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O Ouriço

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Porquê só castigar?

Jack Soifer 27 Nov 12

 

 

 

Sou um otimista por natureza, sem ser sonhador. Baseio-me em cálculos cujas fórmulas são sempre atualizadas. E em valores duplamente controlados e submetidos à apreciação de investido-res e empresários do setor, especialmente no exterior.

Aprendi cedo a diferença entre teorias vs prática. E a avaliar as consequências de decisões - se atingirão ou não os resultados esperados. E aprendi a ler alertas e avaliar probabilidades.

Em 20/out tive uma palestra/debate com os afetados pelo terrível incêndio em São Brás e Tavira. Ouvi detalhes de estarrecer, do inadequado funcionamento de quem os devia e deve apoiar, não só dos bombeiros. Haviam alertas deste risco, nada se fez.

Há dias ofereci 4h de trabalho voluntário após a destruição na fre-guesia de Pereiras, concelho de Odemira. Ali não houve tornado, só chuva torrencial, prevista há semanas pela NASA e pelo Meteo 3 dias antes. Não se alertou a população. Não se tomaram medi-das de precaução nos concelhos. Ninguém da CM Odemira foi de imediato foi ver os estragos. Sou engenheiro: uma barragem mal feita pela CM provocou a destruição de um olival e muito mais. Exatamente o mesmo ocorreu há seis anos.

Os proprietários deste olival fazem o azeite extra-virgem que ga-nhou três prémios internacionais! É uma empresa familiar que exporta o dobro do que vende cá. Ela é alemã, casada com um português. Ela é presidente de um clube de empresários algar-vios e muito ativa em outros grupos. Ele participa de 4 grupos informais de empresários.

 

 

Olival destruído no sentido inverso do declive comprova que a onda veio da barragem

 

 




Palha na oliveira, há 1,60 do solo,

comprova a rápida onda que inundou o olival

  

 

Após um contato com a realidade e falar com muita gente, deci-diu-se escrever aos amigos no Frankfurter Allgemeine, Zürcher Zeitung, Der Spiegel, Expressen  (sueco) e contar como mini-investi-dores alemães/suecos são tratados por alguns funcionários públi-cos e os seus chefes por cá. Penso que o governo não sabe do que está a acontecer no mundo real cá no Sul de Portugal.

 

Bem sei que não deveria empenhar-me, não fui chamado a isso. Mas desejo apoiar este povo maravilhoso. Sugeri a quem devia ver e ouvir diretamente os afetados, sem os funcionários das autarquias e dos ministérios. Quadros da Segurança Social, da Agricultura, da Justiça. Pois já há investidores estrangeiros que muito perderam nos fogos e nas cheias, mais de uma vez, a pensar processar autarquias e até o governo, lá fora.

 

O melhor para todos é o governo ouvir diretamente os que têm sugestões concretas de como melhorar. Para a sugestão não se tornar indignação. O filósofo/jornalista António Gramsci definiu como crise: quando o velho ainda não desapareceu e o novo ainda não nasceu”. Não será hora de agir?

 

 

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Fernando Pessoa, economista

Mendo Henriques 27 Nov 12

 

 

  

O livro  A Economia em Pessoa: verbetes contemporâneos (organização, prefácio e notas de Gustavo H.B. Franco, ex-presidente do Banco Central, Reler, Rio de Janeiro, 2006) atualiza os originais artigos de Fernando Pessoa sobre economia, de 1926. gustavo Franco é reputado no Brasil como um dos mentores da reforma do real, e um banqueiro sério.

 

    Em parceria com o cunhado Francisco Caetano Dias, Pessoa editou a Revista de Comércio e Contabilidade, que seus escritos econômicos vieram à luz. Gustavo Franco mostra a atualidade, decorridos mais de 80 anos de publicação, de temas como privatização, globalização, desregulamentação, marketing, clusters, pós-fordismo, branding. Encerrando a coletânea está a entrevista com Fernando Pessoa montada por João Alves das Neves sobre o livro póstumo do poeta intitulado Textos para dirigentes de empresas (Eduardo Freitas da Costa, org., Lisboa, Cinevoz, 1969). 

 

 

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Vendilhões do Templo

Mendo Henriques 26 Nov 12

 

A dança entre cargos públicos privados acelera quando José Luís Arnaut é nomeado para a venda da ANA, uma decisão inaceitável e tão má e tão grave como o famigerado e enterrado aeroporto da Ota. "Obrigado, Senhor!", parecem dizer estes senhores, com uma mão no peito e outra perto do bolso da carteira, a velar o cadáver da IIIª República. Um deles olha-nos do passado como que a dizer "Ainda vão ver do que serei capaz no futuro!"Não se pode servir a dois senhores ... Estes vendilhões do Templo terão de sair. 

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Não é possível viver acima ou abaixo das possibilidades. Vivemos na possibilidade. Operamos dentro do possível. As consequências do "efectivo" é que estão acima ou abaixo da nossa estatura. Se fazemos o que fazemos, é porque é possível. As consequências da possibilidade é que podem ser positivas ou negativas. E é impossível negar essa parte inconveniente. Chamem-lhe ressaca, nível de água, dívida ou o que entenderem.

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Segue o link para o conto "Amolador" que integra o livro "A Reforma do Palhaço e Sete Contos" (edições Cosmos, 2011)

 

AMOLADOR

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O problema das PME

Jack Soifer 21 Nov 12





















Há anos que vimos listando os nichos onde as PME podem substituir importações e exportar. O "Der Spiegel" teve acesso a um resumo e descreve alguns deles no número 8.

 
O grande problema para estas, que é ainda maior para as que ainda não exportam, é a liquidez. Há 20 anos que governos e autarquias atrasam muito os pagamentos. Mas coibem atrasos dos contribuintes. As grandes empresas, a confiar na lentidão da justiça, atrasam quase tanto. As chamadas Autoridades não usam a sua autoridade para coibir abusos.

Enquanto assim for, não há programa da UE ou do governo que resolva o atual problema das PME - a liquidez, pois a grande maioria tem solidez. A banca, numa situação como a atual, empresta para o consumo, que lhe dá maior spread, ou para os grandes grupos, que, em geral, têm muitas ações no seu banco.

A leitora Marta de uma PME, escreveu-me:

"Junte todas as tesourarias públicas num só organismo, mais próximo das populações, com o sistema da CGD".

Cada contribuinte, família e empresa teria uma Conta-corrente. Nela seriam debitados e creditados todos os movimentos públicos: IVA, Retenção, IRS, IRC, coimas, e creditados subsídios e abonos.

As pessoas poderiam levantar os créditos ou depositar os pagamentos.
 
As empresas poderiam ali entregar as faturas em malparado, como se faz hoje nos tribunais. Esta caixa teria competência para debitar na conta do devedor o valor da dívida mais mora e creditá-lo ao credor. Mesmo que as empresas não pudessem levantar os montantes em crédito, este poderia servir como garantia para emprestar do banco e financiar os atrasos das grandes. Em 1985, isto foi implantado na Hungria, que fez triplicar o PIB das PME.

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"Cá se fazem, cá se pagam"

passou a;

"Cá não se fazem, cá se fazem pagar"

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O que se segue ao 14 de Novembro?

John Wolf 16 Nov 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que se segue ao 14 de Novembro? publicado por John Wolf no blog Caleidoscópio.

 

Se Darwin fosse chamado a pronunciar-se sobre a evolução da "espécie humana protestante" colocaria a seguinte questão: o que se segue? O que vem a seguir? Na escala da expressão do desagrado, passamos do festival "peace and love" do 15 de Março a um "bater de pé" mais audível a 15 de Setembro, e eis que nos encontramos no "a ferro, fogo e pedra" do 14 de Novembro. Nos meandros académicos muito tem sido pensado e escrito sobre a violência, a ameaça de uso de força e o uso de força. São conceitos operativos distintos que não devem ser emaranhados num novelo, numa novela de culpados e inocentes. Os gansos e patos têm servido de cobaia para investigar o fenómeno estrutural subjacente ao uso de força e manutenção da coesão social. Konrad Lorenz pode ser consultado para ulteriores desenvolvimentos sobre a matéria. Fica a sugestão. Não é minha intenção aprofundar a teoria que sustenta a prática comportamental dos animais...perdão homens. Outros autores e jogos de resultados podem ser estudados para tentar realizar o irrealizável. Interpretar o fenómeno político e social através de uma óptica de custo e benefício, cacetada e submissão - quase sempre dá asneirada. Thomas C. Schelling é outro investigador clássico que ajudará à clarificação dos termos e conceitos que muitos trazem à baila de um modo indiferenciado. Os lançadores de calçada foram violentos ou fizeram o uso da força? E as forças policiais terão explorado ao limite a "ameaça do uso de força", antes de empregarem os meios que foram observados? Mas regressemos ao que pretendo enunciar com esta dissertação. Na escala de meios e resultados obtidos, pergunto qual será o passo seguinte? Será que existe uma expressão mais intensa de protesto do que aquela presenciada em frente ao Parlamento? E é aqui que reside uma parte da problemática. De que forma se protege um cidadão de um seu concidadão? Os "chefes de claque" que embandeiraram em arco as pedras da calçada puseram em causa o colectivo - um consenso quase alargado à totalidade dos manifestantes, um código protestante que postula a voz como arma principal para transmitir a sua indignação, a indignidade a que foram remetidos por decisões políticas. Do outro lado da barricada será legítimo perguntar de que modo as forças de segurança e defesa do Estado podem administrar o uso de força de um modo justo e proporcional. Será possível a medição da bastonada? Seria possível implementar uma escala de impacto, através da qual um sujeito tem direito a 23% da bastonada e outro indivíduo a 77%? O conflito social que está a devassar o país obriga a que se especule sobre os meios à disposição. Para já, e face ao sucedido, ainda nos encontramos no território da semi-racionalidade, das verdades repartidas. Não vi manifestantes a arremessar cocktails Molotov, nem vi a polícia a usar canhões de água ou bombas de gás lacrimogéneo, e esse facto deve ser preservado para um quid pro quo aceitável. Uma marca de distinção no modo de fazer as revoluções. 

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