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Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 16 Mar 12
Artur de Oliveira 16 Mar 12
" A Islândia conseguiu acabar com um governo corrupto e parasita. Prendeu os responsáveis pela crise financeira, mandando-os para a prisão. Começou a redigir uma nova Constituição feita por eles e para eles. E hoje, graças à mobilização popular, será o país mais próspero de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida.
É a cidadania islandesa, cuja revolta em 2008 foi silenciada na Europa por temor a que muitos percebessem. Mas conseguiram, graças à força de toda uma nação, o que começou por ser crise converteu-se em oportunidade. Uma oportunidade que os movimentos altermundistas observaram com atenção e elegeram como modelo realista a seguir.
Consideramos que a história da Islândia é uma das melhores noticias dos tempos atuais. Sobretudo depois de se saber que, segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do norte atlântico, fechará 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro. A tendência de crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%. Os analistas asseveram que a economia islandesa continua exibindo sintomas de desequilíbrio. E que a incerteza persiste nos mercados. Porém, voltou a gerar emprego e a dívida pública foi diminuindo de forma palpável.
Este pequeno país do periférico ártico recusou resgatar os bancos. Deixou-os cair e aplicou a justiça sobre aqueles que tinham provocado descalabros e desmandes financeiros. Os matizes da história islandesa dos últimos anos são múltiplos. Apesar de ter transcendido parte dos resultados que todo o movimento social almejava, pouco foi relatado do esforço que este povo realizou. Da situação limite a que chegaram com a crise e das múltiplas batalhas que ainda estão por ser resolvidas.
Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever seu próprio futuro, sem ficar a mercê do que se decida em despachos distantes da realidade cidadã. Embora continuem existindo buracos para preencher e escuros por iluminar.
A revolta islandesa não causou outras vítimas que não fossem os políticos e os homens de finanças. Não derramou nenhuma gota de sangue. Não houve a tão famosa "Primavera Árabe". Nem sequer teve rastro mediático, pois os media passaram por cima dos acontecimentos em ponta dos pés. Mesmo assim, conseguiram seus objetivos de forma limpa e exemplar.
Hoje, o caso da Islândia bem poderá ser ilustrativo do caminho a seguir pelos indignados espanhóis, pelo movimento Occupy Wall Street e por aqueles que exigirem justiça social e justiça económica em todo o mundo. "
Maria João Carvalho, Jornalista do Euronews
Faust Von Goethe 16 Mar 12
Depois de Pacheco Pereira e do coronel Otelo Saraiva de Carvalho, é a vez de Baptista Bastos se insurgir contra algumas das últimas decisões deste governo:
O projecto neoliberal não é, somente, político-económico: é ideológico, e tende a transformar o pacto social num tapete onde uma casta limpa os pés. Ainda há dias, o antigo primeiro-ministro grego Papandreu, vaticinou que Portugal seguia o mesmo caminho da Grécia, não se dera o caso de se unir esforços, no sentido de inverter a tendência para a miséria. Ouvimos o político grego, procedente de uma distinta família, cultural e politicamente de Esquerda, e fazemos comparações com os discursos oficiais portugueses, que só nos conduzem ao espanto. Quando Passos Coelho nos adverte que vamos empobrecer para, depois, nos reerguer, a declaração só pode suscitar dois sentimentos: de repulsa e de cólera. Ainda por cima é a admissão da incapacidade de combater a propensão: um fatalismo medíocre e cabisbaixo, muito a ver com as "teorias" e os "princípios" do salazarismo. Pobrezinhos mas honrados.
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