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O Ouriço

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Apocalipse Now para o Estado Social

Artur de Oliveira 10 Jan 13

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Extraído do Relatório do FMI.


D.Equity and Social Cohesion

 

13.Portugal’s social protection system could do better in mitigating inequalities. The operation of the contributory social protection system reflects the logic of insiders and outsiders and serves to reinforce the gap between rich and poor. In contrast to many other OECD and EU countries, Portugal’s social transfers provide more benefits to upper income groups than to lower income groups, aggravating inequality.13 Particularly in times of fiscal distress and growing concerns about social cohesion, a regressive social protection system looks less and less sustainable both economically and conceptually.


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A crise sistémica que os países desenvolvidos atravessam tem uma ordem de complexa muito superior ao que se estima. Não havendo um diagonóstico único que correlacione realidades macro com realidades micro, a perseguição desenfreada à propriedade privada e poupanças sob a forma de aumentos progressivos de impostos tem sido a opção vigente, que ao invés de defender o princípio da equidade, tem resultado em dupla injustiça com tendência a expropriação.

Embora a economia especulativa continua a florescer, ao ponto dos derivados financeiros a nível global, representarem um risco de incumprimento dez vezes superior ao PIB mundial, os governos optam pelo mais fácil que se resume à celebre alegoria do “homem do fraque”- uma espécie de fiscal bem vestido-de fraque-que acompanha o “devedor” na sombra, chamando-o à atenção na esperança que o perseguido, pague a dívida por vergonha.

Mais do que nunca, a desregulação dos mercados financeiros a nível global, têm representado uma ameaça urgente e potencialmente irreversível que pode conduzir a um retrocesso civilizacional, à semelhança do que aconteceu durante a idade média. Já várias vozes alertaram para este cenário, entre os quais Barack Obama, Alan Greenspan, Warren Buffet e Myron Scholes. Muito recentemente, vozes como as de George Soros tem demonstrado que o valor dos seguros de dívida por incumprimento a.k.a CDS (Credit Default Swaps) deixaram de cumprir os objectivos para que foram criados- i.e. o de quantificarem a “saúde financeira” das empresas e países, ao invés de geraram activos [financeiros] tóxicos que visam ao enriquecimento de bancos de investimento em situação de pré-faléncia.

Perante tal cenário de deriva colectiva, sem a esperança, confiança e sentido de humanismo, só nos resta uma solução para tentar evitar o colapso eminente. Esta passa por equilibrar o lado racional com o lado emocional como forma de combater uma civilização tablóide emergente, orquestrada pelas trompetas dos mercados financeiros e de agências de rating.

Como diria Patrick Viveret ”razão instrumental sem inteligência emocional pode levar-nos facilmente a cometer a pior das barbaridades” (cf. Por uma sobriedade feliz, Quarteto 2012, 41). 

 

Publicado também no blog Caleidoscópio.

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