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O Ouriço

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No reino da República

Francisco Cunha Rêgo 19 Fev 12

Quando se fala que o mais alto magistrado tem medo político de sair à rua e que um ex-presidente de ministros se auto-enviou para as bordas de um rio manso, vemos apenas sinais do que se teve e tem nos braços: uma desgraça que faz medo aos que a conhecem por dentro, só de pensarem nela e nas pessoas que arrasta com ela. Já não há D. Carlos I que no auge da contestação se passeie pela Baixa pombalina em carruagem aberta, correndo risco de vida maior que hoje, por enquanto, em Portugal. Como se viu. Ou Mário Soares que depois de derrotado enfrente os seus opositores. No reino idílico em que esta República se passeia, vaidosa mas nua, o inebriante das lindas ideias sem conteudo ou sem ligação à realidade de alguns farsantes sem cartola, tem servido para realizar as farsas dos que têm cartola. Uns, distraídos com o brilho intenso das grandes más decisões que tomaram, achando-se fantásticos. Outros, sem ligar às consequências dos grandes desmandos que fizeram, achando-se extraordinários. Na cabeça de boa gente mal eleita, ou nem sequer eleita, pareceu passar a trágica ideia de que se pode tratar as pessoas como gado ruminante a pastar nas suas verdejantes ideias para o mundo. Conclusão: estão pobres, vivem na miséria ou passam fome? Não se queixem, é tudo para ficarem melhor no futuro! Bom, no futuro parece que vamos estar todos mortos. Não sei, é o que dizem por aí. E que todas as soluções serão boas e os erros já não se sentem, ou sequer se pagam. Hoje, para resolver os problemas do país, é melhor ficar em casa ou emigrar para país amigo? São apenas Sinais dos Tempos em que o que é importante vai Nú. E não é o Rei. Neste Carnaval, basta olhar para nós e para a Europa que ainda resta.

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Corte e costura orçamental

John Wolf 19 Fev 12

A ampulheta Grega tem vindo a ser virada e revirada, sem que se esgote a expectativa e haja um desfecho decisivo. Nesta altura do drama, os visados, fustigados que estão pela espera, desejam fechar um capítulo. Desejam uma mensagem "terminal", seja ela qual fôr: má ou péssima. Por razões de saúde mental a Europa precisa de uma resolução (revolução) inequívoca. Os cidadãos da Europa, e em particular aqueles dos países sob o feitiço da Troika, vivem a medo, na longa travessia da agonia que não atraca. A poucas horas de Segunda-feira sabemos que o segundo pacote de ajuda Grego está a ser ultimado nos estaleiros de Frankfurt e que a remessa está dependente de um corte orçamental, de natureza técnica, mas com peso suficiente para fazer pender um dos pratos da balança. O que me causa alguma estranheza na aritmética negocial, diz respeito aos valores em causa. Num dos cantos do ringue de boxe, para mais uma ronda decisiva de combate, apresenta-se o pacote de ajuda financeira de €130 mil milhões e no canto oposto uns míseros €350 milhões de cortes orçamentais encontrados à última hora pelos "administradores" Gregos. Há algo que não bate certo no veículado pelos media no que diz respeito às contas. Sabemos que a Alemanha e França detêm uma maquia assinalável de dívida Grega, e daí que hajam contas extra-soberanas a entrar nas colunas do deve e haver. O envolvimento do sector privado, e o modo como estão pelo pescoço em detrito financeiro, é a prova irrefutável que há muito, as soberanias dos estados e os fundos soberanos dos estados foram postos em causa. Estes alfaiates não me convencem. Há qualquer coisa de errado no corte e na costura orçamental.

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