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O Ouriço

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Queda do PIB, Merkel e Grécia

Jack Soifer 16 Fev 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não tenho nenhuma bola de cristal. Apenas leio nas entrelinhas, aprendi algo de estatística e econometria e tenho amigos gregos. Haverá um golpe na Grécia.Não só os jornais alemães, mas também os economistas que são os “five wise-men” para assuntos económicos, liderados por Peter Bofinger, segundo recentes declarações, já disseram que a Frau Merkel não tem a coragem para tentar convencer os eleitores de que os Eurobonds são uma solução para a atual crise do Euro.

 

 

O Governo divulgou que o PIB caiu 1,5%. Eu tinha previsto uma queda de 3% e ficou pelos 2,7%. Onde está a disparidade? Nas estatísticas imprecisas do INE e numa contabilidade pública que difere da UE.

 


Quando um fornecedor entrega mercadorias á
 consignação, ele emite apenas uma guia. Mas a Bertrand, SONAE, etc, por exemplo, podem registar como stock e até como um ativo. Isto demonstra um aumento no PIB, apesar de o produtor não receber pela mercadoria e, assim, não poder pagar aos seus fornecedores nem aos seus colaboradores. Este truque dá a impressão que o PIB é maior do que é na realidade. 

 

 

 

É bom para as grandes empresas, que podem dar a impressão ao banco que têm maior liquidez ou solidez, sendo também bom para os teóricos do Ministério das Finanças, que podem mostrar um PIB melhor e assim um potencial de receitas mais elevado do que o real. Já a contabilidade das PME´s mostra falta de liquidez e de solidez e impede-as de obter mais empréstimos.

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2 comentários

De romeu a 16.02.2012 às 10:49

Lança no activo mas não lança no passivo ou cp...

De Rita Moura Rodrigues a 23.02.2012 às 13:25

Mais uma análise perspicaz da economia portuguesa e europeia. Acabei de ler há pouco o livro “Portugal Rural”. A obra veio ao encontro e superou as minhas expectativas: por um lado, pela lufada de ar que eu penso que constituem as deias de Jack Soifer e pela quantidade e qualidade da informação; por outro lado, pelo olhar isento e realista sobre a sociedade e economia portuguesas contemporâneas e pela frontalidade com que expõe as nossas fragilidades. E depois apresenta soluções tão claras e tão óbvias que ficamos a pensar que só um cego é que não as vê. Portugal tem realmente algumas vantagens competitivas, temos é que as saber aproveitar.
Acho que num contexto como o que vivemos, mergulhados completamente na crise, é óptimo haver vozes que apontam um futuro, que digam que é realmente possível vivermos numa sociedade sustentável ecologica, economica e socialmente, em que todos tenham lugar, em que milhares de seres humanos não se tornem “obsoletos” nas malhas do jogo económico e financeiro. Confesso que é assustador pensar nos lóbis e constrangimentos das grandes empresas da distribuição, da indústria farmacêutica, dos pesticidas e adubos, etc. Mas apesar de evidenciar essa realidade não deixa de sublinhar que a mudança é possível e de dar exemplos práticos sobre as formas como a podemos concretizar.
Uma nota à parte: apreciei bastante a ideia dos vários prefácios, de dar a conhecer diversos pontos de vista sobre a obra. O livro tem também uma vantagem, que acho fundamental e que muitas vezes escapa aos autores: consegue transformar conteúdos complexos (como o funcionamento dos mercados financeiros) numa mensagem acessível ao leitor comum. Só assim se passam mensagens.
Em síntese: muito útil pela diversidade de informações nas mais diversas áreas que veicula, muito desafiante, pois lança várias pistas para quem quiser (e puder) lançar mãos à obra.

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