Francisco Cunha Rêgo 10 Ago 12
As democracias ocidentais atravessam uma crise derivada da desindustrialização da economia, da banca e da finança em que não adianta dizer que as pessoas não são números, porque são os números que já não precisam das pessoas. A tal economia de casino surgiu com a era digital a sustentá-la. Foi a desindustrialização da democracia.
Agora, a UE está novamente a precisar dos EUA, apesar de também eles estarem numa fase de reformulação, mas que, além da Itália, são quem tem o poder revolucionário democrático para auxiliar a Europa a sair do buraco onde está. Obama ligar a Rajoy, Clinton ir à Grécia, etc., são sinais disso.
Nas últimas décadas, é certo que o excesso de liquidez, mesmo sendo artificial, ajudou a expandir o mundo. Mas agora convém lembrar que a economia alemã está a ganhar biliões à custa da dívida do Sul que sofre, não sem culpa, mas sem ver para quê. Faltam reformas estruturantes.
A Europa é das pátrias e não só de uma ou duas. Nem a tragédia da 2ª Guerra Mundial conseguiu apagar essa realidade. A Guerra Fria nem a sentimos, beneficiando do bem estar na Europa Ocidental que serviu para desmoralizar o outro lado. Agora, vemos por aí o Estado como a Gestão do país e não como o Governo do país, quando a União Europeia precisa de mais governo, mais participação democrática, senão corre o risco de se desintegrar, como disse o 1º Gestor, perdão, Ministro de Itália.
Quando as classes médias são as mais atacadas ninguém sente perigo de revoltas. Elas só existem quando elites e/ou classes mais desfavorecidas se juntam nas mesmas causas. Como se irá ver por cá caso mexam mal nas autarquias, por exemplo. Isto enquanto houver costas da classe média.
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