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Blogosfera que Pica
Artur de Oliveira 4 Fev 12
Intervenção de Luís Coimbra
Artur de Oliveira 4 Fev 12
Faust Von Goethe 4 Fev 12
Francisco Cunha Rêgo 4 Fev 12
Os tempos próximos irão dizer se teremos uma coisa ou outra. Lendo os indicadores de 2006 e 2007, sobre tráfego marítimo de mercadorias e o consumo de energia, vemos que o mundo caiu, e que em 2008/2009 começou a erguer-se de forma diferente, numa transformação da realidade conhecida. Não acredito em guerra de moedas, que não têm vida nem moral próprias, mas num choque de sistemas capitalistas com conflitos internos, imperando as trocas económicas entre o capitalismo das grandes empresas estatais da Rússia, China, Brasil,..., e o capitalismo das grandes empresas privadas dos EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido, França...E de ambos os lados há Estados fortes e sectores privados fortes.
Por cá, as empresas despedem mais do que empregam e os sindicatos, e partidos, que antes defendiam sobretudo os trabalhadores, hoje têm de defender sobretudo os desempregados, o que não é fácil sem uma auto-regeneração, deles e do sistema. Talvez a Itália vá mostrar como fazer. Também existe um choque entre o modelo capitalista europeu (mais garantístico) e o norte-americano (mais liberalizado). Caso a Alemanha aguente, o euro também aguentará, mesmo numa Eurozona de geografia diferente. Mas entre a transformação em curso e o ecludir de conflitos internos dista 'um salto de cobra'. Está muito próximo mas não se sabe quando e como. Em Portugal, sem uma liberalização da concorrência, e não só uma liberalização do mercado, onde os que fizerem bem e a um bom preço possam ser escolhidos pelos consumidores, evitando monopólios ou oligopólios, e sem comissões de trabalhadores decentes e respeitadas (ver a Auto Europa) não haverá economia real que se aguente. E não é com o pensamento mágico de fazer e desfazer continuamente Leis, ou criando Autoridades, que se vai resolver os problemas. É com o trabalho, as críticas e os riscos que implica resolvê-los. O governo da 'Res Publica' devia ser isso para que, no fim das transformações, haja Paz.
Francisco Cunha Rêgo 4 Fev 12
Apenas uma achega ao que já escrevi. O que VGM faz no CCB é com ele e com quem o contratou. Agora que ele podia ter feito muito mais pela língua portuguesa, podia. Por exemplo defender com a mesma coragem a transmissão do Euronews em português, como Ribeiro e Castro e Rui Tavares, o que já referi em post anterior. Terá medo de 'pisar a Relva' ou 'o Relvas'? O gosto pela má-lingua faz esquecer o que aqueles dois políticos já escreveram, ajudando a perceber o que seria importante estarmos a defender, em vez de atacar a evidente força internacional do Brasil. O Euronews em português, que é visto por milhões de pessoas pelo mundo, está ao nosso alcance, e só ao nosso e não ao da CPLP, defender. Mas não o estamos a fazer. Nem a negociar e a dialogar sobre mantermos as diferenças linguísticas. Negar uma coisa não é garantia de se ter outra.
Artur de Oliveira 4 Fev 12
Artur de Oliveira 4 Fev 12
Até o meu saudoso papagaio teria melhores argumentos que os republicanos que lá estiveram. Saí da Tertúlia "Mantenha a calma e beba um copo com o regime" com a certeza de que ser republicano não é uma convicção, mas sim uma acomodação ao status quo e em muitos casos uma mera conveniência...
Faust Von Goethe 4 Fev 12
Numa altura em que se discute a implementação do acordo ortográfico, muito às custas da recente despacho de Vasco Graça Moura que decidiu acabar com o acordo ortográfico no CCB, circula na internet uma petição entitulada "Save Portuguese at Utrecht University" (a divulgar) onde se pode ler o seguinte:
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Portuguese is a major language, with over two hundred million speakers worldwide, notably in Brazil, one of the fastest growing economies in the world. Portugal and the Netherlands have innumerous points of contact in their history. In today’s Europe, the ability to know more than one of the languages of the European Union and to have access to global affairs is crucial. Shutting down the BA in Portuguese language and culture is a shortsighted measure with little effect on the Faculty’s need to reduce its budget, that ignores the importance of Portuguese in academic, cultural, and global terms.
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Qualquer pessoa que leia este trecho de texto percebe que quando nos referimos a língua portuguesa, referimos-nos a uma Babel composta com dialectos desencontrados onde se pode incluir o mirandês, o crioulo, o português do brasil, ou até mesmo o tétum-português. O dialecto por si é parte íntegra da nossa comunicação oral mas não da nossa comunicação escrita. Basta percebermos que, por exemplo, um Mirandês e um Algarvio têm dialectos diferentes mas não deixam de usar o mesmo léxico quando comunicam de forma escrita. O mesmo é válido para linguagem cibernética, quando pessoas com diferentes dialectos e línguas, usam siglas como LOL,OMG, ROFLMAO, ASAP (As Soon As Possible) ou até mesmo o KISS (Keep It Simple Stupid).
Em pleno século XXI, onde as aldeias dos nossos avós se transformaram em aldeias globais, e línguas como o francês e o alemão encontram-se em declínio, a ideia de abraçarmos um acordo ortográfico é sem dúvida um milagre da inteligência e de bom senso, pois vai contribuir para a globalização da língua portuguesa, permitindo-nos estar ao mesmo tempo dentro e fora da europa.
Se olharmos para exemplos vindos da religião, não foi por acaso que o protestantismo se expandiu a quando do declínio do catolicismo em pleno século XVI. O responsável por esta expansão foi Martinho Lutero que após ter visitado várias cidades por forma a ouvir as pessoas falar nos seus diferentes dialectos, escreveu uma tradução da bíblia para alemão, tradução essa que também serviu de acordo ortográfico para o alemão que conhecemos nos nossos dias. Por seu turno, a expansão do protestantismo serviu também para enriquecer a diáspora línguistica de países como bélgica (que fala para além do francês e do alemão, o dutch van Vlaanderen) e países baixos (dutch van Nederland).
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