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Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 20 Jan 12
Jack Soifer 20 Jan 12
Há medidas que só as Finanças podem decidir em Portaria: por exemplo, eliminar em 2012 o crédito para consumo de supérfluos e focar o crédito imobiliário em recuperar imóveis antigos. Aumentar o tecto do subsídio para paineis solares e torná-los obrigatórios no Centro e Sul. Isto numa primeira fase traria muito trabalho às instaladoras eléctricas e canalizadoras, reduzindo o desemprego e, numa segunda, nos traria indústrias modernas.
As mini-eólicas para moradia suburbana ou rural são fáceis de produzir em boa oficina mecánica e usam materiais nacionais.
Precisamos focar mais na Agrotech. Temos 3000h/ano de sol. Os maiores exportadores de flores e algumas plantas ornamentais da Europa estão por cá e são estrangeiros; p.ex. Von Rosen em Moncarrapacho e um escocês em Silves. Há muito mais flores por exportar. Tambem temos a Hubel em Olhão, cujos morangos e framboesas chegam à Rússia e Finlândia. A flôr de sal de Tavira chega aos bons restaurantes da UE. Temos enorme potencial em extracto de esteva para adoçante para diabéticos, algas para pigmentos para cosméticas e farmacéuticas, e para alimentos especiais. Dos citrícos, por cá desprezados, devido ao duopólio na indústria de sumos, obtem-se aromas para a indústria cosmética.
Há milhares de privados, especialmente estrangeiros, com lotes rurais onde gostariam de construir, mas a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional impede-os de o fazer, pois lá não há ruínas; ou não permitem que expandam as áreas. Ora, permitir horríveis aldeamentos perto da orla costeira, já com enorme densidade e impedir casas isoladas ou pequenas vilas no interior, é impedir o desenvolvimento onde ele é mais necessário. Devemos copiar países modernos, onde a autorização é delegada à Ordem Distrital dos Arquitectos até um limite, como 3 pisos em 2.000m² de área construída. Eles têm bom senso, bom gosto e transparência.
Jack Soifer 20 Jan 12
É obrigação dos governos inspirar confiança; das oposições políticas serem pessimistas; da banca ser cautelosa; dos consultores serem realistas.
Portugal, ao contrário do Reino Unido e da Alemanha, onde a crise é apenas financeira, tem aqui tambem a estrutural.
Os governos deixaram crescer demais a indústria de construção para as classes A e AA, a hotelaria luxuosa, com valores do passado, e obras públicas faraónicas, motivada pelo lobbie dos mega-grupos.
O Banco de Portugal há mais de década permite a alguns bancos emprestar sem garantias reais, baseados em ‘futuro valor de mercado’, desrespeitando os critérios do Acordo de Basileia.
O Banco de Portugal permitiu um giga endividamento privado para bens supérfluos, como tv- plasmas e férias no exterior, que não geram emprego por cá.
Os Governos concessionaram em poucos grupos, indústrias e serviços de base onde o lobbie impede a real concorrência e os tornam pouco competitivos, onde os superlucros não são reinvestidos para melhorar a qualidade ou produtividade, mas para adquirir e fechar os concorrentes. Assim, pouco exportamos e muito importamos, o que gerou a recessão.
A elite e os grandes patrões, desde Salazar, a agricultura é vista como algo para analfabetos e trolhas. Aí, em Agrotech e Agroindústria, temos um enorme potencial de emprego, produtividade e exportação com bons lucros. Mas nos jornais, na elite e n’alguns bancos este sector é desprezado.
Assim, as mudanças estruturais levarão tempo. Levou doze anos na Dinamarca nos idos 1970, oito nos EUA dos 1990, a era Clinton.
Faust Von Goethe 20 Jan 12
No post Quando a VIA nem sempre é VERDE do blog Estado Sentido, Pedro Quartin Graça desmitificou os novos contratos na Via Verde, clarificando até que ponto estes podem lesar o consumidor. Será que a DECO anda atenta a isto?
Faust Von Goethe 20 Jan 12
A propósito da revelação d'A bolha chinesa feita no blog Estado Sentido por Pedro Quartin Graça, gostaria de fazer uma observação breve sobre a economia chinesa:
Embora tenha atingido um mínimo histórico em termos de consumo privado (33,8%), o Credit Suisse estima que o mercado chinês será a partir de 2020 o maior mercado de consumo a nível global.
Por outro lado, a lentidão do reajustamento do modelo económico assim como a actual crise europeia deverão ter consequências já em 2012, fazendo que o ritmo de crescimento abrande de 9% para 8%. Serão apenas esperadas consequências sociais graves se o crescimento ficar abaixo deste número.
Entretanto, um estudo da JPMorgan afirma que a queda de preços no mercado imobiliário chinês poderá atingir os 20% nas maiores cidades do país nos próximos 12 a 18 meses, o que em parte, resulta das medidas restritivas introduzidas pelas autoridades desde abril de 2010, que passam essencialmente pelo aumento das exigências de capital próprio nos empréstimos hipotecários.
Ana Firmo Ferreira 20 Jan 12
O nosso Presidente da "Re pública" veio dizer que as suas reformas não chegam para as suas despesas.
É de lamentar que na situação actual, um Presidente venha fazer este tipo de declarações.
É falta de bom senso ou até mesmo de consciência.
Penso que cada vez mais, urge uma discussão sobre o regime em que vivemos.
A figura do PR está no limiar do anedótico, roçando mesmo o patético.
Estão a acumular-se mais "pérolas" neste mandato, do que num inteiro período de "Re pública" - o qual tem sido simplesmente mau.
Gostaria imenso de poder dizer que tenho orgulho na figura de estado que me representa - mas de modo a preservar a honestidade intelectual, enquanto este Sr. der a cara pelo meu País, nunca o poderei fazer.
John Wolf 20 Jan 12
Faust Von Goethe 20 Jan 12
Agora que os patrões já têm todas as condições para por as empresas a produzir de sol a sol e flexibilidade suficiente para se livrarem do excesso de mão de obra barata (?!?!?!), bora lá trabalhar, trabalhar, trabalhar e produzir muito muito muito (...).
Pelo meio, espero pessoalmente que os patrões deixem os seus trabalhadores visitarem o nosso blog de vez em quando, e que começem e continuem a inovarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, pois para exportármos teremos que criar produtos mais atractivos, para criar produtos mais atractivos será preciso ter patrões e empregados criativos e produtivos, para ter patrões e empregados criativos e produtivos será preciso muita motivação e bom ambiente no local de trabalho.
No seu vídeo de Natal, a Roca, empresa espanhola sediada em Leiria, mostra-nos como trabalhar afincadamente, com pequenas pausas para a dança, pode até ser bastante divertido.
Faust Von Goethe 20 Jan 12
"(...)A nossa época situa-se no ponto de confluência e de divergência de duas sociedades que rejeitamos, uma porque produz a morte, a outra porque prefere à vida a sua mentira lucrativa. A cibernetização dos lucros prepara-se para reduzir ao mínimo um trabalho condenado em virtude da sua rendibilidade decrescente. O desemprego, as reduções de salários e a supressão das regalias sociais expõe nas tabelas mundiais das cotações bolsistas os mandamentos do Deus caprichoso que reina nos mercados e nos lares. Cada qual se vê obrigado a sacrificar-se-lhe como ao velho Jeová, que, oprimindo os seus fiéis com desgraças, os ameaçava com outras ainda maiores se deixassem de os adorar. Ora, ao contrário da sobrevivência, a vida não é competitiva. (...) "
citação retirada do livro de Raoul Vaneigem, A Economia Parasitária.
Artur de Oliveira 20 Jan 12
Eis o que diz Nuno Castelo Branco no Estado Sentido sobre este tema que nos diz respeito a todos nós, como portugueses.
Que eu saiba, vivemos em democracia e uns não podem pagar pelos outros. Ou a democracia é só para os outros do costume?
Artur de Oliveira 20 Jan 12
O nosso colega no Ouriço, Rui Rangel irá ser o orador principal da conferência "O Estado da Troika" na próxima segunda-feira, dia 23 de Janeiro no Salão Nobre da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, em Lisboa, ás 18 horas com entrada livre.
Francisco Cunha Rêgo 20 Jan 12
O que é feito do grande humor português? Herman José está numa prateleira dourada, os Gatos estão no ouro da prateleira e a Contra-Informação fora de tudo. Vemos auto-bonecos que se constroem numa ilusão típica de reality show. Futre, por mérito que tenha e bem intencionado que seja, é apenas um exemplo paradigmático. Mas que o levou a ter um programa de TV próprio.
Falta humor para ver a luta de José Ribeiro e Castro contra o encerramento do Euronews em português, que com 2 milhões por ano faz um grande trabalho de divulgação da nossa língua pelo mundo. Vale muito mais o que ajuda a criar e manter, do que cada euro que gasta. Mas preferimos tomar más decisões que custam caro e impressionam.
Falta humor para ver o Pingo Doce atacado porque a família Soares dos Santos fez com o seu dinheiro o que o bom senso lhes ditou. Mas não houve tamanho protesto por ter levado a tribunal um homem que roubou um shampoo e polvo, no valor de 25 euros, entretanto recuperados. Uma coisa indigna de acontecer, e aqui sim com pé para protestar sobre a forma como é tratado em público, pelo interesse privado, um cidadão em Portugal. Mas a malta chateia-se é com o que não é literalmente da sua conta: o dinheiro da família. Quem dera termos muitos e bons empresários ricos e que criassem bons postos trabalho e bem remunerados. Se não imigrarem alguns para cá, também não me parece que eles vão agora aparecer por artes mágicas de uma nova Legislação do Trabalho, que apenas prejudica o trabalhador sem lhe dar protecção reciproca contra o mau empregador. Ou seja, não há condições para que o trabalhador se possa despedir quando tiver um mau empregador. Não é fácil mudar de casa, nem de cidade, nem os filhos de escola, etc., ou seja falta verdadeiras condições de mobilidade.
E falta humor para ver um dos maiores médicos especialistas no tratamento do cancro do pulmão transferido para o departamento de doenças digestivas, porque denunciou atrasos nos tratamentos de radioterapia. O que se chama resolver os problemas literalmente com os pés e não com a cabeça.
Mas não importa, porque nos tempos mais próximos vamos andar muito ocupados e sérios, a cozinhar análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) nos países e empresas, e a fazer grandes CoCos (Capitais de Contingência) nos Bancos, que muito irão dar que falar e rir, se não for chorar.
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