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Blogosfera que Pica
Francisco Cunha Rêgo 27 Jan 12
Maria de Jesus e Maria Manuela, com 80 e 74 anos, morreram sózinhas em casa, na freguesia das Mercês, em Lisboa. Uma morreu de doença e a outra, como estava acamada e ficou sózinha, morreu de fome e de sede na cama. Há um mês, a que ainda se mexia tinha ido à Junta Freguesia, com 74 anos, dizer que estava a cuidar sózinha da irmã acamada com 80 anos. Como não pediu ajuda, ninguém se lembrou de avisar Segurança Social, a Santa Casa, ou ir lá para se inteirar da situação(!!!???!!!). Afinal, o que era preciso mais?
Desde o inicio do ano já vamos em doze casos idênticos, conhecidos através da comunicação social. Poderá haver outros, em sítios onde cada vez é mais dificil chegar. Não me refiro apenas a uma aldeia longínqua, mas também a casas ao nosso lado, no nosso bairro ou cidade, onde se morre sózinho, sem incomodar ninguém e sem custos para a Saúde. Assim se vê o que está a acontecer à nossa sociedade. Lembro um personagem de Takeshi Kitano, um cego que andava com os olhos abertos, ao caminhar durante a noite tropeça numa pedra e cai, mas quando se levanta acha extraordinário ter os olhos bem abertos e mesmo assim não via nada.
Francisco Cunha Rêgo 27 Jan 12
Acabar com os feriados 1 de Dezembro e 5 de Outubro, datas que fazem parte do nosso Bilhete de Identidade e valem pelo simbolismo do país que somos ainda, é como acabar com datas de nascimento da História de Portugal, a República a 5 de Outubro 1910 e a reconquista da independência do Reino de Portugal a 1 de Dezembro de 1640. Agora só falta mudar a nacionalidade para sermos outra coisa (talvez alemães, ou JPMorganianos, ou Goldman Sachsianos, ou...nada?).
A nação mais antiga da Europa, com uma história rica e variada, de Norte a Sul e de Ocidente a Oriente, vai ser a primeira a perder identidade cronológica? Em favor do quê e de quem? Não estou a ver os espanhóis, franceses, italianos, russos, alemães, japoneses, brasileiros, sul-africanos,etc....., a abrirem mão de datas tão simbólicas da sua História. Todos os países têm feriados como dias uteis para a sua memória e identidade nacional. Perder estes é uma indignidade perante nós e os outros. A troco de quê?
Artur de Oliveira 27 Jan 12
" Aqueles que em relação à crise financeira falaram precipitadamente de luz ao fundo do túnel, agora são obrigados a constatar que na realidade tratou-se do comboio que veio em contramão."
Peer Steinbrück – Ex-Ministro das Finanças alemão, deputado do SPD e potencial futuro Chanceler da Alemanha
Faust Von Goethe 27 Jan 12
"Como um peixe, a Europa está a apodrecer pela cabeça."
Wolfgang Münchau, colunista do Financial Times, em vésperas das eleições europeias de 2009.
Fonte: Jornal i
Artur de Oliveira 27 Jan 12
O nosso Ouriço João Gomes de Almeida quebra preconceitos e diz a verdade que muitos queriam vêr silenciada, mas ei-la, doa a quem doer, aqui
Mendo Henriques 27 Jan 12
O presidente da República assinou hoje, o despacho que confere a Ordem de Mérito a Maria Adelaide Manuela Amélia Micaela Rafaela de Bragança, Infanta de Portugal.
Aquando da sua estadia na Áustria, resistiu ao nazismo, sendo condenada à morte por acolher em sua casa muitos perseguidos pela Gestapo. Foi salva devido à oportuna intervenção de Salazar. Em Portugal, dedicou-se durante décadas à promoção da ciência e da investigação médica, e depois aos pobres e excluídos. Foi uma mãe para milhares de crianças: recolheu-as das ruas, vestiu-as, alimentou-as, educou-as; em suma, foi assistente social, foi enfermeira, foi cozinheira, foi lavadeira e o apoiou dezenas de pessoas que a sociedade condenara a não ter abrigo e se tornaram homens e mulheres decentes.
Como escreveu Almada Negreiros, "todas as palavras que salvam a humanidade", já estão ditas. Falta é salvar a humanidade. Maria Adelaide de Bragança é uma dessas pessoas. Celebrando os seus 100 anos no próximo dia 31 de Janeiro de 2012, merece o nosso obrigado. Será, talvez, uma das mais importantes portuguesas vivas. E por isso, obrigado, Infanta D. Adelaide.
John Wolf 27 Jan 12
A situação dramática em que se encontra Portugal exige que se implemente imediatamente um plano de salvação nacional. Um antídoto para a austeridade e enquanto o crescimento económico não se apresenta em condições de resgatar a população da miséria em que se encontra, através do emprego, a produtividade e o consumo. Refiro-me a receitas que não exigem a sanção parlamentar ou a decisão governamental pura. Se o estado não reage adequadamente para proteger o seu povo, cabe à sociedade civil avançar com soluções. Sem vos agastar com mais considerações de ordem teórica ou conceptual partilho algumas soluções que devem fazer parte de um conjunto alargado de propostas. Ou seja, mais soluções terão de brotar no contexto da adversidade.
1. Criação de Mercados de Troca Directa em cada uma das autarquias. Um local físico que permita realizar operações de troca de bens por bens, bens por serviços, horas por serviços, feijão por couve, telemóveis por calças...
2. Criação de cooperativas agrícolas que faça uso dos terrenos baldios do estado e que permita empregar mão de obra local; e se não houver meios financeiros para "assalariar", então in extremis que se pague em géneros. Os autocarros das câmaras e das juntas de freguesia não servem apenas para levar o folclore ao programa de televisão "a roda da sorte".
3. Promover a ideia de "créditos de saúde", através da qual, os utentes do Serviço Nacional de Saúde, possam dispôr dos seus direitos, e transferir os mesmos para os mais necessitados. Tratar-se ia de uma forma de micro-filantropia, através da qual, alguém mais afortunado possa ajudar indivíduos que se encontram em situação de grave carência.
4. Fundir lares de terceira idade e creches, por forma a que se possa promover a "transacção emocional" entre seres humanos carentes de alimento empático e social.
5. Promover junto do governo a ideia de transferência de riqueza sem que haja penalização tributária; melhorar as condições de isenção fiscal no contexto da criação de valor social.
6. Organizar no seio da população grupos de vigilantes passivos por forma a incrementar os níveis de segurança que se deve sentir nos bairros.
7. Promover a ideia de "compensação do mérito", através do qual os mais produtivos são recompensados na ordem de grandeza da mais-valia gerada ou do impacto social criado.
8. Desenvolver em cada bairro, grupos de intervenção que possam, numa primeira instância, proceder ao levantamento das necessidades específicas de cada zona.
(a continuar)
Joao Jardine 27 Jan 12
Agora que nos aproximamos de mais uma cimeira europeia
A versão anglo saxónica da crise europeia, esta é do Christian Science Monitor.
Notem a omissão "ululante" da situação irlandesa, como se não pertencesse à zona euro.
Joao Jardine 27 Jan 12
Do excelente blog Econmics in pictures
Afinal, quem são, realmente, os mais ricos?
Chineses, russos?
CNN Money |
Faust Von Goethe 27 Jan 12
Foto de R Jay Gabany (Blackbird Obs.) captada a partir do telescópio Subaru/Suprime-Cam (NAOJ). Trabalho em colaboração com David Martinez-Delgado (MPIA, IAC), et al.
A galáxia anã da imagem chama-se NGC 4449 e encontra-se dentro dos limites de Canes Venatici, a constelação dos Cães de Caça.
A razão pela qual vêem na imagem uma nuvem cor azulada deve-se ao simples facto de nesta galáxia se estar a dar uma formação intensa de novas estrelas.
Esta foto é uma das provas vivas de que o universo está em clara expansão.
Faust Von Goethe 27 Jan 12
E hoje porque chove a centro do país, lembrei-me de uma cena hilariante do filme "A Laranja Mecânica" de Stanley Kubrick, onde Alex (Malcom McDowell) canta a música de Frank Sinatra "Singing in the Rain":
Para quem não sabe, o encore da música de Frank Sinatra não fazia inicialmente parte desta cena. O perfeccionismo e o sentido de humor de Kubrick levou a que a gravação desta cena levasse quatro dias, durante a qual Kubrick sugeriu a Malcom McDowell que dancasse ao mesmo tempo que pontapeava o escritor.
A título de curiosidade, para incluir a música de Sinatra no filme "Laranja Mecânica", Kubrick teve de pagar 10000 dólares americanos de direitos de autor.
Faust Von Goethe 27 Jan 12
George Soros em entrevista à Reuters explica porque comprou dívida italiana. Eu no lugar dele teria feito o mesmo, pois o Unicredit, o segundo banco Italiano é dono do HypoVereinsbank (segundo maior banco Alemão), o que significa que os 6% de retorno estão mais que garantidos e porquê?
Muito simples: Primeiro porque estamos bem longe de entrar em cenário de Bear Market, como mostra este gráfico.
Depois, porque numa eventual entrada em Bear Market e em caso de insolvência da banca italiana, o Unicredit (e muito provavelmente restante banca italiana) será nacionalizada pela Alemanha como forma de assegurar os seus depositantes.
Moral da história: Na pior das hipóteses, serão os pensionistas Alemães e os fundos de pensões da banca Alemã que vão pagar ao pensionista Soros.
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