

No blog IÉ-IÉ, onde escreve o jornalista Luís Pinheiro de Almeida, pode ler-se o seguinte trecho de texto a propósito da celebração dos 87 anos do nascimento de Carlos Paredes:
No dia 16 de Maio de 1989 entrevistei, pela segunda vez, Paul McCartney.
Foi uma entrevista face to face, muito longa, nos estúdios bucólicos do Beatle em Icklesham, no sul de Inglaterra.
Ofereci-lhe uma garrafa de vinho do Porto e o CD de Carlos Paredes, "Guitarra Portuguesa".
Paul McCartney ficou histérico com a guitarra na capa do disco, contou as cordas, pediu-me informações sobre o instrumento, a coisa ficou por aí.
Quatro meses mais tarde, no dia 26 de Setembro de 1989, assisti em Oslo ao concerto inaugural da digressão mundial do Beatle e, qual foi o meu espanto, quando, na música ambiente que precede o concerto, comecei a ouvir a guitarra de Paredes.
Que emoção! Estava sozinho, era o único português, só queria berrar o meu orgulho, mas ninguém me entenderia.
Chorei que nem uma Madalena, também desgostoso por não conseguir partilhar a minha alegria com mais ninguém e gritar bem alto o nome de Carlos Paredes.
Muitos anos mais tarde, em 1997, num outro concerto de McCartney em Londres (Royal Albert Hall), consegui espreitar para dentro do carro do Beatle e (ainda) lá estava uma K7 gravada de "Guitarra Portuguesa" ao lado de "Sgt. Pepper's" e de "Pet Sounds"!
Que orgulho!
E agora pergunto: Serão precisos mais argumentos para relembrar com saudade o famoso Homem dos Mil Dedos?