. É vital conhecer o sonho implícito de um turista quando ele procura informação ou faz uma reserva. Isto implica interactividade onde se mede os nanosegundos em que ele permanece em cada slide do portal, quais as preferências de cada clique, e muito mais. Cada slide é feito no mais moderno neuromarketing para, consoante os primeiros cliques, levar-nos a conhecer as preferências de cor, imagem, movimento, palavra, ritmo, linguagem, tonalidade sonora, e muito mais.

 

O marketing individualizado, para optimizar a recepção do turista e surpreendê-lo, só pode ser feito por uma equipa multidisciplinar, não basta um webdesigner e um marketeiro. Ritmo, retenção, emoção, tudo deve levar o interessado a informar-nos sobre o seu íntimo e só depois confirmar a reserva e pagar. Pois o que o turista deseja é ser tratado pelo seu nome, realizar um sonho, ter as suas expectativas superadas. Temos que oferecer o que ele quer e não impor o que pensamos que ele quer.

 

Este mix de ciência e arte em turismo não está nos burocratas que falam de inovação e têm euros, nem nos boys metidos no turismo. É para quem já foi guia, vendeu vinho no restaurante gourmet, ajudou uma idosa com a mala e um jovem gay a voltar ao hotel. Numa estrutura big enough to cope, small enough to care.

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A SANTinha MILAGREIRA

Jack Soifer 3 Jul 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Há dias os jornais publicaram uma notícia bombástica. São 1600 empregos, 232 milhões de investimentos, meio milhão de turistas! Um verdadeiro milagre! Há semanas publiquei dados que informei ao Sr. Ministro da Economia, obtidos após extenuante trabalho de muitos experts, a mostrar que em 2014 teremos 26% de desemprego, um brutal aumento da criminalidade, continuado desinvestimento, aumento da economia paralela, etc. com a atual política económica. Como então este súbito otimismo em Silves? É a coincidência de uma série de milagres!

 

O primeiro milagre foi conseguir que uma enorme área protegida como santuário de aves e também pela NATURA 21 na lagoa de Salgados, transformada em zona urbanística pela CCDR do Algarve. Como é que o saco verde da lagoa tornou-se zona azul?

 

O segundo milagre foi alguém na marinha ter permitido isto numa zona que precisa de aprovação daquele nobre corpo da defesa nacional, que tem entre os mais conceituados técnicos do país e verdadeiros defensores dos valores pátrios. Quem permitiu? O ministro sabe? A publicidade diz “praias privadas”!

 

O terceiro milagre foi, no meio desta brutal crise financeira que assola meio-mundo, algum banco ter prometido financiamento para este projeto megalómano - ou não prometeu? Qual é o banco?

 

O quarto milagre foi convencer alguém nalgum mi(ni)stério (quem, qual?) que as 30mil camas vazias nos atuais hotéis e aldeamentos e outras tantas privadas não bastam para os próximos 10 anos. Já temos 100 mil autorizadas no Algarve e os empresários reclamam que estão a perder dinheiro. E, contrariar todas as previsões das associações de empresários do turismo, não só de Portugal, de que o fluxo turístico vai cair.

 

O quinto milagre foi convencer a imprensa que isto não é mágica nem milagre. Ou será que o “capital” inicial é para a publicidade que permitirá a alguns jornais sobreviver mais uns meses com a esperança da austeridade, também por milagre, acabar?

 

O sexto milagre é o Grupo Galilei, envolvido no escândalo do BPN ser o beneficiário destes milagres.

Só mesmo em Silves ocorrem tantos milagres! Em breve teremos uma nova rota turística religiosa para lá. Pois até em Inglaterra já se conhece a milagreira.


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Práticas da Economia Real II

Jack Soifer 16 Mai 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A História Repete-se: Repito o Intróito

 

Em 11/11/04 publiquei um alerta sobre esta crise. No Prós e Contras de 01/03/10 alertei que haveria uma RE-volução na Grécia, já que lá não havia uma E-volução.

Pouco depois detalhei que há três tipos de REvolução: a popular, como a Magrebina em 2011; golpe, quase sempre militar e radicais mudanças impostas de fora para dentro, como a troika está a fazer.

 

Recomendei Portugal sair do Euro. Esta ameaça faria a Merkel ouvir-nos. Em 2011 alertei que ela iria obrigar-nos a segui-la, para não perder as eleições regionais. Em Fev/12 disse que vários países não implementariam o acordo Merkozy e que a Zona Euro sofreria uma fratura com o acordo, se inalterado.

 

Porque é que o Ministro das Finanças Erra II

 

Há uma grande diferença entre o que se diz e ensina de economia e as suas práticas no mundo real.

Estas variam de um setor para outro, consoante a maior ou menor concentração de players nele, da regulação mais ou menos eficiente, do nível de atuação das associações de defesa do consumidor naquele setor específico, etc.

 

A maioria dos teóricos e políticos olha só para as médias e comparações recentes. Consultores internacionais e econometristas olham para os quintiles para estudar os extremos, olham para os ciclos de longo prazo e para early warning indicators.

 

Com a austeridade, a economia paralela vai crescer em Portugal, como o fez em outros países.

O ouro que as famílias tinham e que foi vendido nos últimos 6 meses a bom preço, já escassa e o preço cai,  já o stock dos dealers é grande.

 

O aumento das exportações foi cíclico, aumenta no início dos anos pares em ciclo parado. Ela vai cair.

Há menos dinheiro a branquear na Europa, por isso menos entrará por cá.

Assim, o PIB e a receita vão cair, Mr. Vítor Goldman Sachs.

 

O Pouco Explorado Turismo II

 

Em 15/05 a UNWTO publicou que em 2011 a receita mundial com o turismo ultrapassou 1000 MM€ (trilhão)e que alguns países tiveram os seus gastos duplicados com este trade.

Em 2005 publiquei no semanário algarvio Avezinha e em 2006 no Jornal de Negócios que não aproveitamos os mercados turísticos emergentes nem os nichos mais lucrativos.

Os mercados emissores que mais cresceram de 2008 a 2011 foram:UK uns 1%, DE 2%, NL 0% US 6%, CN 70%, RUS 50%, BR 98%, AUS 50%, Índia 50%.

 

O Ministério da Economia há 5 anos que insiste nos velhos nichos dos velhos mercados e o resultado aí está, perdemos muito dineiro.

O turista sol-praia gasta 33€/dia, fora a viagem e o hotel. O montanhista uns 90€/dia.

 

Nichos a explorar II: Montanhismo

 

O montanhista sobe montanhas mais com os pés do que com as mãos.

Mesmo ao usar cordas e botas especiais, só em raras exceções é que usa grampos na rocha.

A sua meta principal é atingir cumes de onde desfruta de uma bela vista panorâmica.

Este lazer/desporto exige ótima condição física, preparação, algum equipamento e um guia competente que não ponha vidas em risco.

 

Em geral, as mais belas vistas de cumes são ao amanhecer ou ao entardecer. Mas, como algumas subidas passam por desfiladeiros ou trilhos com pedras soltas, só os mais experientes as fazem no escuro.

 

Há grupos de montanhistas entre universitários, pintores, ambientalistas, profissionais e professores de botânica, biologia e geologia, fotógrafos, ornitólogos, etc. Lá em cima a Fauna e a Flora são diferentes, pois há menoságua, sombra, húmus e insectos; e mais vento. A variação de temperatura entre a noite e o dia é marcante.

 

Os grupos e as associações, têm boletins, websitese blogs. Este é o caminho para se chegar àqueles que os influenciam e divulgar o seu destino.

 

Mas o fundamental é sentir-se seguro durante os percursos. Por isso, é importante levar equipamentos em ótimas condições como telemóveis e GPS.

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Práticas da economia real I

Jack Soifer 11 Mai 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A História Repete-se

Em 11/11/04 publiquei um alerta sobre esta crise. No Prós e Contras de 01/03/10 alertei que haveria uma RE-volução na Grécia, já que lá não havia uma E-volução. Pouco depois detalhei que há três tipos de Revolução: a popular, como a Magrebina em 2011; golpe, quase sempre militar; radicais mudanças impostas de fora para dentro, como a troika está a fazer.

Recomendei Portugal sair do Euro. Esta ameaça faria a Merkel ouvir-nos. Em 2011 alertei que ela iria obrigar-nos a segui-la, para não perder as suas eleições regionais.

Não tenho bola de cristal. A história repete-se e leio muito, especialmente os nobeis. Concluí que em Portugal dá-se muita voz aos mesmos protagonistas de sempre que, naturalmente, repetem o que sempre disseram, a exceção de uns poucos que ainda realizam investigação científica ou que já não precisam deste protagonismo.

Aqui posso partilhar troços dos meus recentes livros, que ilustram a diferença entre as teorias e as práticas económicas e porque é que há brutais erros (deliberados?) na atual política económica, fruto do desprezo pelos resultados no mundo real.

Porque é que o Ministro das Finanças Erra

Há uma grande diferença entre o que se diz e ensina de economia e as suas práticas no mundo real. Estas variam de um setor para outro, consoante a maior ou menor concentração de players nele, da regulação mais ou menos eficiente, do nível de atuação das associações de defesa do consumidor naquele setor específico, etc.

O ministro e a maioria dos professores e teóricos e até alguns jornalistas falam de finanças como se fosse de economia. Só ao estudar os nobeis de Economia é que se percebe as diferenças. Por exemplo Gunnar Myrdal e Stiglitz. Se os lessem, veriam que quanto maior o poder de compra nas camadas mais desfavorecidas, maior é o impacto no emprego, pois beneficia a indústria local de têxteis, alimentos, construção, transportes e ainda os serviços. Ilustro com um setor e um nicho dele.

O Pouco Explorado Turismo

No recente Forum IDP Algarve, António Pina observou muito bem no painel  que há nichos já bem estabelecidos e que já não precisam de apoio para aumentar o seu fluxo: sol-praia, golfe e congressos. Disse que há muitos outros nichos que poderiam ser melhor explorados para complementar a oferta. Certíssimo! Até há pouco, após pagar a viagem e parte do hotel, gastos que pouco ajudam o emprego em Portugal, o turista no Algarve deixa uns 33€ por dia, enquanto na Bélgica deixa uns 120€. Lá, no contato com cada elo da cadeia de serviços, o turista recebe estímulo para consumir mais algum outro serviço. Eis um nicho altamente rentável, a explorar:

A Observação de Aves

Há milhares de espécies de aves no nosso planeta e Portugal tem uma grande diversidade. Algumas são observadas por todo o país, outras só em algumas regiões. Algumas só passam por cá quando migram a caminho da África, no outono e de volta no fim do inverno. Umas poucas, em extinção, como o Priolo (Açores) e a Freira (Madeira), só podem ser observados numa única região. Há centenas de milhares de Norte-Europeus com interesse pela observação de aves.

bird-watchers nas associações de artistas, profissionais e professores de botânica, biologia e zoologia, montanhistas, ambientalistas, etc. Os pássaros ajudam a polinizar flores e por isso são ainda de interesse para associações de botânicos e biólogos. Caçadores interpretam o canto de pássaros para se orientarem em relação à caça. Caminhantes vêm no padrão do voo e/ou canto de pássaros possíveis mudanças nos ventos e no tempo.

Estas associações têm um boletim ou um site na Internet e/ou blog. É o caminho de se chegar àqueles que os influenciam, para divulgar os atractivos do seu destino, seu concelho. A melhor forma de se chegar a estes turistas é através de algum ornitólogo no seu ou distrito.

Procure entre os profissionais acima descritos ou na Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves (SPEA) e encontrará quem lhe indique sócios influentes na sua região. Convide-os para conhecer o seu trabalho. Se eles gostarem do seu empreendimento, elabore com eles planos para atrair colegas de outros locais e mesmo de outros países. Se eles não conhecem associações no exterior, podem indicar websites. E aí você vai no trilho da Net para encontrar os ninhos deles.

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Café A Brasileira reabre em Coimbra

Faust Von Goethe 1 Mar 12

 

Coimbra vai voltar a poder tomar café n' A Brasileira a partir de hoje. O clássico espaço, aberto em 1928 e encerrado há 17 anos para tornar-se um pronto-a-vestir, regressa ao destino para que nasceu. E garantem que o espírito do velho café se mantém.

 

Fonte: FugasB do Jornal Público

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100 anos de Penedo da Saudade

Faust Von Goethe 20 Fev 12

Este ano celebram-se os 100 anos do Farol Penedo da Saudade, farol que se situa na vila de S.Pedro de Moel no concelho de Marinha Grande.
O vídeo acima, da autoria do freelancer Miguel Costa, é hoje um dos destaques da página Visit Portugal. Mais vídeos do autor podem ser encontrados aqui.

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E a história repete-se

Jack Soifer 26 Jan 12

 



 

Reclama-se da baixa ocupação nos hotéis e culpam a crise. Ora a crise é geral, não há como mudá-la. Então, o que podemos fazer? Melhorar o nosso produto, destino ou atendimento? Seja como for, os hotéis, pousadas, aldeamentos estão cada vez mais confortáveis e lindos. As vilas e cidades continuam ajardinadas, limpas, simpáticas. O povo fala docemente a língua dos turistas internacionais. O que melhorar? A qualidade no CRM! Avaliar a qualidade e a satisfação é fácil ensinar, mas fazer isso bem é mais difícil.

 

Aí pecam os hotéis e os concelhos. Os inquéritos de satisfação são pouco usados, pois são vistos com frequência pelos turistas como um aborrecimento, em horário impróprio. Pergunta-se sobre a praia, os passeios, as pousadas, mas não sobre os incidentes. E por isso eles continuam incólumes, sem medidas preventivas á vista. Os incidentes são pouco frequentes, mas em geral acontecem justamente com os formadores de opinião que, a longo prazo, influenciam os de maior poder de compra. Será que o Algarve ficará como a Costa do Sol, mal frequentada e com degradação urbana?

 

Ao chegar a uma cidade, hotel, restaurante, táxi, banco, deve-se testar o atendimento. Pergunta-se a local e hora de culto religioso, onde encontrar um técnico  para tirar o calcário do esquentador, onde comprar um adaptador de tomada americana (retangularpara uma ficha europeia (pino redondo) ou como transferir dólares para uma conta no Brasil. Nada de tão anormal. Mas a resposta normal é a do costume: “não sei”. Bem educada, mas inútil. Nas formações que eu dei, cheguei a ajudar empreendedores da área de turismo a elaborar os seus manuais com FAQ´s para os funcionários consultarempelo menos uma vez por semana, pois podem surgir atualizações. E isso devia ser válido para todos os ramos de negócio.

 

Lembro-me de um alemão reformado que certa vez explicou ao gerente de um banco em Albufeira que não dominava a internet e por isso mesmo não conseguia fazer os pagamentos importantes por essa via e nem sequer conseguia receber a sua reforma. O gerente foi inflexível, insistindo que o senhor devia ir ao balcão e pagar os serviços daquela forma, em vez de usar os formulários gratuitos como nos bancos postais alemães. A família do tal senhor, incluído um irmão reformado e um filho que investiam nessa região, movimentavam milhares de euros por mês nesse banco. Encontrei-o num café pouco depois do sucedido e ele disse-me queria mudar de banco e de cidade, e até vender os seus imóveis. Quem refletiu sobre o porquê de haverem milhares de casas à venda, sem interessados? E outras milhares vazias, sem arrendar, mesmo a baixos preços? Por que é que o restaurante prefere ficar vazio 9 meses por ano a baixar os seus preços irreais?Por que é que a intransparência, prostituição e criminalidade aumentam? Ficam as questões a que só uma boa gestão pode dar resposta.


 

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