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Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 14 Fev 12
É de lamentar a situação a que está a chegar o Instituto Superior Técnico e em geral o ensino superior em Portugal. Em causa está o cumprimento de forma escrupulosa do decreto-lei nº32/2012, publicado anteontem em Diário da República, que impedirá instituições como o Instituto Superior Técnico, de assumirem compromissos a curto prazo por falta de disponibilidade financeira.
Quem conhece a realidade das universidades Portuguesas sabe que as receitas próprias que estas geram são ainda insuficientes para que estas sejam totalmente independentes do estado. Por outro lado, o financiamento das universidades pelo estado tem sido de extrema importância para contratação do pessoal que trabalha em laboratórios associados, assim como para subsidiar de bolsas de iniciação à investigação, de mestrado, de doutoramento e afins.
Mais do que estar em risco a “prestação de serviços por um período indeterminado”, está em risco o emprego de vários bolseiros que trabalham em regime de precariedade. Acresce que esta medida pode inclusivé, a curto prazo, acentuar ainda mais o desemprego jovem.
A título pessoal, desejo que Nuno Crato assim como João Queiró (ambos matemáticos e pessoas sensatas) resolvam este problema de forma célere, de modo a se evitar uma eventual degradação do Ensino Superior em Portugal.
Artur de Oliveira 14 Fev 12
A partidocracia em nações como Portugal, Grécia, Itália, França e Alemanha, entre outras formas de regime diferentes na forma, mas de semelhante conteúdo , impõe a sua voz de comando aos povos (os seus e os povos dos outros) como se de senhores feudais se tratassem. Os mais fracos prestam vasssalagem aos económicamente mais fortes e todos servem os desígnios dos Príncipes Financeiros que os tributam com juros, notações baixas nas agências de rating entre outras formas de pressão. Os senhores feudais mais fortes vão cobrar aos mais fracos e assim por diante até ao fim da cadeia alimentar onde se encontra o país mais fraco, ironicamente berço da democracia. Nesses regimes, os partidos têm abandonado a sua função ideológica servindo as clientelas internas e externas, sendo no poder e fora dele oligarquias onde os políticos transitam para grandes empresas e grandes empresários se tornam políticos. Agora o que sucede é o abandono gradual da função ideológica dos partidos e da financeirização da política, isto porque os príncipes das finanças estão a impôr a sua vontade aos seus vassalos. Quando os partidos não servem o povo e estão a agir sem um árbitro independente, não proveniente das suas fileiras, as consequências são essas. Não havendo um poder isento no topo do Estado que equilibre as forças vivas de uma nação, os desiquilíbrios político-económicos são consequências naturais. Estamos a tempo de mudar e travar as políticas de austeridade, buscando as nossas próprias soluções para o crescimento da economia e do emprego, que as há! Basta tributar onde é certo e ter um sentido de amor ao povo e desprezo pela condição de vassalagem e a médio prazo considerar seriamente uma arbitragem isenta na chefia de Estado.
Artur de Oliveira 14 Fev 12
Para saber um pouco mais sobre as consequências das Partidocracias que asfixiam as liberdades populares em certos regimes europeus (sendo a Grécia, berço da democracia o caso mais flagrante) e que há uma solução que pode trazer equilíbrio político sustentável, ler este texto...
Mendo Henriques 14 Fev 12
Mikis Theodorakis, que compôs a música de Zorba e Serpico, toca agora uma outra música. Esqueçam a linguagem marxista de superfície. Ouçam o apelo à solidariedade dos povos europeus. Em vez do discurso pacóvio "Bem feita para os gregos que aldrabaram as contas!" ....( e os governos gregos e seu Banco Central aldrabaram mesmo) .... Em vez do moralismo saloio que grita "Gastaram demais" ( e as empresas gastraram mesmo com o novo aeroroporto de Atenas, os jogos olímpicos, etc. ) ...Em vez de dizer apenas "Apertem o cinto ( e os gregos tinham um forrobodó de 15 meses de vencimento e mais outras prerrogativas a começar pelos militares ...) Em vez de dizer apenas "Paguem o que devem"( e os capitais gregos estão em grande parte refugiados em Chipre a ver se acaba o euro e volta o dracma)... Em vez de dizermos "Somos muito diferentes dos gregos " (o Estado português, exceto a Madeira, com a conivência do governo da república não aldrabou as contas ).... saibamos ver que o cerco aos povos Europeus aperta cada dia que passa e Bruxelas está completamnete de rastos. Esse cerco vai fazendo cair os elos mais fracos, a Grécia primeiro. Depois virá Portugal e Itália e Espanha e França até chegar à mesma Alemanha, como já avisou onovo presidente do Parlamento Europeu. Devemos exigir da Europa a solidariedade entre os povos europeus, irmanados pela mesma cultura!
"O nosso combate não é apenas o da Grécia, mas aspira a uma Europa livre, independente e democrática. Não acreditem nos vossos governos quando eles alegam que o vosso dinheiro serve para ajudar a Grécia. (…) Os programas de "salvamento da Grécia" apenas ajudam os bancos estrangeiros, precisamente aqueles que, por intermédio dos políticos e dos governos a seu soldo, impuseram o modelo político que conduziu à actual crise.
Não há outra solução senão substituir o actual modelo económico europeu, concebido para gerar dívidas, e voltar a uma política de estímulo da procura e do desenvolvimento, a um proteccionismo dotado de um controlo drástico das Finanças. Se os Estados não se impuserem aos mercados, estes acabarão por engoli-los, juntamente com a democracia e todas as conquistas da civilização europeia. A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos. Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas.
Não vos pedimos para apoiar a nossa luta por solidariedade, nem porque o nosso território foi o berço de Platão e de Aristóteles, de Péricles e de Protágoras, dos conceitos de democracia, de liberdade e da Europa. (…)
Pedimos-vos que o façam no vosso próprio interesse. Se autorizarem hoje o sacrifício das sociedades grega, irlandesa, portuguesa e espanhola no altar da dívida e dos bancos, em breve chegará a vossa vez. Não podeis prosperar no meio das ruínas das sociedades europeias. Quanto a nós, acordámos tarde mas acordámos. Construamos juntos uma Europa nova, uma Europa democrática, próspera, pacífica, digna da sua história, das suas lutas e do seu espírito. Resistamos ao totalitarismo dos mercados que ameaça desmantelar a Europa transformando-a em Terceiro Mundo, que vira os povos europeus uns contra os outros, que destrói o nosso continente, provocando o regresso do fascismo".
Mendo Henriques 14 Fev 12
A Afegã - Antes e Depois
A imagem da "Menina Afegã" já foi comparada com a Mona Lisa pelo olhar hipnótico e intenso. Surgiu na capa de junho de 1985. do National Geographic pela mão de Steve McCurry que a fotografou em Nasir Bagh campo de refugiados perto de Peshawar, no Paquistão, em 1984.
Em janeiro de 2002, a National Geographic viajou para o Afeganistão para a localizar. Encontrou-a em Gula, com 30 anos, em uma região remota do Afeganistão. Chamava-se Sharbat Gula - "Bebida das Flores" em pashtun. A sua identidade foi confirmada utilizando a tecnologia biométrica. Nunca tinha visto o seu famoso retrato. A NGM criou um Fundo com o objetivo de educar jovens afegãs.
A sua foto continua a ser um dos melhores pontos de interrogação que podemos lançar sobre o futuro, uma interpelação ao que andamos por cá a fazer.
Artur de Oliveira 14 Fev 12
Para todos os namorados de Portugal e da Lusoesfera em geral e para a minha canarinha do outro lado do atlântico em particular
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