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O Ouriço

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Curva de Laffer outra vez? Oh no!

Faust Von Goethe 28 Mai 12

Obrigado ao JoaoMiranda do Blasfémias e ao Carlos Santos do Estado Sentido por reacenderem o debate em torno do modelo da Curva de Laffer.

 

O JoaoMiranda associa a escassez de crédito a uma eventual bancarrota do sistema bancário, o que é redondamente errado. A escassez de crédito deve-se essencialmente ao facto dos bancos deterem nos seus balanços elevadas quantias de dívida pública, quantias essas que consomem recursos e limitam o crédito. Portanto, ao contrário do que diz Carlos Santos, não são os privados que estão a suportar a despesa pública mas os bancos.

 

A explicação é bastante simples:

Por cada 100 euros de dívida pública comprada pela banca Portuguesa, o BCE apenas empresta entre 90 e 95 euros. Logo, esta compra retira entre 5 a 10 euros que poderiam ser usados em alternativa para crédito a particulares.

Ou seja, sempre que um banco [português] vai ao mercado comprar dívida pública, mais dificilmente conseguirá obter a partir de empréstimos interbancários, financiamento a taxas de juro mais baixas. Como consequência, terá que cortar no crédito.

Portanto, se os bancos detiverem quantidades elevadas de dívida pública, terão menos recursos disponíveis para o investimento privado, logo crowding out pois o abater da despesa pública com recurso à banca consome recursos que poderiam ser usados para investimento por parte da economia.

 

Fonte:Lucrar com a nossa própria desgraça II

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Curioso que depois do [meu] post Crise Canadiana, Sistema Bancário e o Armagedon Económico trocado por miúd@s., o Jornal de Negócios foi mais a fundo e decidiu fazer "a notícia"...

 

Leitura complementar: Dinheiro como Dívida

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Relva de norte a sul do país.

John Wolf 28 Mai 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O tórrido caso do Relvas e o agente secreto será apenas a pontinha de um icebergue. Se todas as caixas de Pandora de Portugal se abrissem com uma chave mestra, seguramente cairiam vários santos e algumas trindades. Lamentavelmente, a decadência ética é a norma que impera. A falsa regra que substitui uma outra, a útil, a justa, a aceitável. Se os lobbies existissem e se instituisse um sistema de controlo de comportamentos, esta novela não ocuparia as mentes brilhantes deste mundo, as televisões e os jornais nacionais - o povo não seria distraído do verdadeiro drama nacional. De um modo transparente e declarado, os lobbies substituem a malandrice e o chico espertismo, tornam credível o exercício da influência e a recolha de informação. Por outro lado se um exame de consciência colectivo fosse feito, chegar-se-ia à conclusão que o tráfico de info-fluências é parte integrante da textura social do país. De um estrato económico social ao seguinte, atravessando todos os partidos sem excepção, no exercício de afectos e no desenvolvimento da profissão, ninguém ousa questionar as dimensões éticas de tais comportamentos. Não ousa, porque os pratica às claras ou às escuras. Em frente às câmaras ou no quarto escuro. É uma espécie de culto da apropriação indevida. São as facilidades concedidas por funcionários públicos, os passes dados para festivais de música com o nome Rio à mistura, a nomeação de membros de comissões de inquérito parlamentares, a dica dada em conselhos de administração  sobre determinados títulos ou acções que se movimentam em bolsa. Em suma, todos têm culpa no cartório. Todos praticam a mesma fé. São práticas quotidianas, socialmente atenuadas e que amolgam de um modo permanente a noção de mérito numa sociedade. Se por portas travessas e com as doses de malandrice que se conhecem, as tais vantagens são alcançadas, então não restará muita esperança na retoma, no reequilíbrio de um país. E não me venham com histórias. A relva cobre Portugal de norte a sul. Chamem-lhe outra coisa se desejarem. É algo que não gramo.

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Policiais à Portuguesa

Faust Von Goethe 28 Mai 12

 

Pela panóplia de acontecimentos com que somos bombardeados diariamente, a junção do "caso das secretas" como a operação "Monte Branco" já daria material mais que suficiente para se começar a escrever de rajada um bom policial para ser posteriormente adaptado ao cinema. Na ausência de mais informações relevantes, pode-se sempre imaginar um possível desfecho tendo como base o filme "Todos os Homens do Presidente".

 

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