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O Ouriço

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Cantos da Babilónia

Faust Von Goethe 11 Jan 12

 Desde a semana passada Pedro Osório deixou de estar entre nós. Felizmente ainda teve tempo de nos deixar este excelente álbum, onde nos convida a uma viagem pelas paisagens musicais por esse mundo fora. Se me pedissem para descrever este álbum numa só palavra, eu escolheria o adjectivo "Sublime", pois tenho-o ouvido vezes sem conta! Traz-me serenidade.

Obrigado Pedro! 

 

 

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Canibalismo

John Wolf 11 Jan 12

Assistimos ao despontar de uma nova era. Um festim de tira-teimas e ver se te avias. A derradeira montra das setas atiradas ao lado. O cúmulo da falsa tolerância. A viagem de um comboio sem maquinista. A expressão máxima do sistema de castas (de castings!) que morde o calcanhar de um Aquiles coxo. Meus senhores, e minhas senhoras, o espectáculo já começou. E é um circulo de feras que rodopia, enquanto se morde a cauda destapada e à vista de todos. A estreia de um exibicionista vulgar embandeirado num arco irrisório. Está aberta a estação. Abriu oficialmente a época de caça, de canibalismo desenfreado, irracional, sem utilidade aparente. A consanguinidade cultivada sem vergonha na escala do poder, no partidarismo, na cultura, nas artes, nas amizades convenientes, nas falsas amizades, comprada com pilim sujo, vendida por divisa igual, tinha de dar nisto. No descalabro, uma salganhada poupada para este momento auspicioso que reabilita velhas guerras, dissabores e enteadas. Toca a bater a torto e a direito, que assim se chega ao sagrado, à flagelação pelos altos e baixos da fé. Oremos sem dor. O que nos resta agora no novelo de desperdícios. A dignidade, já não sei. Ainda a missa vai no adro. Ainda a mossa é pequena. Venha de lá o seguinte. Façam girar a tômbola, e às escuras com um foco intencional levantem do chão uma nova inquisição. Vida de cão. Talvez seja preferível.

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Voltando aos Feriados & Pontes

Faust Von Goethe 11 Jan 12

Tendo como mote os dados avançados ontem pelo Banco de Portugal, as declarações de ontem do Presidente da República e o post "Aumentar a produtividade é reduzir desperdícios" da semana passada, tomei a liberdade de (re)publicar um texto de minha autoria de Novembro 2011, onde fiz uma análise estatística da implementação dos feriados e pontes em 2012, em comparação com outros países da União Europeia.

O debate está (re)aberto!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quebrando pontes: Uma análise exploratória


             Existe um terrível problema de consciência que está em discussão mas sem um consenso alargado entre governo, parceiros sociais e igrejas: Feriados e pontes.

Para analisar de uma forma transversal a implementação desta medida, convido o leitor a analisar em conjunto comigo os seguintes exemplos (pior dos casos).

Observe-se primeiro que somos dos países da Europa com maior número de horas trabalhadas, atrás de Grécia, Polónia e Hungria e que curiosamente temos o mesmo número de feriados de países como Lituânia, Eslovénia e Áustria.

               Para perceber a tabela abaixo (dados relativos a 2010), interprete-se a proporção PIB/HT (divisão do PIB pelo número de horas trabalhadas) como a riqueza produzida por cada habitante por cada hora de trabalho.
 

 

Grécia

Polónia

Hungria

Portugal

Lituânia

Eslovénia

Áustria

Horas Trabalhadas (HT)

2106,264

2067,207

1960,51

1958,058

1882,472

1685,937

1637,118

Feriados (F)

12

10

10

13

13

13

13

PIB  (pcp/hab)

19 400

11 600

14 400

16 600

11 900

18 900

28 600

Proporção PIB/HT

9,210621

5,611436

7,34508

8,477788

6,321475

11,21038

17,46972

 

De acordo com este dado, somos levados a concluir que por hora de trabalho geramos menos riqueza que Áustria, Eslovénia e Grécia sendo que estamos próximos da quantidade de riqueza produzida pela Hungria.

Suponhamos agora que, seguindo a medida do governo para 2012 aumentaríamos em 30 minutos diários o horário do expediente e reduziríamos o número de feriados de 13 para 10 tal como no caso de Hungria e Polónia. Por uma questão de comparação, iremos supor as seguintes restrições:

  1. Cortaríamos apenas os feriados que ocorrem em dias de semana (2ª a 6 feira),
     
  2. Nenhum dos outros países iria fazer alterações no horário laboral,
     
  3. Em nenhum país se iria trabalhar a 29 Fevereiro 2012,
     
  4. Em todos os países se manteria constante o valor do PIB.

Tendo em linha de conta a perturbação que introduzi nos dados, pedia agora ao leitor que desse especial tabela abaixo as colunas que coloquei a vermelho:

 

 

Grécia

Polónia

Hungria

Portugal

Lituânia

Eslovénia

Áustria

Horas Trabalhadas (HT)

2106,264

2067,207

1960,51

2085,558

 

1882,472

1685,937

1637,118

Feriados (F)

12

10

10

10

13

13

13

PIB  (pcp/hab)

19 400

11 600

14 400

16 600

11 900

18 900

28 600

Proporção PIB/HT

9,210621

5,611436

7,34508

7,959501

6,321475

11,21038

17,46972

 

  • Comparando com a primeira tabela, o nosso rendimento por hora de trabalho (PIB/HT) baixaria aproximadamente para 0,5 pontos.
     
  • Comparando o número de horas trabalhadas de um trabalhador Português com as de um trabalhador grego,  trabalharíamos aproximadamente menos 20 horas, o que de certa forma equilibraria com os 2 feriados que eles teriam a mais em relação a nós.
     
  • Mesmo superando a riqueza produzida por cada trabalhador Húngaro em aproximadamente 0,6 pontos, trabalharíamos aproximadamente mais 125 horas, o que equivaleria a aproximadamente mais 15 dias úteis de trabalho ao fim do ano.
     
  • Em relação ao número de horas de trabalhadas de um trabalhador Português em relação a um trabalhador Esloveno, trabalharíamos aproximadamente mais 400 horas, o que equivaleria a aproximadamente mais 47 dias de trabalho ao fim do ano. Por outro lado, a diferença de rendimento por hora de trabalho de um trabalhador Esloveno em relação a um trabalhador Português seria aproximadamente de 3,25 pontos.



Chegamos assim ao fim desta análise exploratória de dados, tentando encontrar uma

resposta para o que aconteceria se tivéssemos que trabalhar mais meia hora de trabalho, supondo que queríamos manter o mesmo valor de PIB. Na conjuntura política actual, esta será provavelmente uma meta a fixar dada a eventual contracção da nossa economia.


*Os dados apresentados foram retirados do Jornal de Negócios (Edição 31 Outubro 2011) e do site www.europa.eu

 

 

 

FONTE: http://idp.somosportugueses.com/site/?p=5057

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