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Blogosfera que Pica
Mendo Henriques 10 Fev 12
Há duzentos anos atrás, enquanto Napoleão fez a guerra a príncipes não teve problemas. Quando começou a enfrentar povos, em Espanha e Portugal, tramou-se. Mas quase ganhou.
As guerras entre príncipes das finanças chegaram agora a esse patamar das guerras contra povos. Já não é só a Bolsa, mas as nossas bolsas. .Já não é só o Euro mas os nossos euros. Já não é só a Banca mas os nosso depósitos. Por tudo isto, devemos ser solidários com o povo grego, com a classe média a tentar ganhar um salário decente, para cuidar das famílias, enviar os filhos à escola e manter qualidade de vida. Os gregos fizeram o que a classe política oligárquica lhes disse que poderiam fazer, e agora vêem o seu mundo social e económico a desmoronar-se.
A UE exige um programa de austeridade que vai cortar salários, pensões, serviços, etc. Não é preciso ser um fanático keynesiano ou um lúcido lonerganiano para ver que tal austeridade vai contrair a economia grega até aos 6% ao ano. Sem crescimento económico, tudo será ainda mais difícil. Os gregos estão entre dois monstros. Ou apanham mais um murro da UE para pagar as dívidas, ou saem da UE.
Portugal também está entre Cila e Caridbdis. A Itália vem provavelmente a seguir. Mas além destas arenas pequenas em que a classe média está a perder meios e qualidade de vida, temos a arena mais impressionante de todas: os EUA. Por fora, Walll Street parece ter saúde ( como a Traviata antes de morrer) os consumidores parecem satisfeitos, e o desemprego desceu de níveis insuportáveis. Os norte-americanos não têm uma Comissão Europeia, nem o Banco Central, nem um FMI a arfar e a exigir austeridade à classe média. Mas o dia do julgamento vem aí. A austeridade chegará porque a classe média viva do dinheiro injetado pelo FED enquanto o Frankenstein da inflação constipa a economia e o déficit federal atinge um ponto sem retorno.
Mendo Henriques 10 Fev 12
O povo, os partidos e os capitais estrangeiros. Lá como cá.
Querem-nos fazer acreditar no inacreditável ... Que o mercado grego e a dívida grega ameaçam a União Europeia. Por trás desta campanha, encontra-se o discurso dos países do norte que estigmatizam um povo empobrecido pelas suas elites. Em troca dos subsídios da União Europeia, a classe política grega aceitou que boa parte da produção agrícola e industrial passasse para o capital estrangeiro. E os gregos são tratados como ingratos ou ladrões porque receberam subsídios europeus, sem aceitar a abertura dos seus mercados à desregulamentação financeira
No debate sobre a crise grega, falta informação
1- Ninguém menciona que a vida se tornou muito cara na Grécia desde a adopção do euro, o salário médio é inferior a 800€, e os preços dos alimentos triplicaram…
2 - Ninguém lembra que os maiores bancos, o Comercial (Emporiki,) o Agrícola (Agrotiki ), e o Banco Geral (Geniki) foram comprados por bancos estrangeiros, especialmente os franceses do BNP.
3- Ninguém refere que a desregulamentação do mercado desde a adoção do euro fez entrar a galope as empresas estrangeiras, francesas e alemãs.
4 - Ninguém refere que o aeroporto de Atenas pertence a uma empresa alemã, e o porto do Pireu a uma empresa chinesa.
5 - Ninguém diz que o Carrefour controla os supermercados gregos
6 - Ninguém refere que os partidos políticos, o PASOK de centro-esquerda e a Nea Democratia de centro-direita são controladas pelas mesmas famílias desde que a Grécia se tornou independente mas sem equidade social. O poder passa de pai para filho, seja o presidente de câmara de Atenas, seja o primeiro-ministro.
Os gregos começam a achar que viviam melhor antes da adoção do euro. E para os jovens gregos, os partidos estão a tornar-se o símbolo do abandono dos seus direitos e das suas esperanças.
Artur de Oliveira 10 Fev 12
Dom Duarte de Bragança vai receber na próxima segunda-feira, durante uma cerimónia no parlamento de Timor-Leste, a nacionalidade timorense e uma condecoração do Presidente José Ramos-Horta. Um orgulho para o nosso povo que é constantemente insultado pelos representantes do regime vigente. Vêr mais aqui
Jack Soifer 10 Fev 12
Personagens: Jean Baptiste Cobert, Ministro de Estado de Luís XIV(1619-1683)
Jules Mazarin, Italiano, Cardeal, Primeiro Ministro de França (1602-1661)
Joao Jardine 10 Fev 12
Chart 3: ECB Bond Purchases Exploded in 2H2011
Source: Bankinvest
Pragcap
Joao Jardine 10 Fev 12
Chart 6: Weekly Change in Eurozone Bond Yields
Source: Bankinvest. As at 1 February 2012.
Pragcap
John Wolf 10 Fev 12
O apanhado televisivo que coloca em cena os ministros das finanças de Portugal e Alemanha, Vitor Gaspar e Wolfgang Schaeuble, a cochichar sobre a possibilidade de renegociação da dívida Portuguesa é um bom exemplo de como se deve conduzir a diplomacia, a política externa de estados. É obrigatório que os agentes do interesse nacional exerçam pressão de um modo oficioso e não necessariamente institucional. Em termos sociológicos a abordagem feita deste modo "humanizado", fora do contexto da cimeira ajuda a alterar percepções e em última instância as próprias decisões. De um modo natural, o "leakage" (este conceito de fuga de informação não se adequa ao registado informalmente pelas câmaras de televisão...não há aqui nenhuma matéria eticamente questionável!) serve para amenizar posições extremadas em relação a uns e outros. Por um lado, ficamos a saber que o ministro das finanças estende-se para além da agenda formal, dentro da legalidade processual democrática, e ao serviço do interesse nacional para avançar as causas de Portugal, e da outra parte, sabemos que as intenções alemãs não são movidas por um novo género de colonialismo (não vamos envolver o tema Angola e Schulz...para já!) de sujeição incondicional dos parceiros da periferia. Em suma, os protestos de António José Seguro em relação à falta de transparência por parte do "ministrado" pelas finanças são despropositados, mas servem para levantar uma questão pertinente para um outro ciclo de liderança do país. Até que ponto se pode aceitar que um putativo candidato à chefia de um governo nacional não entenda como se joga na arena internacional de diplomacia. É nos corredores que conduzem ao hemiciclo, nas latrinas de uma messe urbana, na comitiva que viaja a convite do presidente que os princípios basilares são evocados ou relembrados. Não há nenhum mal nisso, desde que o interesse nacional seja o único móbil. No meu entender, não se pode ser simultaneamente Seguro, ingénuo e infantil.
Faust Von Goethe 10 Fev 12
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Without the ECB’s co-operation, the International Monetary Fund has determined that it will be impossible to reduce Greece’s debt sufficiently through the restructuring of private debt alone. Private bondholders have agreed to take a €100bn writedown on the €200bn in Greek debt they hold.
In order for the ECB to rid itself of the Greek bonds, it would probably have to sell or swap them at cost to the eurozone’s rescue fund, the European Financial Stability Facility.
Mr Draghi said the bank could not accept losses on its Greek holdings because this would amount to the central bank directly financing the Greek government. Such “monetary financing” is illegal under European Union treaties.
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Fonte: Financial Times
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