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Blogosfera que Pica
Mendo Henriques 3 Jul 12
Carlos Dias fez fortuna com os relógios, através da marca Roger Dubuis, que fundou na Suíça, e ambiciona agora "fazer os melhores vinhos do mundo". Em 2011 apresentou os primeiros no Porto. Discreto e pouco dado a contatos mediáticos, Carlos Dias investiu "quase 100 milhões de euros" no setor vinícola desde 2009, adquirindo, nomeadamente, diversas quintas, no Minho e no Dão. Quer "fazer os melhores vinhos do mundo", e conta com Anselmo Dias, um enólogo reputado pelos vinhos Alvarinho.
Antes fez da Roger Dubuis uma marca prestigiada de alta relojoaria, na Suíça. A história leva-nos até Anadia, onde este homem nasceu, em 1956, e de onde saiu com 18 anos, rumo a França, onde estudou ciências políticas e fez vários trabalhos, como por exemplo limpar prédios. Nos anos 80, meteu-se outra vez à estrada e foi para Itália, Universidade de Perugia. Nas horas livres, entregava-se a um passatempo antigo: a pintura e o desenho. Desenhou, fabricou e comercializou móveis e, mais tarde, acessórios como gravatas e cintos, pondo assim um pé no exclusivo setor do luxo.
Levado por uma portuguesa mudou para a Suíça onde conheceu o mestre relojoeiro Franck Muller, tendo com ele colaborado no início do lançamento da marca homónima. Com 39 anos, começou com um único colaborador. Um ano depois Roger Dubuis, "uma pessoa que reparava relógios antigos. Em dez anos, construiu uma marca, a Roger Dubuis, que cativou Seal, Heidi Klum, Tom Cruise e George Bush pai.
Carlos Dias vendeu, entretanto, a sua quota, na Roger Dubuis ao grupo Richemont e veio investir nos vinhos mas também na saúde.
Em Setembro de 2011 ano, concluiu um hospital em Coimbra, junto ao HUC, aproveitando o cluster de indústrias de biotecnologia que se está a formar em Coimbra.
Jack Soifer 3 Jul 12
Há dias os jornais publicaram uma notícia bombástica. São 1600 empregos, 232 milhões de investimentos, meio milhão de turistas! Um verdadeiro milagre! Há semanas publiquei dados que informei ao Sr. Ministro da Economia, obtidos após extenuante trabalho de muitos experts, a mostrar que em 2014 teremos 26% de desemprego, um brutal aumento da criminalidade, continuado desinvestimento, aumento da economia paralela, etc. com a atual política económica. Como então este súbito otimismo em Silves? É a coincidência de uma série de milagres!
O primeiro milagre foi conseguir que uma enorme área protegida como santuário de aves e também pela NATURA 21 na lagoa de Salgados, transformada em zona urbanística pela CCDR do Algarve. Como é que o saco verde da lagoa tornou-se zona azul?
O segundo milagre foi alguém na marinha ter permitido isto numa zona que precisa de aprovação daquele nobre corpo da defesa nacional, que tem entre os mais conceituados técnicos do país e verdadeiros defensores dos valores pátrios. Quem permitiu? O ministro sabe? A publicidade diz “praias privadas”!
O terceiro milagre foi, no meio desta brutal crise financeira que assola meio-mundo, algum banco ter prometido financiamento para este projeto megalómano - ou não prometeu? Qual é o banco?
O quarto milagre foi convencer alguém nalgum mi(ni)stério (quem, qual?) que as 30mil camas vazias nos atuais hotéis e aldeamentos e outras tantas privadas não bastam para os próximos 10 anos. Já temos 100 mil autorizadas no Algarve e os empresários reclamam que estão a perder dinheiro. E, contrariar todas as previsões das associações de empresários do turismo, não só de Portugal, de que o fluxo turístico vai cair.
O quinto milagre foi convencer a imprensa que isto não é mágica nem milagre. Ou será que o “capital” inicial é para a publicidade que permitirá a alguns jornais sobreviver mais uns meses com a esperança da austeridade, também por milagre, acabar?
O sexto milagre é o Grupo Galilei, envolvido no escândalo do BPN ser o beneficiário destes milagres.
Só mesmo em Silves ocorrem tantos milagres! Em breve teremos uma nova rota turística religiosa para lá. Pois até em Inglaterra já se conhece a milagreira.
Jack Soifer 3 Jul 12
António Borges tem razão quando afirma que devemos aumentar a produtividade ou reduzir os custos laborais. Quem apenas opina sem calcular, interpreta como sendo o salário do trolha. Como só escrevo quando tenho dados e tendo feito análise comparativa em vários setores entre a estrutura de custos de Portugal e a dos nórdicos e alemães, vamos aos dados reais.
Precisamos de exportar mais bens transacionáveis, e evitar importar bens de origem rural e agroindustriais. E reduzir a importação de crude. Há poucas fileiras onde ainda somos competitivos, p.ex. na pasta de papel e nos moldes e formas, vários nichos do mobiliário e aí não precisamos mexer. Os bens em que o peso do produto torna o transporte caro são aqui mais caros do que na Europa, p.ex. cimento, ferro, azulejos e outros materiais de construção, apesar do custo horário do trolha ser mais baixo. É o efeito dos cartéis, aqui permitidos.
O que então encarece o custo na produção? Os custos de contexto e as hierarquias inúteis.
O custo total da hora de trabalho de um trolha ou técnico de produção aqui é, na maioria das fileiras acima, menos da metade do que na Europa do norte. Mas temos mais hierarquias entre estes e o big-boss. Lá há um não-produtivo para cada 9 a 16 produtivos, aqui, consoante a fileira e o nicho, temos o dobro. Nas giga empresas lá há forte descentralização, p.ex. nas lojas, para satisfazer o cliente e assim fidelizá-lo e poder reduzir os custos em publicidade. Isto aqui é raro nas empresas em geral mais ainda na distribuição alimentar.
Lá o presidente das grandes empresas visita cada trolha no seu posto de trabalho ou pelo menos no departamento ou loja pelo menos 2 a 4 vezes por ano. E aqui? Escrevi em 2006 num jornal, que impressionou-me os gerentes das agências de viagem do grupo BES terem medo de mencionar o nome do presidente; quem o disse sussurrou, para os colegas não ouvirem que mo dizia. Medo impede empenho.
O custo dos diretores/presidentes das grandes empresas portuguesas é 50 a 90% maior do que as similares no norte da Europa e o IRS lá para eles é maior. As inúteis chefias intermédias encarecem a hora trabalhada nas fileiras de bens transacionáveis ainda exportáveis em 12 a 22%, consoante o setor. Para que precisamos delas? Pela burocracia que faz o big-boss himself perder muito tempo com os que ‘inventam dificuldades para vender facilidades’, com a banca, a presença em longos almoços ‘para ser lembrado’ para uma futura ou passada cunha, em longas conversas/intrigas, o trânsito, e não só.
Yes, António Borges, traga para Portugal o modelo alemão ou nórdico (a Suécia teve +4,8% no PIB em 2011, com forte exportação) e teremos o trolha a ganhar 980e/mês, o chefe dele +16%, i.e, 1150, o regional 1350, o diretor 1700 e o presidente 2300. O custo com escritórios de advocacia e direito fiscal e com o saco azul somem e as empresas investiriam em poupar energia (aqui é cara) e fidelizar clientes, que é mais barato do que a publicidade para ganhar novos
Faust Von Goethe 3 Jul 12
Um pequeno comentário à notícia:
Helsínquia pede garantias reais para participar no empréstimo à banca espanhola
Quando há semanas atrás, analisei à lupa o resgate espanhol, já tinha chamado à atenção, depois de ouvir as declarações do ministro das finanças holandês e da ministra das finanças finlandesa, que países como Finlândia e Holanda iriam pedir contrapartidas a espanha baseadas nos termos da iniciativa de Viena de 2009, também conhecida por European Bank Coordination Initiative.
Ao que parece, os jornais [portugueses] estiveram distraídos [com o euro 2012], resumindo, por mera preguiça intelectual, a ajuda externa a espanha como um "rescate dulce". É caso para dizer...
John Wolf 3 Jul 12
Portugal continua obcecado com a academia - os falsos doutores e engenheiros -, o estatuto que confira uma ferramenta de subjugação do burro que vai à nora, do burro que casa com a nora, com o familiar ou com o total desconhecido, ignorante. E no meio da falsidade da licença (falamos de doutorados?) onde residem os doutos e onde se encontram os engenhos? O saber independente da dissimulação do capote e o engenho brilhante capaz de oferecer a solução? Esta doença patológica da presunção, serve para passar atestados de incompetência ao país inteiro. Mata a verdade do conhecimento e o mérito do desempenho. Raios partam os canudos. Ainda bem que Sócrates e companhia alegadamente assaltaram as universidades. De uma vez por todas o preconceito e a discriminação são julgados na praça pública, pelo seu valor nominal, pelo valor de face. E em nome do brio, anónimo e sem título que valha uma palavra sequer.
Mendo Henriques 3 Jul 12
Investigadores alemães da universidade de Munique redescobriram um mapa de 500 anos de idade, encadernado por engano num livro de geometria séculos atrás (ooppps ... a eficiência alemã aqui ....). O mapa do conhecido cartografo Martin Waldseemüller, é um dos primeiros a incluir o termo "América" em referência ao Novo Mundo. A notícia segue mas sem uma referência a Portugal.
Certo é que Americo Vespucci "descobriu" a América por ordem de D . Manuel I. Explorou o litoral brasileiro quase até à lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul . E como era um génio de marketing, escreveu cartas com o seu nome, enterrando todos os prévios descobridores portugueses , os sigilosos antes de Tordesilhas que ainda não conhecemos e o Alvares Cabral. Tão conhecido como ele, em Florença, era a sua irmã Simonetta Vespucci, retratada na Vénus de Sandro Boticelli. A família era forte em marketing ... Era como se Richard Branson, de hoje, fosse irmão de Angelina Jolie.. Talvez o João Gomes de Almeida tenha razão. Talvez só o marketing possa vencer a crise. Nós, ficamos sempre de fora!
Faust Von Goethe 3 Jul 12
Faust Von Goethe 3 Jul 12
Encontra-se desparecido da minha conta bancária, desde há dez dias, o meu subsídio de férias.
Há quem diga que o viu em Bruxelas, mas outros afirmam que o viram entrar para um Banco na Alemanha, de onde nunca mais saíu. Há ainda quem opine que simplesmente fugiu com um Ministro. Esteja onde estiver, deixou um grande vazio na minha vida (e sobretudo no meu bolso). A todos os que, como eu, sentem a falta deste amigo, peço que façam circular esta mensagem.
Assinado: Indignado Anónimo.
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