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O Ouriço

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Polícia para quem precisa III

Artur de Oliveira 31 Mai 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desta vez não foi numa manifestação nem se passou com jornalistas, foi mais grave e cobarde: foi violência policial a uma jovem de 18 anos... Nada tenho contra a PSP nem pela GNR, antes pelo contrário, ganham pouco pelo que fazem por nós cidadãos, a proteger-nos, mantendo a lei e a ordem. Mas há excepções, aqueles polícias mal formados que abusam da autoridade lá porque têm uma farda e um distintivo. Num país normal esses tipos eram exonerados, presos e multados e ainda levariam com um processo em cima por parte da família da vítima... Mas se muitas (e demasiadas) vezes o exemplo não vem de cima...

 

 

 

 

 

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Obesidade mórbida

Artur de Oliveira 31 Mai 12

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Défice orçamental terá ficado em 7,4% no primeiro trimestre

Quase 3% acima do previsto pelo governo-4.5%-e 8 décimas percentuais abaixo da minha estimativa em Dezembro 2011-8.2%. Já Miguel Beleza tinha dito em Dezembro 2011 que estes números previstos eram pura aldrabice. Aliás, como defendeu Miguel Beleza:

  • "Isto é um empréstimo fundos de pensões da banca] mas em vez de pagar com juros, o Governo paga as reformas das pessoas"
  • os 4,5% são alcançados somente através da transferência de parte dos seis mil milhões de euros de receitas extraordinárias dos fundos de pensões da banca.
  •  a introdução de receitas extraordinárias é "uma aldrabice. Todos os governos têm feito isto"
  •  "o verdadeiro défice é superior. Porque estas não são receitas a sério".
  • "O relançamento da economia devia acontecer através da redução de impostos", de forma a favorecer as empresas.
A explicação para esta aparente maquilhagem de défice é semelhante às que Eduardo Catroga fazia em tempos de vacas gordas, e pode ser explicada de forma análoga ao truque da carta de Houdini. Tentem descobrir o porquê no vídeo abaixo: 

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Uma das mais difíceis estimativas que o grupo de especialistas a que eu pertencia, tinha que fazer, durante uma década, era o efeito dos novos investimentos subsidiados, no desenvolvimento sócio-económico regional.

 

Já há muito deixáramos o PIB, também usado em paralelo. Adoptáramos o PPP, Purchase Power Parity com algum componente não monetário, como o índice de participação em cursos profissionais pós-laborais. Pois a teoria dava-nos valores, mas a prática mostrava que fatores culturais, ocasionais e até familiares distorciam as expectativas racionais.

 

Quando levámos um cluster metalo-mecânico para Mbeya, para substituir importações na Tanzânia, na década de 80, as expectativas do reinvestimento local no 2º e no 3º round da circulação do valor das vendas das PMEs ali iniciadas, iria alavancar o uso das matérias primas e dos recursos humanos locais. Além de evitar a saída da riqueza do país na importação de bens tecnológicos de consumo e de produção industrial.

 

Levámos fábricas de talheres e cutelaria, moldes para a indústria termoplástica, de carrinhos de mão e de betoneiras para a construção civil, de bicicletas. E ainda os serviços para o cluster, como a têmpera de aços, a produção de peças sobressalentes industriais e a manutenção industrial, mecânica, hidráulica, pneumática e eletroelectrónica.

 

Esperava-se que quase um milhar de bons trabalhadores, ao vir para a economia formal nestas empresas, e o lucro gerado nelas viessem a aumentar a aquisição de bens não essenciais, como bicicletas.E de ferramentas e máquinas para uma produção mais eficiente, como alfaias agrícolas.

 

A venda e a produção destes bens, traria mais recursos para outros microempresários, que investiriam p.ex. em melhores portas e janelas que exigem mais mão-de-obra e matérias-primas regionais, o que enriqueceria carpintarias e marcenarias, e à montante, serrações, o que iniciaria o 3º round no uso do dinheiro, lá na região.

 

Mas a maioria dos novos empresários, em vez de investir lá mesmo, compraram casa na capital, importaram carrinhas  para distribuir a sua produção, em vez de usar o camião da transportadora etc. Na prática, a teoria não resultou. Na próxima semana contarei o resultado, ao usar modelo similar, mas na Suécia.

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Querem comprar portas e relvas!

Faust Von Goethe 31 Mai 12

 Alemães querem comprar portas e relvas portuguesas

 

No contexto actual em que o destaque das notícias são Miguel Relvas, secretas e negociatas afins, o título desta notícia do Jornal de Negócios [que ontem fez 9 anos] convida qualquer um a fazer aquilo a que se chama jornalismo interpretativo. E eu não fui excepção à regra!

 

Leitura complementar: Nós e os alemães: pobres e mal agradecidos por Camilo Lourenço.

 

Adenda: Hoje, ao contrário do que vem sendo habitual, concordo com o Camilo. Quem for p.e. para os lados da Marinha Grande pode descobrir uma empresa portuguesa com capitais alemães que produz moldes para a Boeing. 

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No dia 16 de Junho teremos um mega-piquenique no Terreiro do Paço em Lisboa e as vozes de discórdia já se levantaram, invocando a "prostituição" de uma zona considerada património cultural, "uma verdadeira ofensa à identidade nacional" - segundo o vereador social-democrata João Navega."Encher o Terreiro do Paço com couves, porcos, vacas e outros animais não é digno", de acordo com Victor Gonçalves, também do PSD. A Arquitecta Helena Roseta também expressou a sua indignação, para não falar de vereadores de outras cores políticas. Corrigam-me se estiver enganado, estamos a falar da Praça do Comércio? Ou estamos a falar da Praça da Inércia? E para além do mais, os incomodados nunca leram o Processo Civilizacional de Norbert Elias - um dos mais proeminentes sociólogos do século XX. Basta pesquisar de um modo ligeiro para perceber a javardice que grassou ao longo de vários séculos de presença humana. O Terreiro do Paço não seria excepção e, à época, aquela "praça de terra", seria uma feira de imundice, uma espetada mista de torneios e cavalhadas, corridas de touros, um local propício para o marido e a mulher defecarem a céu aberto, enquanto vai e vem o próximo freguês. A cosmética arquitectónica e civilizacional, operada mais tarde para tornar o lugar respeitável e politicamente correcto, não apaga a história de um local. Fico muito mais chocado com os argumentos invocados pelos vereadores e, pela sua manifesta falta de cultura do que o provincianismo genuíno de um besta quadrada, uma forma perfeita para uma praça. Dia 17 de Junho teremos um auto da fé - o continente lançado à fogueira de detratores pouco agrícolas.

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Descubra as diferenças...

John Wolf 30 Mai 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Jornalistas com irmãos no poder local ou no governo.
  • Ministros com irmãs jornalistas.
  • Comentadores televisivos ligados a processos de privatização de empresas públicas.
  • Empresas privadas detidas por ex-membros de governos que ainda mantêm os contactos de vidas anteriores.
  • Comentadores radiofónicos com ligação de sangue a instituições bancárias.
  • Nomeação de membros de conselhos de administração nitidamente em situação de conflito de interesse.
  • Detectives públicos a prestar serviço a privados.
  • Investigadores privados a facultar informações privilegiadas a privilegiados.
  • Pagamentos em género feminino, correntes de ouro ou dinheiro.
  • Permuta de terrenos com implicações fiscais duvidosas.
  • Cedência de acções de empresas com desconto ou em condições mais favoráveis.
  • Etc
  • Etc
  •  & Etc

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Governantes de Portugal, aprendam

Artur de Oliveira 30 Mai 12

Este é o exemplo de como governantes e deputados se deviam comportar e um Chefe de Estado independente melhoraria as coisas, aliás por isso mesmo é que na Suécia e nas democracias mais prósperas do Mundo, em que a Senhora Merkel e os Príncipes das Finanças não ousam sequer imiscuir-se, é que as coisas resultam melhor. Esta crise é feita por repúblicas encabeçadas por Chefes de Estado partidários e caros, logo manipulados pelas oligarquias... É preciso dizer mais? 

 

 

 

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Eu prefiro a sociedade civil levada ao extremo do que excessos ideológicos tóxicos á nossa democracia já demasiado fragilizada por oligarquias vendidas ao neoliberalismo. Se nós, europeus, não tivermos cuidado como tratamos as nossas democracias os demónios extremistas ainda ocupam o poder. O dinheiro não compra a liberdade, mas as nossas atitudes garantem-na. A solução é não compactuarmos com a ganância e deixar a caixa de Pandora bem enterrada... Vejam o caso da Grécia.

 

 

 

 

 

 

 

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Questões éticas

Francisco Cunha Rêgo 30 Mai 12

Li com atenção Carlos Reis Marques, bem como John Wolf e Mendo Henriques, o que me criou interrogações: será que devemos fazer mal, ou bem, a quem não merece? E devemos aceitar alguma coisa de pessoas más?

Sabemos que é muito superficial dizer-se que há ausência de valores. Eles estão aí: basta ir a uma Faculdade de Letras ou de Ciências Sociais e Humanas, e ver o conteúdo dos cursos.

O que tem faltado é uma matriz ética de bem-estar que responda à complexidade dos valores existentes. O dinheiro tomou boa parte desse papel ordenador e valorizador da vida de cada um face ao colectivo.

Sabemos que consumir é uma necessidade diária do Universo. Não é exclusivo apenas do ser humano. Mas nós temos a possibilidade de construir e escolher matrizes para o nosso desenvolvimento como consumidores.

Havendo cada vez mais pessoas a viver ao cimo da Terra, apesar da queda demográfica da Europa, devíamos conseguir pensar não apenas nos problemas da nossa complexidade, mas também da complexidade do resto do mundo. Uma não existe sem a outra.

As relações entre poderes são muito baseadas na força e em alianças. O modelo que ganhou, em 1991, a última grande guerra mundial, quase sem disparar um tiro, permitiu uma era dominada pela finança, agora a ruir mas que se irá transformar mais uma vez. Enquanto aguardamos que os sistemas democráticos se adaptem a novas realidades, em sítios tão diferentes como a China, o Egipto ou cá. E isso só se consegue com a consensualização de uma Ética social, política e económica, que seja transversalmente compreendida e aceite, desde a Constituição até à relação com os vizinhos. Senão, mesmo com tanta tecnologia, acabamos por ter um comportamento mais animalesco e vicioso que não nos permite ver para além das nossas redondezas.

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