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O Ouriço

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Meias verdades

Jack Soifer 3 Abr 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Impressiona-me como meias verdades ou dados fora do contexto são divulgados por parte dos “media”, sem que os senhores doutores, que a eles têm acesso, os corrijam.

 

Já em 11/11/04 eu alertara para a crise, advinda de 5 fatores: o endividamento público, o privado, a falta de atualização tecnológica, o desequilíbrio das importações e a burocratização. Em 2005 receitei o já usado noutros países para reduzir o consumismo, que aumentava o défice comercial: limitar o teto de cada transação e do total dos cartões de crédito. A abertura de instituições para-bancárias, sem controlo e que a juros exorbitantes estimulavam o consumismo, deveria ser imediatamente suspensa. Mas o ex-governador do BdP, amigo dos especuladores, com a ânsia de subir para o BCE, não o faria. E, apesar dos avisos, o resultado aí está.

 

É habitual entre os políticos dizer o que pensam ser o que outros querem ouvir. Mas é obrigação dos gestores públicos prevenir, ao trabalhar com dados prováveis e não os sonhados. Vejamos:

 

1. Quem estudou contabilidade sabe que há dados que podem ser postergados e outros que refletem apenas parte da realidade, na contabilidade pública. Assim, ao lançar tardiamente uma fatura recebida, uma Direção-Geral atenua a dívida pública daquele trimestre. Ao não corrigir na contabilidade a devolução de um cheque num valor abaixo do correto, emitido para uma fatura que tinha cláusula de coima por atraso, a DG dá como paga uma fatura que ainda não foi totalmente fechada.

 

2. Quem faz comércio internacional sabe que há alguns setores que vendem mais em alguns meses do ano. Até o total das exportações, consoante a estrutura do país, varia mês a mês e a cada ano do ciclo económico. Assim, quando há ano e meio alertei que o valor das exportações do Brasil iria cair em 2012 e ruir em 2013, e o das importações aumentar, baseei-me em cálculos simples, que se aprende não só em Estocolmo, mas em qualquer boa Escola do Norte da Europa. O mesmo ocorrerá  por cá, com exportações que cresceram, como sempre, em alguns meses, mas que baixarão entre Abril e Setembro.

 

3. O real Orçamento do Estado já mostra discrepâncias que aumentarão muitíssimo. Há várias razões, como:

 

a) A forte queda no rendimento líquido das famílias leva a menor consumo dos bens produzidos no país e assim a menor receita do IVA, IRS e IRC;

 

b) Impostos considerados injustos levam ao aumento da economia paralela, o que reduz a receita fiscal;

 

c) Se os juros da dívida em papéis de curto prazo caem é devido à segurança dos tranches vindouros da troika; mas quando se tenta vendê-los ao prazo de 2 ou mais anos, os juros sobem e resultam em maior despesa;

 

d) A demora no encerramento de instituições que muito custam e só atrapalham tende a aumentar, já que os 100 dias em que um novo governo pode impor quase tudo o que quer, já passaram, os 200 dias também e daqui para frente terá enormes dificuldades, devido a contestação nas ruas e ao descrédito nas instituições.

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Sobre as convulsões fracturantes no CDS II

Artur de Oliveira 3 Abr 12

A saga continua aqui

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É sempre divertido ler os clássicos !

Mendo Henriques 3 Abr 12

 

 

Antero de Quental monárquico

"Creio que teremos a Republica em Portugal, mais anno menos anno; mas, francamente, não a desejo, a não ser num ponto de vista todo pessoal, como espectaculo e ensino. Fallam da Hespanha com desdem - e ha de quê - mas elles, os briosos portuguezes, estão destinados a dar ao mundo um espectaculo republicano ainda mais curioso; se a republica hespanhola é de doidos, a nossa será de garotos. 

Cartas de Antero de Quental, pág. 194 ( antes de vários acordos ortográficos)

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