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Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 30 Abr 12
Francisco Cunha Rêgo 30 Abr 12
Agora que já se deram as cerimónias e as homenagens de família e amigos, eu, que não era nem uma coisa nem outra, tinha do Miguel uma ideia extraordinária, desde o jornal JÁ até aos programas de televisão em que aparecia como um peregrino secreto a levar-nos aos mais belos dos recantos humanos por onde andava.
Pessoa solidária e fraterna, a primeira vez que estive com ele fiquei logo em dívida. Foi no ano de 2000 e estávamos na cerimónia de entrega dos Prémios Bordalo da Casa da Imprensa. Eu ía receber, a título póstumo e por vontade dos filhos, o Prémio Carreira atribuido ao meu irmão Victor, jornalista de alma e coração. Nervoso por ir enfrentar uma plateia e pelo motivo que era, encontrei a Paula Mascarenhas, amiga da família, que percebeu o meu estado e decidiu falar ao Miguel para virem sentar-se ao pé de mim a dar força. Depois de receber a estatueta, voltei ao lugar e quando cheguei perto deles só me saiu da boca: Ufa! Felicitaram-me e o Miguel, solidário, disse-me com um sorriso, como quem sabia do que falava: não é nada fácil, pois não? Aí percebi que não estava sózinho.
Por tudo isso, obrigado Miguel.
John Wolf 29 Abr 12
A crise económica tem vindo a afectar múltiplas dimensões da realidade. Não existirá nenhum sector imune aos seus efeitos e por isso não pode haver argumentos para isentar o futebol do flagelo económico. As balizas estão sujeitas a falências e falhanços numa base diária. Se as televisões abrem os seus jornais com o pranto principal da bola está tudo dito sobre o rumo do país. Numa lógica de contenção de custos, talvez não fosse má ideia reduzir o número de jogadores de uma equipa de futebol para 8 ou mesmo 7 jogadores. Os jogadores do União de Leiria inovaram, demonstraram como a gestão de meios pode ser feita. E se quisermos ser ousados, e nos servirmos da disciplina de remo como exemplo, o treinador da equipa, qual timoneiro com a boca no trombone, deveria correr ao lado dos jogadores incentivando-os e corrigindo detalhes de última hora. Os resultados saltarão à vista. Proponho ainda uma outra sugestão caso a FIFA me esteja a ouvir. O cartão vermelho é um desperdício. Ao expulsar-se do campo um operário valente, os níveis máximos de rendimento da equipa nunca serão alcançados. Caso haja justificação para excluir um jogador, proponho que o mesmo seja convidado a alinhar imediatamente na equipa adversária e que vista a camisola da outra equipa com o mesmo sentido de orgulho.
Faust Von Goethe 29 Abr 12
Fonte: Queima das Fitas 2012
Faust Von Goethe 29 Abr 12
Perdoa-lhes as dívidas Senhor [Estado] porque eles não sabem o que fazem!
Já ao Zé-não o Zé Socras- saca-lhe o subsídio de férias e natal, prometendo-lhe a salvação [até descobrirem o próximo buraco orçamental]!
Faust Von Goethe 29 Abr 12
Faust Von Goethe 28 Abr 12
The EU must show respect for Portugal’s political process
From Prof Luis Garicano and Prof Ricardo Reis.
Sir, The European Union’s urge to have the main Portuguese parties sign a comprehensive rescue plan before the general election (report, April 19) is misguided, as it affronts democratic values and provides an opening for populist parties to rise. International institutions must learn the lessons from Ireland’s rescue, including showing respect for the political process. It would suffice to have a two-month bridge loan that comes due very soon after the election, at a punitive interest rate, coupled with a written commitment from the main parties to hit a multi-year deficit target. The Portuguese could then choose what mix of higher taxes and lower spending they want when casting their votes in the election. Paying an interest rate close to the current market values on a two-month loan is a cost the Portuguese should be willing to pay to keep their right to vote, and the EU’s rescue plan would gain legitimacy and a lower risk of future renegotiation.
Este foi um artigo de opinião escrito, exactamente há um ano atrás no Financial Times, na sequência do diktat da TROIKA imposto em véspera de eleições.
Na altura este pedido foi ignorado. Os resultados estão à vista...
John Wolf 28 Abr 12
A propósito da 82ª edição da feira dos livros que se realiza no plano inclinado do Parque Eduardo VII, aproveito para partilhar esta minha impressão, que não será a primeira e quase de certeza que não será a derradeira. Enquanto a festa editorial se faz em torno das vendas promocionais de livros e o convívio de leitores e autores, sob os auspícios da sombrinha de esplanada, o país enfrenta um drama incontornável, uma dança distante da lambada ou das lombadas de tomos imprescindíveis. Enquanto a celebração ocorre numa espécie de território utópico de primazia cultural, pergunto onde se encontra o quotidiano do livro? Os livros parecem ter ido de férias durante os doze meses do ano. Não avisto leitores no metro, nos autocarros da Carris, nos comboios regionais ou nos rápidos, nos jardins estrelados que oferecem tapetes esplendorosos, nas pastelarias que se repetem em cada rua e na paragem efémera do tempo acelerado pela compressa laboral. E por esta razão o país irá enfrentar ainda maiores dificuldades para se reinventar na senda da recuperação económica. A matriz cultural é a malha a partir da qual se podem coser as linhas de recuperação, seja económica seja social. Enquanto os agentes culturais não entenderem este fenómeno de massas obrigatório, através do qual a leitura emerge do beco sem saída, não vale a pena inscrever grandes dedicatórias nas primeiras páginas da novela.
Artur de Oliveira 27 Abr 12
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