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Blogosfera que Pica
Artur de Oliveira 3 Ago 12
As oligarquias formadas pelo Centrão de Baixo e a sua clientela composta por empresas de construção civil, banca, escritórios de advogados e consultoras mandam mais que a Troika, ao que parece. Apesar do memorando determinar a revisão das PPP´s e o corte de algumas, o facto é que parece que se está a ganhar tempo e que vão continuar os contratos para obras parasitárias e destruidoras do território como barragens (veja-se o caso do Tua), autoestradas, hospitais faraónicos e afins. Ora como é lógico, o dinheiro que o Estado gasta a financiar com parte de leão nas ditas PPP´s terá que ser compensado e isso é feito através de cortes nos subsídios, aumento do IVA e claro despedimentos frios e calculistas na função pública. Os contratos das PPP´s (que incluem a banca que ganha imenso com eles) interessam mais á III República dos interesses do que os cidadãos que vivem na sua égide. Os custos do Estado com PPP derraparam 18% em 2011 e ultrapassaram 1,8 mil milhões de euros. Tanto sacrifício para quê? Não admira que a execução orçamental esteja á beira do falhanço. A Troika devia de olhar para estes problemas e impôr a austeridade ás PPP´s em vez da habitual prática de pedir vistos na check list... Depois ainda há responsáveis pelo descalabro das Parcerias Público-Privadas que dizem que o assunto tem como objectivo tirar da agenda mediática outros assuntos. Mas que outros assuntos são mais prioritários do que um rombo financeiro que contribuiu para lesar os cidadãos? Há pessoas a passar fome por culpa de práticas destas. Note-se que não é contra o facto de haver PPP´s que este artigo fala, mas sim contra o modelo errado que tem vindo a ser practicado com má gestão e abusos nos contratos, mas convenhamos que vivemos num regime em que o Centrão de Baixo (o verdadeiro partido ambidextro do regime republicano versão 0.3) é quem mais ordena e povo é que paga...
Outras leituras:
PPPs derrapam apesar da Troika- O António Maria
Parcerias Público-Privadas ou o Triunfo dos Irmãos Metralha- O Ouriço
Faust Von Goethe 3 Ago 12
Uma recente notícia da cadeia Bloomberg, dá conta que os bancos centrais de todo o mundo encontram-se na vanguarda no que toca à recolha de (novos) dados estatísticos-relatados pelo motor de pesquisa Google-para posteriormente serem utilizados como [novos] indicadores económicos, com o objectivo de medir a procura por parte dos consumidores antes que as estatísticas oficiais sejam divulgadas.
O objectivo em causa prende-se com a uma implantação de respostas políticas mais eficientes, permitindo uma “maior clarividência que pode fazer toda a diferença entre a previsão uma desaceleração, de uma recessão, de uma recuperação ou até mesmo de uma inflação”, de acordo com as palavras de Erik Brynjolfsson -membro FED e do conselho académico e consultivo de Boston", argumentando ainda que "quando os bancos centrais analisaram os ditos dados tradicionais, eles estavam essencialmente a olhar pelo espelho retrovisor".
Erik Brynjolfsson defendeu ainda que “caso o FED tivesse tido acesso à-priori de informações relativas ao mercado de habitação, teria diagnosticado de forma mais célere sobre o que se estava a passar no mercado imobiliário e conhecido, mais rapidamente, a profundidade do problema" durante a recessão de 2007-2009.
A investigação de previsões económicas via contagens de pesquisa do Google - que totalizaram 119 bilhões em todo o mundo, no passado mês de Junho, de acordo com a empresa de pesquisa de Internet ComScore Inc. (SCOR) - surge assim como uma nova ferramenta filedigna de recolha de dados económicos. No entanto há quem defenda o contrário, como a professora Lucrezia Reichlin-antiga chefe de investigação do Banco Central Europeu e, agora, professora na London Business School.
Segundo ela, "usando o Google poderia ser interessante, mas neste momento as previsões deste relativas a variáveis macroeconômicas não são fiáveis”, rematando com a seguinte frase:
O Google é sensual e algo pode vir dele, mas é necessária uma maior investigação.
Adenda: O Google disponibiliza os nossos dados de pesquisas web três dias após as realizarmos.
Faust Von Goethe 3 Ago 12
Ontem vi, li e ouvi pessoas a criticarem o facto de uma cadeia de televisão generalista-mas NÃO suportada por dinheiro dos contribuintes-a transmitir uma tourada de homenagem ao emigrante.
Infelizmente-ou deve ser distração minha que estou de férias-ainda não vi, li e ouvi ninguém a criticar o Comité Olímpico Português por este ter retirado bolsas (de participação) a dois judocas-Telma Monteiro (-57 kg) e João Pina (-73 kg)- por estes não terem passado nas primeiras pré-eliminatórias das suas categorias. Ao que parece, o mérito do trabalho de anos a fio com vista à participação nos Jogos Olímpicos não conta absolutamente para nada.
Hoje por volta das 13:34 GMT -directo na RTP# com comentários de Daniel Pinto- Gonçalo Carvalho [e Rubi] entram em acção nos jogos olímpicos de Londres.
Quando esta participação nos jogos envolve essencialmente a promoção de um produto nacional, estou curioso para ver qual será a posição do Comité Olímpico Português e do Ministro Miguel Relvas-responsável pela pasta do desporto-no caso de Gonçalo [e Rubi] não passar[em] à fase seguinte.
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