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O Ouriço

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Voltámos aos 19%

Faust Von Goethe 16 Jan 12

 

 

 

 

Porque uma imagem por vezes vale mais que mil palavras, deixo-vos com uma imagem tirada do Jornal de Negócios, que demonstra claramente o efeito borboleta que a decisão da Standard & Poors teve na passada 6ª feira 13.
Recordo que no artigo de opinião publicado no Wall Street Journal, exactamente no mesmo dia em que a dívida portuguesa atingiu máximo histórico na casa dos 19% (comparar com foto acima), fora prometido um plano concreto para tirar Portugal da crise. 

Sabendo que o juro em causa refere-se ao pagamento que teremos de fazer à TROIKA ao fim de 3 anos, que ilacções poderemos tirar daqui? 

PS: Convém relembrar que durante este ano o acordo com a TROIKA não permite o recurso a medidas extraordinárias. 

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Pausa para perguntas

John Wolf 16 Jan 12

Quanto tempo de pausa para o almoço lá na empresa? Quantos cafézinhos da manhã ingeridos de manhã, à tarde e a seguir ao almoço? Quantas pausas para um cigarro entre as páginas de powerpoint? Quantas espreitadelas ao Facebook lá no balcão da dependência, ou na própria sede? Quantas conversas de telemóvel interrompidas pelo serviço que se avoluma na repartição? Quantos atrasos na chegada ao local de trabalho, atestados a troco de um módico? Quantos jogos da bola que obrigam a largar mais cedo a obra? Quantas vezes "o presidente da empresa ainda não chegou"? Quantas vezes se roda a nota afixada "Volto já"? Quantas vezes "fechado para descanso do pessoal"? Quantas vezes "prometemos ser breves"? Quantas vezes "já saiu, só amanhã"? - Francamente Sr. Carvalho, meia horita nem sequer dá para aquecer...

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Ah, a moral!

Artur de Oliveira 16 Jan 12

 

 

 

 

Ah, a palavra «moral»! Sempre que aparece, penso nos crimes que foram cometidos em seu nome. As confusões que este termo engendrou abarcam quase toda a história das perseguições movidas pelo homem ao seu semelhante. Para além do facto de não existir apenas uma moral, mas muitas, é evidente que em todos os países, seja qual for a moral dominante, há uma moral para o tempo de paz e uma moral para a guerra. Em tempo de guerra tudo é permitido, tudo é perdoado. Ou seja, tudo o que de abominável e infame o lado vencedor praticou. Os vencidos, que servem sempre de bode expiatório, «não têm moral».
Pensar-se-á que, se realmente glorificássemos a vida e não a morte, se déssemos valor à criação e não à destruição, se acreditássemos na fecundidade e não na impotência, a tarefa suprema em que nos empenharíamos seria a da eliminação da guerra. Pensar-se-á que, fartos de carnificina, os homens se voltariam contra os assassinos, ou seja, os homens que planeiam a guerra, os homens que decidem das modalidades da arte da guerra, os homens que dirigem a indústria de material de guerra, material que hoje se tornou indescrivelmente diabólico. Digo «assassinos», porque em última análise esses homens não são outra coisa. A sangue-frio, anos antes de estalar qualquer conflito, preparam-se para obrigar os outros a obedecer-lhes; enumeram mentalmente todas as formas concebíveis de horror e destruição, e dedicam-se à tarefa calmamente, deliberadamente, implacavelmente, esperando apenas pelo momento certo para levarem à prática os seus planos. 
(...) Confrontados com uma nova guerra - porque uma guerra engendra sempre outras - não poderemos esperar que estas «vítimas» se mostrem caridosas e magnânimas. Tendo sofrido contra a sua vontade, exigirão inevitavelmente que os seus filhos e filhas paguem o mesmo tributo... Portanto, o que eu digo é que, se esta escravidão de sacrifício e vingança não é imoral, se não é a forma mais absoluta da imoralidade, então esta palavra não tem sentido. Não estamos a ser destruídos e corrompidos pelos escritos pornográficos ou obscenos; estamos a ser destruídos e condenados, em todos os sentidos, pela guerra e pelo planeamento da guerra. 

Henry Miller, in "O Mundo do Sexo"

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O sonho comanda a vida...

Artur de Oliveira 16 Jan 12

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