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Blogosfera que Pica
João Palmeiro 29 Fev 12
Nos Estados onde apesar do funcionamento irregular das instituições electivas e representativas se vive alguma margem de liberdade de expressão (e de imprensa vigiada), instituições de autoregulação como as Provedorias são inúteis e impossíveis de implementar, por falta de transparência e de autonomia da Sociedade Civil.
Vem este pequeno pensamento a propósito dos Fóruns da Sociedade Civil, organizados pela PASC – Plataforma da Actividade da Sociedade Civil que congrega mais de uma vintena de associações ligadas pela crença da importância da sociedade civil organizada e interventora.
Estes Fóruns têm a seguinte história: em Janeiro de 2010 um grupo de Associações Cívicas juntou-se numa plataforma informal, que designaram por “PASC – Plataforma Ativa da Sociedade Civil”. Nessa altura foi lançado um debate sobre o contributo da Sociedade Civil na catalisação da mudança necessária face a uma crise financeira, económica e, sobretudo, social cujos contornos já eram então muito nítidos.
Hoje a PASC conta com 26 associações que se reúnem com regularidade, criando entre si pontes de interesse, trocando experiências e procurando soluções para assuntos de interesse nacional.
A coordenadora do movimento PASC, a médica Maria Perpétua Rocha, considera que “o pensamento, o discurso e a burocracia partidária e governativa estão claramente desfasados e os cidadãos já se aperceberam disso. Daí que se sinta a necessidade de uma nova dinâmica que pressupõe a intervenção estruturada da sociedade civil que detém o conhecimento técnico e a vivência prática e imediata dos problemas.”
A PASC já realizou dez “Encontros Públicos”, tendo elaborado quatro “Cartas Abertas” sobre questões relevantes para o futuro de Portugal, e enviadas ao Poder Político.
A missão da PASC é dar expressão a questões de interesse nacional, fazendo apelo à mobilização e consciencialização dos portugueses para uma cidadania activa e responsável, individual e coletiva.
Pressupõe igualmente que a sociedade civil se empenhe e exija o estabelecimento de um quadro de convicções, valores e referências que conduza a padrões de execução exigentes, coerentes e consistentes.
Faust Von Goethe 29 Fev 12
Faust Von Goethe 29 Fev 12
Mario Draghi disse na última conferência de imprensa que sobretudo esta segunda operação de cedência de liquidez a longo prazo seria um apoio para as pequenas empresas. Pelo menos à escala do euro, a ambição de Draghi poderá ser conseguida. Os dados de Janeiro do BCE sobre a circulação de moeda (M3) e sobre os empréstimos ao sector privado já mostraram alguns sinais de que o primeiro leilão já teve efeitos positivos discerníveis na economia real. Em Portugal, esse particular torna-se mais complexo porque, por força do esforço de desalavancagem a que a banca nacional está obrigada, os efeitos poderão ser limitados. Em concreto, a banca comprometeu-se a ter um rácio de transformação (depósitos vs crédito) de 120% até 2014. Nesta altura, em média, esse rácio ronda os 140%, o que significa que a banca terá de angariar mais depósitos e conceder menos créditos a empresas e famílias.
"Estas operações não resolvem os problemas estruturais ou de solvência que existem na Zona Euro, mas dão realmente aos investidores uma indicação de que o BCE está mais disposto a apoiar o sistema financeiro incondicionalmente"
Fonte: Jornal de Negócios
Mendo Henriques 29 Fev 12
"A comunidade cristã tem sido, durante a maior parte de dois mil anos, a força política mais importante do mundo ocidental, e os seus actos evocativos são a base de todas as evocações políticas posteriores na história do Ocidente, tanto quanto é cristã. Omitir as visões dos discípulos, seria equivalente a omitir a Declaração de Independência numa história das idéias políticas americanas." (Voegelin ,1939-50a, p.23)
Mendo Henriques 29 Fev 12
Faust Von Goethe 29 Fev 12
Horas antes de Paul Krugman ter dito que mais austeridade era o caminho errado para a Europa, "Seguro exige a Passos e à Europa uma "austeridade inteligente".
Um dia depois, Carlos Moedas, parafraseando as declarações de Vítor Gaspar horas antes, afirmou que a "austeridade [organizada] é necessária para evitar austeridade mais selvagem".
No meio de todas estas declarações fiquei sem perceber no que estes senhores estavam a pensar quando invocaram o conceito de austeridade.
Faust Von Goethe 29 Fev 12
Não há muito mais a acrescentar ao que já foi dito e falado ao longo destas últimas semanas. Aliás, Durão Barroso (Comissão Europeia) e Vitor Constâncio (Vice-Presidente do BCE), co-autores do programa da TROIKA para Portugal em parceria com António Borges (ex-FMI), já o disseram de forma subliminar.
Em jeito de balanço, recomendo que recordem as palavras de Durão Barroso proferidas durante a homenagem a Ernâni Lopes, a entrevista [ortodoxal] de Mario Draghi ao Wall Street Journal na passada 6ª feira, e já agora, as colunas de opinião de Pedro Santos Guerreiro no Jornal de Negócios da passada 6ª feira e também no The Guardian de ontem-ah grande Pedro!
Dentro em breve irei falar em alegorias baseadas em truques de ilusionismo tais como "A Fuga de Houdini".
Para já, vou apenas levantar um pouco do véu: Nós, Portugueses, estamos presos por uma camisa de forças-cumprimento das metas do programa de ajustamento financeiro- e suspensos por um cabo de aço a arder em chamas. O objectivo passa por nos libertarmos da camisa de forças num curto espaço de tempo-isto é, as reformas estruturais terão de produzir rapidamente o devido efeito.
O cabo de aço em chamas pode ser visto como uma alegoria a mercados financeiros e agências de rating.
Break a leg Houdini Coelho!
Faust Von Goethe 29 Fev 12
Um dia após Paul Krugman ter afirmado que "As coisas estão terríveis aqui, mas na Irlanda estão piores":
Joao Jardine 29 Fev 12
Estatísticas referentes a casas novas, nos EUA desde 2001. Compiladas pelo CEPR
Francisco Cunha Rêgo 29 Fev 12
Um bem da Democracia é que nos pode ensinar a ser humildes quando os outros defendem os seus pontos de vista, e a ser fortes quando nos querem impor os deles.
Hoje, a decisão política está demasiado afastada dos interesses dos eleitores e demasiado próxima dos interesses financeiros. Depois da estratégia dos choques sucessivos, ou dos pequenos passos, vai haver um momento em que a Alemanha tem de decidir quando se atira à divida. Até lá não vejo qualquer tipo de solidariedade entre os países mais prejudicados, onde as coisas mais caras continuam a vender e as mais baratas nem sempre se conseguem comprar. O problema não está no Mercado Livre, mas sim na concentração financeira que não o deixa ser livre. A questão, agora, não está na maioria das pessoas que foram aproveitando o crédito para comprarem TV, viagem, casa, etc. Também não está na imoralidade das empresas salvas pelo dinheiro dos contribuintes e que mesmo assim atribuiram bonus aos seus executivos. A questão agora está na fractura entre sociedade contribuinte e o estado financeiro. Se vivíamos bem, porque temos de viver mal ou pior, pagando mais do que pagávamos? Não estará na altura de olhar para propostas como a que a Igreja Católica fez para uma Reforma do Sistema Financeiro Internacional? Seria também uma maneira de unir, numa proposta válida, os países europeus afectados, na sua quase totalidade católicos: Eslováquia, Portugal, Espanha, Irlanda e Itália, de certa maneira também a França e com a hortodoxa Grécia mais próxima do catolicismo do que do protestantismo. Quem se sente incomodado com a Democracia Cristã e Socialismo Democrático europeus, no que têm de comum sobre o Bem que fizeram às sociedades europeias? A continuar por este caminho de trevas feito pelo Homem, então, valha-nos Deus.
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