Mergulho nas águas geladas da Sibéria pelas comemorações do natal ortodoxo. Temperatura ambiente a rondar os -35ºC.

Vejam o vídeo no link abaixo

http://www.ria.ru/tv_society/20120118/542559458.html

Uma madrugada após ser conhecido o acordo da concertação social, gostaria de relembrar uma entrada deveras interessante que li à dias no blog The Portuguese Economy (onde já blogou Álvaro Santos Pereira) por Ricardo Reis:

"

Dois membros deste blogue, eu e o Francesco Franco, devotámos muita energia nos últimos 21 meses a defender que Portugal deveria ter baixado a TSU e subir o IVA, uma desvalorização fiscal com efeito neutro nas finanças públicas e com potencial para estimular a nossa economia no curto prazo e combater a recessão. Para os argumentos iniciais, podem ver a minha página ou ver as várias entradas neste blogue.

Não foi essa a opção deste governo, em parte por algumas boas razões. Mas uma crítica que me fez confusão foi que esta era uma ideia esotérica, coisa de académicos, e que Portugal não se devia por com experiências. Até alguns antigos ministros das finanças, comentadores sérios e sisudos, bradaram contra o arrojo da nossa proposta.

Estou curioso em ver a reacção destas pessoas ao anúncio que a França, que começa agora a entrar numa recessão bem mais pequena que a nossa, vai.... fazer uma desvalorização fiscal exactamente nos moldes defendidos por mim e pelo Francesco. Devem estar loucos, os franceses.

"

Eu não sei se os franceses estão loucos. Imagino mais que esta ideia debatida até à exaustão por Ricardo Reis, Francesco Franco entre outros, tenha emigrado para Paris assim como Ricardo Reis (o economista e não o heterónimo de Pessoa) decidiu emigrar para os Estados Unidos.
 

"(...)Mário Crespo, uma das vergonhas do jornalismo (?) nacional, é demolido pelo sindicalista Arménio Carlos. (...)"

Fonte: Post de Sérgio Lavos no blog Arrastão.

Saiba mais no post de Rui Rocha no blog Delito de Opinião.

O doutor Gonçalo Portocarrero de Almada (GPA), um homem que pensa e escreve bem (há quem pense mal mas escreva bem, ou, como alguém disse, até o Diabo é capaz de citar as Escrituras em seu benefício), se bem que nem sempre partilho da sua posição, publicou no Público, de sábado passado, artigo sobre um assunto que merece maior atenção pelo forte simbolismo nacional.

Antes de passar ao seu texto, por curiosidade pergunto-me se nos EUA, no Reino Unido, na Alemanha, em Itália, em França, em Espanha, etc., também vão acabar com feriados nacionais tão simbólicos para eles como são o 1º Dezembro e o 5 Outubro para Portugal?

GPA assinala bem que os feriados não apareceram para o ócio mas pelo imperativo da consciência colectiva. A nossa língua e a nossa História são a nossa Alma. Se vamos apagando a nossa memória um dia acordamos sem identidade.

Recentemente, um grupo de Historiadores portugueses assinou um manifesto contestando esta situação. E também D. Duarte Pio, como responsável herdeiro da longa e rica memória histórica de Portugal, se manifestou publicamente contra a imposição de Portugal apagar dias Feriados, pois 1º Dezembro ou 5 Outubro são nossos, fazem parte da nossa História.

A máquina da dívida já nos trata como lixo. A continuar assim, vamos acabar num país reciclado. De dias Feriados em dias de Finados. (Cruzes! Vai de 'metro' Satanás, que vais mais depressa!)

Hoje será a primeira vez, após o pedido de ajuda financeira à TROIKA,  que Portugal irá colocar no mercado dívida com maturidade superior a 7 meses. 

De acordo com o que o IGCP referiu na sua página há dias atrás, realizar-se-ão pelas 10h30, três leilões: uma linha adicional (BT21DEZ12) + duas linhas já previstas no programa de financiamento" a três e seis meses.

De acordo com as declarações de Orlando Green, analista de dívida do Crédit Agricole, à agência Reuters: "esta procura revela a crescente confiança de Portugal de que pode ir mais além da procura já que há um bom movimento de estritamento dos ‘spreads' periféricos e muita procura por obrigações."

No caso do leilão de hoje ser bem sucedido, o Estado irá conseguir-se financiar nos mercados num valor entre 2.000 e 2.500 milhões de euros.

Como já chamei à atenção no meu post de ontem, este é um tipo de investimento que vale a pena e porquê?
Primeiro, estamos a ser patriotas. e por outro lado comprando a nossa própria dívida, e por outro lado, a rendibilidade efectiva líquida Portuguesa, dependendo do investimento, pode variar entre 7,05% a 12,64%.

Quanto maior a procura, maior será a probabibildade da nossa dívida a curto prazo baixar nas maturidades.