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Blogosfera que Pica
Mendo Henriques 26 Jan 12
A guerra dos feriados não é da ordem da razão. É de imagens e sentimentos ... É de poderes seculares e espirituais. De culturas e de cultos. Nem temos mais feriados que a média europeia. Nem está demonstrado que seja uma panaceia sem custos. Mas há um pormenor fantástico. Chegou a falar-se na possibilidade de se manter o 5 de Outubro. A Igreja respondeu que apenas abdicaria de um feriado. E o Governo decidiu mesmo acabar com a celebração da República. A imagem da república durou 101 anos. A chama apagou-se simbolicamente um ano após o centenário. O extintor chama-se Álvaro Santos Pereira.
Mendo Henriques 26 Jan 12
A impiedosa classificação de blogues entre os de esquerda e os de direita, numa curiosa simetria do centrão rotativista do poder que nos passou a (des)governar desde 1995 ( ou 1986) ... ( ou 1976) ... deixa o Ouriço com todos os pelos em riste.
Quer-me parecer que nós aqui somos Conservadores-Liberais. Que há matérias onde alinhamos como conservadores ou de direita, como seja não perdermos tempo com causas fraturantes de género ou sexualidade. E há outras matérias em que somos de esquerda porque os empresários ainda não perceberam - como aliás não percebeu o próprio Estado - que existe um dividendo social que deve ser sempre investido em contra-ciclo. Há outras entradas técnicas que por aqui temos, que nem sei como classificar. O que não somos de certeza é neo-conservadores ou neo-liberais, ou etiqueta quejanda dos parvalhões arrogantes que arruinaram o vitorioso mundo ocidental desde a queda do Muro de Berlim e que nos estão a fazer pagar todos pelos seus erros económicos e geopolíticos e pela sua falta de horizonte cultural.
Dito isto, então como nos havemos de auto-classificar ? Talvez de extremo centro porque achamos que mornos é que não somos. Mas, vendo bem os nossos amigos e relações é que nos classificam. E pessoalmente, só me posso penitenciar por não dispor de tempo para correr a blogosfera e entrar em mais debates. Sei que ela é importante no panorama de uma comunicação social que deixou de ser apenas de massas e unidirecional, muito graças à internet, para se tornar também de grupos. Sei o que a blogosfera fez por nós ao apoiar um livro como o ERRO da OTA , por exemplo.
Creio que o Ouriço deveria contribuir para descomplexar a divisão dos blogues em direita e esquerda, divisão que apenas serve os ferroviários do pensamento ou os cowboys que querem guiar os estouros da manada. E esses estouros vão gravar-se em Portugal e na Europa nos próximos meses. Não é preciso grande ciência para o prever. Aqui acreditamos que Portugal é muito mais rico em propostas culturais, ideológicas e de governação que ouvismo às suas esquerdas e direitas encartadas, quer as que se roçam nos corredores do poder rotativista, quer as que apenas vicejam nos bytes da blogsfera.
Faust Von Goethe 26 Jan 12
Artur de Oliveira 26 Jan 12
Angela Merkl disse recentemente que "Austeridade não chega é preciso crescer". Vamos lá vêr se nos entendemos: quanto mais austeridade, menos poder de compra, o que gera menos lucro para as empresas, o que dá origem a mais desemprego e menos poder de compra e por aí em diante, resultando em pobreza crescente. Então como é que a Chanceler alemã pode dizer que é preciso fazer mais pelo emprego e saúde das contas públicas, se a austeridade impede o crescimento e atrasa também a prazo o pagamento das dívidas soberanas acompanhadas de juros astronómicos? Como vamos pagar a dívida? Com mais dívida? Com mais juros ainda? Se até os maiores experts em economia e o próprio FMI sabem que a austeridade não resulta, como é que se pode levar a sério esta senhora que se contradiz de maneira tão estapafúrdia sem sequer ter a mínima noção disso?
Artur de Oliveira 26 Jan 12
Francisco Cunha Rêgo 26 Jan 12
Estamos a chegar ao ponto em que os 'pêlos púbicos', ao contrário do que disse Catroga, são o verdadeiro problema, e os conflitos aparecem desfocados da sua origem. Veja-se a grande importância de questões como o vencimento do PR, face a situações muito graves que se vão vendo no país, pela Comunicação Social. Ele está a ganhar mais do que estava há um ano? Não sabíamos já o que ele declarara? Qual a surpresa? Mas errou em falar como falou, no contexto actual. Cada vez é mais necessário pensar numa regeneração do país. Ainda existem muitos problemas e soluções importados de fora, talvez para nos sentirmos importantes. É preciso ter mais iniciativas inovadoras sobre o que temos e fazemos no país.
E os preconceitos com base na ignorância? São mato! Por exemplo, quando se discute a possibilidade da liberdade de escolha popular entre Rei ou Presidente, muitas críticas falham grosseiramente o alvo, de parte a parte. Pensando bem, não conheço nenhum republicano que deixe de viver ou ir à Noruega porque é uma Monarquia, e não conheço nenhum monárquico que deixe de viver ou ir a França porque é uma República. Assim como não se confundem a República Islâmica do Irão com a República (laica) Portuguesa, só porque se chamam Repúblicas. Ou o Reino de Espanha se confunde com o Reino Saudita, só porque se chamam Reinos. Nem creio ser útil salientar negativamente que a Alemanha e a França são Repúblicas e nos apertam o cinto, com culpa nossa também. E se fossem Monarquias que palavras lhes seriam dirigidas? Também não conheço nenhum verdadeiro monárquico português, como Ribeiro Telles, que não goste da Res Publica, assim como não conheço nenhum verdadeiro republicano português, como Batista Bastos, que goste do estado a que esta República nos conduziu.
Mas Catroga estava certo. Muitas coisas ditas pelas pessoas, para se sentirem importantes, afinal são P........s. E com a agravante de pessoas que dizem coisas importantes para a sociedade, como Carvalho da Silva, sairem de cena. Não há sindicatos fortes na Alemanha e nos EUA? Ou também é apenas uma questão de P......s?
Francisco Cunha Rêgo 26 Jan 12
Aproveitando a lembrança de Hollywood, referida pelo Nelson Faustino, pergunto quem é que gosta e vê regularmente cinema e nunca sentiu um enorme prazer ao ver pelo menos um filme feito lá, ou a partir de lá? O sonho comanda a vida, e no cinema ainda sentimos uma grande liberdade de imaginação. Foi criada por judeus mas chamam-lhe a Meca do Cinema? É uma contradição digna de Marx (o Groucho).
Jack Soifer 26 Jan 12
Reclama-se da baixa ocupação nos hotéis e culpam a crise. Ora a crise é geral, não há como mudá-la. Então, o que podemos fazer? Melhorar o nosso produto, destino ou atendimento? Seja como for, os hotéis, pousadas, aldeamentos estão cada vez mais confortáveis e lindos. As vilas e cidades continuam ajardinadas, limpas, simpáticas. O povo fala docemente a língua dos turistas internacionais. O que melhorar? A qualidade no CRM! Avaliar a qualidade e a satisfação é fácil ensinar, mas fazer isso bem é mais difícil.
Aí pecam os hotéis e os concelhos. Os inquéritos de satisfação são pouco usados, pois são vistos com frequência pelos turistas como um aborrecimento, em horário impróprio. Pergunta-se sobre a praia, os passeios, as pousadas, mas não sobre os incidentes. E por isso eles continuam incólumes, sem medidas preventivas á vista. Os incidentes são pouco frequentes, mas em geral acontecem justamente com os formadores de opinião que, a longo prazo, influenciam os de maior poder de compra. Será que o Algarve ficará como a Costa do Sol, mal frequentada e com degradação urbana?
Ao chegar a uma cidade, hotel, restaurante, táxi, banco, deve-se testar o atendimento. Pergunta-se a local e hora de culto religioso, onde encontrar um técnico para tirar o calcário do esquentador, onde comprar um adaptador de tomada americana (retangular) para uma ficha europeia (pino redondo) ou como transferir dólares para uma conta no Brasil. Nada de tão anormal. Mas a resposta normal é a do costume: “não sei”. Bem educada, mas inútil. Nas formações que eu dei, cheguei a ajudar empreendedores da área de turismo a elaborar os seus manuais com FAQ´s para os funcionários consultarempelo menos uma vez por semana, pois podem surgir atualizações. E isso devia ser válido para todos os ramos de negócio.
Lembro-me de um alemão reformado que certa vez explicou ao gerente de um banco em Albufeira que não dominava a internet e por isso mesmo não conseguia fazer os pagamentos importantes por essa via e nem sequer conseguia receber a sua reforma. O gerente foi inflexível, insistindo que o senhor devia ir ao balcão e pagar os serviços daquela forma, em vez de usar os formulários gratuitos como nos bancos postais alemães. A família do tal senhor, incluído um irmão reformado e um filho que investiam nessa região, movimentavam milhares de euros por mês nesse banco. Encontrei-o num café pouco depois do sucedido e ele disse-me queria mudar de banco e de cidade, e até vender os seus imóveis. Quem refletiu sobre o porquê de haverem milhares de casas à venda, sem interessados? E outras milhares vazias, sem arrendar, mesmo a baixos preços? Por que é que o restaurante prefere ficar vazio 9 meses por ano a baixar os seus preços irreais?Por que é que a intransparência, prostituição e criminalidade aumentam? Ficam as questões a que só uma boa gestão pode dar resposta.
Faust Von Goethe 26 Jan 12
Curioso Rejane Borges no blog Obvious eleger os Ovos Moles de Aveiro e não o Pastel de Nata como uma sobremesa de Portugal.
Talvez se o Álvaro tivesse proposto um franchising para os Ovos Moles ou até para o Pastel de Tentúgal, aqui da zona de Coimbra, teria sido muito mais original.
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