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O Ouriço

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As eleições Gregas que se realizam amanhã (hoje) dia 17 de Junho de 2012, não serão determinantes para alterar o curso da inevitabilidade humana. Independentemente de um desfecho extremo que poderá ditar o divórcio da Grécia e do Euro, a premissa básica civilizacional manter-se-á. Há milhares de anos que o conceito de dívida (e ruína) acompanha o homem. A dívida ou o défice precedem a própria criação monetária, o dinheiro que se esvai dos bolsos e que se apropriou dos préstimos humanos, os trocos resultantes da desigualdade e da gula. Numa acepção filosófica, a condição humana é parca à nascença, devedora perante a paternidade, a instância incerta, a crença, a fé, a inteligência ou a seleção natural que molda os protagonistas de acordo com um devir imprevisível, alegadamente racional mas limitado pela instransigência. A literatura ou as artes alimentam-se da dívida de um modo central. A sua razão de ser advém de um sobressalto anterior, que procura projectar-se em artefactos de dissimulação, de anulação. Trata-se da justificação para verter a mensagem subliminar, a narrativa que se vangloria para repor os factos, a contabilidade, mas que desfalece perante um novo crédito intelectual, quem sabe emocional. Um poema nasce na maior parte dos casos de uma situação de desequilíbrio, da necessidade de ajustar algumas contas do espírito. Algo que foi sentido e que não foi cantado ao mundo, mas que transperece como um fantasma eterno. Um cobrador ou a sua sombra. O livro "Debt -the first 5.000 years" de David Graeber (2011, Melville House Publishing) descreve o percurso ético, filosófico, literário e monetário do conceito de dívida. As tradições étnicas e culturais são exploradas de um modo fascinante para revelar a repetição do homem no seu jugo de domínio e submissão. O dinheiro, embora se tenha apropriado da psique da dívida, não detém o exclusivo do perdulário. Não será preciso contar as notas a avulso para identificar o que nos faz falta e a falta que não fazemos, na nossa grandiosidade efémera. E será esse o risco. Não sermos capazes de nos elevar à altura das responsabilidades. 

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Tradução da mensagem na figura: "Quanto mais eles roubam a tua vida, mais alimentam o teu nacionalismo e raça."

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Bocados do futuro #1

Mendo Henriques 16 Jun 12

No futuro, qualquer pessoa poderá copiar estátuas em 3D? Sim.

O Museu Metropolitano de Arte de NY colaborou com a MakerBot Industries para digitalizar e partilhar modelos das suas peças, em 3D.

Cosmo Wenman mostra estas peças num vídeo com uma malha de baixa resolução e correções mínimas para que qualquer pessoa as trabalhe a partir do zero ou em qualquer estágio intermediário as melhore, misture, ou modifique. Para começar, veja http://thingiverse.com/CosmoWenman para "Venus Encostado em um monstro marinho,"

Estas mudanças tecnológicas vão mudar as noções tradicionais de museu, e o conceito de propriedade intelectual. A Autodesk já tem uma versão iPad do aplicativo 3D de captura.

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