Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

O Ouriço

MENU

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Personagens: Jean Baptiste Cobert, Ministro de Estado de Luís XIV(1619-1683)

                   Jules Mazarin, Italiano, Cardeal, Primeiro Ministro de França (1602-1661)

 

ColbertPara encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...
Mazarin: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
ColbertAh sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarin: Criam-se outros.
ColbertMas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarin: Sim, é impossível.
ColbertE então os ricos?
Mazarin: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
ColbertEntão como havemos de fazer?
Mazarin: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: são os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.


Excerto de "Diálogos do Estado"



Porquê usar fórmulas usadas hà 250 anos, quando temos um dos maiores potenciais de crescimento, IVA incluído, da União Europeia?


Autoria e outros dados (tags, etc)

1 comentário

De Silvia Santos a 26.02.2012 às 04:55

Excelente texto o qual, curiosamente, tinha lido no facebook publicado por alguém que, ao que parece, não teve a "bondade" de lhe conferir os créditos. Como se costuma dizer nos clássicos e na história tudo se repete. Obrigada pela partilha.

Comentar post

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds