Voltando ao ping-pong de com o meu colega de escrita, Francisco Cunha Rêgo, vem mesmo a propósito o que Gustavo Serrate escreveu recentemente no Blog Obvious:

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A Guerra Fria afetou a indústria cinematográfica americana de forma brutal. Foi um período de intensas perseguições a talentos ligados ao pensamento comunista, mas também foi marcado por extrema criatividade. Das cinzas brotava o Cinema Noir, outro tipo de cinema em ascensão retratava o medo da catástrofe nuclear através de metáforas ou mensagens diretas. Após este período o cinema nunca foi o mesmo.

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Em jeito de rodapé, deixo-vos com um filme dessa época (versão completa): O Beijo Fatal (1955), escrito por Mickey Spillane e A.I. Bezzerides e realizado por Robert Aldrich: 

Tenham uma óptima semana!

Leiam o resto em: http://lounge.obviousmag.org/ponto_cego/2012/01/como-a-guerra-fria-transformou-hollywood.html#ixzz1knRO3vUl

A onda de pessimismo que contamina a psique da sociedade civil mundial  tem toda a razão de ser devido á crise financeira que cria dividocracias emergentes em vez de mais prosperidades emergentes, realidades que coexistem devido ao sistema capitalista que tem duas faces qual Janus. No entanto, não estamos perante uma guerra mundial militar, mas económica em que as agências de rating são os mísseis intercontinentais e as políticas de austeridade da troika os tanques de guerra. Os partidários de extrema direita e extrema esquerda oportunamente moderam-se perante os protestos da sociedade civil, mas as  negras essências autoritárias destas ideologias permeiam as elites causadoras da instabilidade mundial. Estamos perante um admirável novo mundo não menos perigoso, mas mais curioso e original. Não creio num apocalipse que dite o fim da humanidade, mas o que vai suceder é uma mutação do género humano a nível de valores socio-culturais para o bem e para o mal a médio/longo prazo... Comparando com outros períodos negros da História, o  derramamento de sangue é menor, mas as oportunidades da humanidade evoluir são maiores, por incrível que pareça.  Se são aproveitadas ou não, é algo ainda por saber. No entanto a hecatombe pode estar á espreita. Os inimigos são multifacetados e discretos, mas não secretos e difíceis detectar, porque cada vez mais os cidadãos  estão atentos á conjuntura... O livre arbítrio é nosso...

"O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior"

Platão

O nascimento da Comunidade Económica do Carvão e Aço em 1952, seguida da Comunidade Económica Europeia em 1957, representam no seu âmago, a expressão de um desejo mais profundo. Um desígnio que transcendia as dimensões económica e social, alicerçadas nos respectivos tratados constitutivos. A Europa desejava erradicar "para sempre" a repetição de conflitos armados que semeáram destruição pela Europa. No cerne dessa garantia de paz, estava o relacionamento entre a Alemanha e a França. A bacia do Ruhr repartida pelas duas nações foi o estaleiro para a edificação de aparelhos militares, quer no primeiro conflito mundial quer no segundo, o que explica em grande parte o advento do primeiro entendimento, uma "entente" de ferro. Paradoxalmente, poderemos afirmar, volvido mais de meio século sobre a aproximação franco-alemã, que a "fusão" das duas nações foi alcançada. A promessa foi cumprida. A UFA (União Franco-Alemã) já é um facto. De Schuman, a Monnet, passando por Delors e Mitterand, Kohl. A União Franco-Alemã foi atingida. Se a história não permitiu perspetivar os caminhos que nos trouxeram ao estado em que nos encontramos, significa que o modo como interpretamos os factos históricos tem de ser revisto. Não constitui supresa que a Merkel agitará bandeiras na campanha de Sarkozy. 

Pedro Arroja expõe de forma muito clara a influência da religião nas mentalidades, sobretudo na nossa. Melhor ler do que contar.

O PRD tem um post com título e conteudo bem bolados, onde enuncia os que se lavam na Net de culpas passadas que não querem ter. Faz referencia a outro aspecto, a consulta de blogues, Facebook, etc. Noto que os blogues (e as Redes em geral) hoje são uma das melhores maneiras de aceder quase gratuitamente a informação e opinião, que muitas das vezes não estão disponíveis nos outros circuitos de comunicação. Quem disse que a qualidade tem de ser cara?

João Severino fala lucidamente do recente acidente nas obras da barragem do Tua, o que me lembrou esse Rio tão maltratado por nós e tão adorado por estrangeiros, como toda a Região do Douro. Lembro que os agricultores que produzem, naquela zona, alguns dos melhores produtos do país (maçãs, cerejas, etc.), estão à beira da falência. Quanto à barragem, não é a única forma de ter um valor produzido a partir de uma fonte renovável. Também uma das características do Turismo é que pode ser uma atividade económica e cultural renovável. Os sítios estão lá todos os dias, sem perder o seu valor, e onde podem passar centenas, milhares ou milhões de pessoas, todos os anos. Sítios com necessidade apenas de boa manutenção ou renovação. Como as barragens. Cá, há anos bons e maus de chuva? Também há anos bons e menos bons de Turismo.

Nuno Teles lembra dados históricos de como esta atitude da Europa (envio de comissários para gerir países) já não é nova

Tomás Vasques tem um ponto de vista sobre o fim dos feriados diferente do meu, mas faz sentido.

Um lindo par poema/imagem de Sofia Loureiro dos Santos.

Boa semana.