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O Ouriço

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In Schulz tos

Faust Von Goethe 9 Fev 12

 

As declarações de Martin Schulz a propósito das relações comerciais com Angola:

 

“Há umas semanas estive a ler um artigo no Neue Zürcher Zeitung que até recortei. O recém-eleito primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, deslocou-se a Luanda. [...] Passos Coelho apelou ao Governo angolano que invista mais em Portugal, porque Angola tem muito dinheiro. Esse é o futuro de Portugal: o declínio, também um perigo social para as pessoas, se não compreendermos que, economicamente, e sobretudo com o nosso modelo democrático, estável, em conjugação com a nossa estabilidade económica, só teremos hipóteses no quadro da União Europeia”. Clique aqui para ver o vídeo com estas declarações.

 

 

devem ser analisadas do seguinte modo:

 

1) Schulz com as suas declarações mostra indirectamente que a democracia está em declínio: estamos a vender a preço de saldo posições estratégicas em empresas Portuguesas a países não democráticos;

2) Põe a nú as fragilidades por detrás do nosso cartel de privatizações: estamos mais uma vez dependentes do dinheiro de angolanos e chineses assim como estávamos dependentes do ouro do brasil antes de declararmos bancarrota em 1892.

 

Devemos retirar das declarações de Schulz a seguinte lição: em vez de nos deixarmos colonizar por angola e china, devemos seriamente pensar em recrutar destes países ditos emergentes (BRIC), especialistas altamente qualificados aos quais lhe poderíamos pagar dois ordenados mínimos na melhor das hipóteses. Com esta medida, estou quase seguro que teríamos mão-de-obra qualificada para aumentar a nossa produtividade e a competitividade nacionais ao mesmo tempo que estes novos empregos iriam ajudar a melhorar a receita fiscal Portuguesa por via do IRC.

É isto que Martin Schultz indirectamente referiu quando evocou o modelo social Europeu. 

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2 comentários

De Nuno Castelo-Branco a 09.02.2012 às 20:59

Caro Nelson, compreendo onde quer chegar, mas estas declarações de Schultz, são absolutamente contraditórias com a política que a própria Alemanha pratica. A adesão à CEE, ressupôs uma terrível desindustrialização portuguesa e a total dependência em relação a Bruxelas e a quem a comanda. Ainda há uns dias, a Sra. Merkel estava na China, tal como já esteve em Angola. Trata-se apenas de uma guerra de conquista de posições e quanto ao antigo Ultramar, estamos melhor colocados que os alemães e isso é o que está em causa. As questões da "ética, democracia, estado social," etc, tanto se colocam relativamente a Portugal, como à Alemanha. Já que a Chanceler veio de um país comunista, que tal um exercício de auto-crítica? Deve saber do que se trata.

De Faust Von Goethe a 10.02.2012 às 01:01

Caro Nuno,

Portugal assim como todos os países da lusofonia somos ribeirinhos. Logo o nosso crescimento enquanto nação deve ser sempre via o mar e nunca apenas por terra: é a terra que nos une.
Quando escrevi a nota abaixo, penso sempre em todas as crises que nós enquanto país já passámos (já vão umas 10). E todas elas aconteceram porque, mesmo durante a época dos descobrimentos, toda a riqueza que trazíamos das nossas colónias nunca a usámos para benefício do nosso país mas apenas para o benefício de alguns feudais.
Passa pela CPLP a nossa expansão e crescimento, pois CPLP+UE permite-nos ao mesmo tempo estar dentro e fora da Europa, tal como os ingleses e os chineses
Explicação aqui->http://oourico.blogs.sapo.pt/88589.html

Quanto aos alemães, tal como já escrevi neste post :
http://oourico.blogs.sapo.pt/71298.html
línguas como francês e alemão estão em declínio. Logo a austeridade por parte deles até tem um certo sentido onírico.
Abraço.

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