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Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 28 Abr 12
The EU must show respect for Portugal’s political process
From Prof Luis Garicano and Prof Ricardo Reis.
Sir, The European Union’s urge to have the main Portuguese parties sign a comprehensive rescue plan before the general election (report, April 19) is misguided, as it affronts democratic values and provides an opening for populist parties to rise. International institutions must learn the lessons from Ireland’s rescue, including showing respect for the political process. It would suffice to have a two-month bridge loan that comes due very soon after the election, at a punitive interest rate, coupled with a written commitment from the main parties to hit a multi-year deficit target. The Portuguese could then choose what mix of higher taxes and lower spending they want when casting their votes in the election. Paying an interest rate close to the current market values on a two-month loan is a cost the Portuguese should be willing to pay to keep their right to vote, and the EU’s rescue plan would gain legitimacy and a lower risk of future renegotiation.
Este foi um artigo de opinião escrito, exactamente há um ano atrás no Financial Times, na sequência do diktat da TROIKA imposto em véspera de eleições.
Na altura este pedido foi ignorado. Os resultados estão à vista...
John Wolf 28 Abr 12
A propósito da 82ª edição da feira dos livros que se realiza no plano inclinado do Parque Eduardo VII, aproveito para partilhar esta minha impressão, que não será a primeira e quase de certeza que não será a derradeira. Enquanto a festa editorial se faz em torno das vendas promocionais de livros e o convívio de leitores e autores, sob os auspícios da sombrinha de esplanada, o país enfrenta um drama incontornável, uma dança distante da lambada ou das lombadas de tomos imprescindíveis. Enquanto a celebração ocorre numa espécie de território utópico de primazia cultural, pergunto onde se encontra o quotidiano do livro? Os livros parecem ter ido de férias durante os doze meses do ano. Não avisto leitores no metro, nos autocarros da Carris, nos comboios regionais ou nos rápidos, nos jardins estrelados que oferecem tapetes esplendorosos, nas pastelarias que se repetem em cada rua e na paragem efémera do tempo acelerado pela compressa laboral. E por esta razão o país irá enfrentar ainda maiores dificuldades para se reinventar na senda da recuperação económica. A matriz cultural é a malha a partir da qual se podem coser as linhas de recuperação, seja económica seja social. Enquanto os agentes culturais não entenderem este fenómeno de massas obrigatório, através do qual a leitura emerge do beco sem saída, não vale a pena inscrever grandes dedicatórias nas primeiras páginas da novela.
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