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O Ouriço

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Espanha merecia melhor!

Mendo Henriques 24 Jul 12

A Espanha está na via dolorosa para pedir o resgate pleno. Depois da queda dos preços dos imóveis - já cairam mais de 30% dos valores antes da crise - e do colapso dos bancos descapitalizados, estão a vir ao de cima as dívidas até agora ocultas das regiões. Valência já pediu ajuda financeira ao governo central. A região de Murcia tem de refinanciar dívidas de € 433 milhões no segundo semestre de 2012. A taxa de empréstimos da dívida a 10 anos chegou a 7,5%, um nível insustentável a curto prazo.  Madrid confessa que a economia deverá contrair em 2012 e 2013. É um país em recessão - três trimestres de crescimento negativo. O caos das finanças começa a passar para protestos nas ruas, com mineiros, funcionários públicos e bombeiros. Em geral, uma desilusão com o estilo de gestão insensível adotada pelo governo Rajoy. É claramente um dos piores governantes que a Espanha já teve, incapaz de ver para além das políticas monetaristas que os neo liberais e neo conservadors de serviço lhe aconselham. Os povos de Espanha mereciam melhor que ganhar em todos os desportos e perder na sociedade. 

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BREAKING NEWS.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acabámos de receber uma comunicação importantíssima do séc VII a. C. Trata-se  do poeta grego Arquíloco que escreveu no seu fragmento 103: ‘A raposa conhece muitas coisas, mas o ouriço conhece uma única grande coisa”. Sobre este tema o filósofo Isaiah Berlin escreveu um ensaio que ficou particularmente famoso, “O ouriço e a raposa”. Daremos mais notícia deste desenvolvimento sensacional.

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A troca de farpas, galhardetes e homenagens a propósito da partida quase simultânea de José Hermano Saraiva e Helena Cidade Moura é a prova de que Portugal ainda se encontra na infância da Democracia. Os rancores ideológicos foram acordados pelas mortes, pela memória e esquecimento, pela aclamação e pelas medalhas por entregar. E o povo, residente na confusão, alimenta-se das sobras da repressão e da alfabetização. Mas parece ter sido tudo em vão. De que vale uma revolução e saber ler, se algo mais premente foi esquecido? O sentido ético que deve transcender a cor política. Os doutos intérpretes da verdade, (vulgo intelectuais) encandeados pelas suas razões não conseguem ver o país real. Quer queiram quer não. São todos filhos de José e Helena. É essa a árvore genealógica com que têm de lidar. A macã que têm de roer. Uma novela de mártires e vilões.

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Fogo imposto!

John Wolf 21 Jul 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os incêndios que lavram de norte a sul de Portugal merecem ser interpretados à luz da grande crise que assola o país. Estes fogos não nascem espontaneamente por obra e destino de uma faísca fugidia, de uma lupa esquecida na mata por um bom samaritano, quiça um escoteiro desnorteado. Assistimos a um acto de guerra inclassificável. Uma missão terrorista inventada pelo homem das cavernas e levada por diante pela superioridade, a civilização de recurso. Em vez de o Português levar a sua indignação aos níveis de violência registados noutras cidades europeias, o seu protesto contra as medidas de austeridade não eclode nas ruas e avenidas das urbes, na malha citadina decorada repentinamente pelas montras estilhaçadas e o arremesso de bombas molotovs. Com o espírito remoído pelo mal-estar, o topo das serras parece ser o campo de batalha de eleição. A mata enquanto último reduto intocável, espinhoso; a província abandonada pela política no seu sentido mais literal, os lugares e as gentes que fazem nascer as comunidades e que foram traídos pelos virtuosos. A violência a que assistimos é uma clara manifestação de uma doença maior. Uma patologia fora do alcance do sapador voluntarioso. São ervas daninhas que querem erradicar a toda a força. Um bolbo nuclear para plantar uma fábula rasa nas serras, para que se lembrem nas cidades.

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Economizar energia

Jack Soifer 20 Jul 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Num artigo da "Revista da Marinha", Luís C. Silva, co-autor do livro "Transportes", aponta para a brutal dependência que temos dos combustíveis importados e ainda o desperdício nos equipamentos, processos industriais, etc.

 
Noutros países, até no Brasil, há 35 anos, o governo estabeleceu uma matriz energética na qual, para cada uso, tem incentivos, controlos ou taxas para fazer a empresa ou o consumidor otimizar os recursos locais. Luís C. Silva  diz que os transportes são o nosso principal problema energético.

 

Há 40 anos, em todos os países civilizados, o transporte coletivo público é eficiente e está com empresas públicas, controladas pelo Tribunal de Contas ou por uma comissão de utentes, não politizada. No Norte da Europa, há taxas extra para o grande consumidor de energia que não utilize as novas técnicas, investimento que este, mas não as famílias, pode suportar.


Luís C. Silva recomenda o que há séculos se faz nestes países: desinvestir em estradas e apostar em vias fluviais, caminhos de ferro e tram-train(como os comboios usados no metro do Porto, por exemplo). Países como a Alemanha, Holanda, Suécia e França não teriam a riqueza de hoje se não fosse, há 200 anos, continuamente transformar rios em vias navegáveis, modernizando e expandindo as CP´s deles.

 

Com canalização e controlo, o Douro, Dão, Tejo e Guadiana poderiam transportar o que hoje vai por estradas, pela metade do custo. As nossas composições, balsas e patrulhas estão ultrapassadas.


Muito do nosso pescado é captado de forma ilegal; mil milhões em cigarros e drogas entram pelas praias. A Suécia está a construir cinco patrulhas de guarda costeira com três motores de 790 Hp cada, com tecnologia IPS, na qual as hélices à frente do motor puxam, não empurram o barco, o que o torna mais silencioso e economiza 30% do diesel.
 

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Espanha : Verão Quente

Mendo Henriques 20 Jul 12

 

As centrais sindicais e  20 organizações convocaram as populações do reino de Espanha para manifestações em 80 cidades, de protesto contra os cortes sociais e salariais e a política do governo PP de Rajoy. Os cortes envolvem a subida do IVA, o fim do subsídio de Natal de 2012 aos funcionários públicos, na sequência do pedido do governo do PP de apoio à banca espanhola no montante de 100 mil milhões de euros. Nos mercados financeiros, os juros da dívida pública de Espanha no mercado primário ultrapassaram hoje os 7%. Para Outubro os estudantes convocaram uma greve geral de três dias. Mesmo sem resgate ainda oficial, a Espanha entrou definitivamente no clube PIGS, como lhe chama a Europa do norte.

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BITOLA: BOIS OU BURROS?

Jack Soifer 18 Jul 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Durante dois anos li muito e entrevistei muitas pessoas para escrever o livro TRANSPORTES, com os engenheiros e professores Luís C. Silva, ex-engenheiro chefe da CP e António M. Aguiar, um dos diretores da TAP.


Fartei-me de rir quando li que a bitola (distância entre os carris) ibérica que nos foi imposta há 100 anos é diferente de todo o restante da Europa, era aquela de uma parelha de bois, que antes das locomotivas a vapor, puxava as carruagens em Espanha. Daí, enquanto na Europa a palavra é train, treno, zug, tåg, aqui ficámos pelo “com-bois” ou “com-boio”.


Há tempos foi elaborado um detalhado e mui económico Plano Integrado de Transportes, resumido no livro, que mostrava como em fases, mesmo com investimentos mínimos, se pode trazer a bitola Europeia, que já está a ser implantada em Espanha, até o porto de Sines, e na primeira etapa até Poceirão. Este foi entregue ao Ministro da Economia que deixou entender que iria assim facilitar as exportações diretas à França e Alemanha, sem transbordo em Espanha.

Mas, escreve o Luís Silva:

De acordo com uma carta ao Sr.Carlo Secchi, que mais parece ter sido escrita pela RAVE/Refer do que por um Ministro da Economia de Portugal, o nosso Governo abdica da bitola europeia e vai docilmente oferecer-se a Espanha para lá ser feita a transferência de mercadorias da nossa bitola para a europeia, que em breve chegará a Badajoz, mas que os nossos líderes não querem aproveitar, embora digam que estão fortemente empenhados numa ligação à Europa.  Com a mesma lógica desta carta, poderia trazer-se a bitola europeia de Badajoz/Caia até Évora, pelo menos, e já ficava pronta uma parte da futura linha e as operações de mudança entre bitolas seriam facturadas em Portugal e não em Espanha. Mas não será assim. A impreparação técnica de quem redigiu a carta vai ao ponto de, embora invocando as nossas dificuldades económicas, prometer equipar com o ERTMS a nova linha ibérica ou seja, equipá-la com um sofisticado sistema de controlo e segurança estudado para linhas interoperáveis, que não é o caso da bitola ibérica.”


Quem redigiu esta carta? Uma parelha de burros ou ao contrário, uma de exspertos vindos de um banco estrangeiro? Vai custar os mesmos 800 milhões do IVA que…Tratam-nos como a parvos e como só refilamos e nada fazemos, temos o que merecemos.

Diz o refrão dos AVANTES INOVANTES: “É pra mudar? Sim, sim, é pra mudar!!!”

 

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A 2ª Guerra do Paraguay

Mendo Henriques 18 Jul 12

 

Samuel Pinheiro Guimarães, um amigo de Portugal, ex secretário de Estado do Planeamento Estratégico e representante do Brasil para o Mercosul, e um dos autores do plano estratégico Brasil 2020 mostrou como a questão do Paraguai se resume na luta pela influência económica e política na América do Sul entre EUA e países da América do Sul. Os golpistas não quiseram esperar até Abril de 2013 quando haveria eleições e temem a entrada da Venezuela no Mercosur. 

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Tecnologia Telecom

Jack Soifer 17 Jul 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A banda mui larga fixa atinge apenas uma pequena parcela das vilas do interior. A austeridade obriga muitos a regressar ao interior. Aí está um mercado que exige alta velocidade na ADSL e TV3D digital.

O DSLAM traz alta velocidade no cabeamento de telefonia. Um só link até a entrada da vila é distribuído pelos cabos de telefonia já existentes às casas que aderem ao serviço.

Alguns edifícios históricos têm regras proibindo alterações para a passagem de cabos da rede. O DSLAM aproveita o cabo de telefonia para criar uma LAN que atende a todo o edifício.

Muitos edifícios públicos ou com grande frequência, como hospitais, não podem ser fechados ou ter o seu atendimento interrompido para expandir a rede de computadores. O DSLAM leva a rede aos novos pontos necessários.

Uma rede LAN só chega a 100 metros. Com fibra ótica, pouco mais, mas a sua passagem é cara e trabalhosa. O DSLAM interliga um campus universitário, judiciário, industrial ou comercial com os cabos existentes.

Faltam técnicos e PME especializados nisto. O equipamento não é caro. Uma carrinha em leasing e um estagiário ou jovem desempregado ajudam muito.

Você precisa muita competência profissional, disponibilidade para viajar e para trabalhar em horários muito diversos e inusitados. Num shopping talvez nas madrugadas, numa indústria nos fins de semana, num hospital só na madrugada de terça para quarta-feira.

Faça os planos de ação em cada seção com o cliente. Limpe cuidadosamente o que sujou. Teste sem carga e com carga máxima. Reteste num dia de chuva ou trovões.

Exija parte do pagamento antes de concluir o serviço. E dispense 5 a 8% para
a data do vencimento da garantia.

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Música que Pica #19

Faust Von Goethe 17 Jul 12

Não poderia deixar de partir para silly season sem vos deixar uma das músicas que me vai acompanhar durante as férias-o [novo] álbum de Norah Jones. 




Até breve!

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