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O Ouriço

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A propósito da defesa do ex-primeiro ministro José Sócrates levanto algumas questões que se inscrevem na disciplina da ética de mercenário. De um ponto de vista de um leigo como eu, mais incompetente do que avisado em matérias do foro jurídico, posso afirmar empiricamente que um arguido deve ser considerado inocente até provado o contrário. Até aqui tudo bem. Este postulado descansa facilmente no albergue da minha consciência, na pousada do meu espírito e leva-me a conceder o benefício da dúvida a alegados prevaricadores. Mas não será essa a matéria que gostaria de tratar nesta pequena dissertação. Sabemos que a realidade equivale a um conceito subjectivo, parente próximo das percepções tidas na praça pública. Certa ou errada, verdadeira ou falsa, a alma não corre o risco de ser julgada; deixa-se estar na sua coerência injustificável. A alma sente, pressente, mas não é obrigada a pensar, a explicar as posições tomadas ao abrigo de um devaneio ou uma sensação cutânea. Manchada que está a reputação do ex-primeiro ministro, pergunto que motivações poderão sustentar a sua defesa por um dos mais impolutos advogados da praça. Em abstrato, formulo as seguintes hipóteses:

 

1. O dinheiro compra a melhor defesa possível.

2. A defesa acredita piamente na inocência do seu cliente.

3. Qualquer advogado necessita de publicidade para captar mais clientes, mesmo que a sua imagem não saia bem na fotografia.

4. A lealdade para com velhos amigos é superior a qualquer valor ou tabela remuneratória.

5. Ou a ética não é tida sequer em conta no tratamento da matéria jurídica.

 

De uma coisa tenho eu a certeza. Dormirei tranquilamente esta noite e as seguintes.

 

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1 comentário

De Artur de Oliveira a 21.03.2012 às 15:54

Bite them hard, Wolf!

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