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O Ouriço

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Lamento...

José Ferraz Alves 13 Fev 13

A propósito de uma noticia de hoje do DE "Bancos já baixaram os juros de 40% dos cartões de crédito", que nos parece isentar de preocupações relativamente a este problema dos sobreendividados, reafirmo que o problema está na exigência de cobrança de 5% do capital, mensalmente, o que pressupõe o reembolso em menos de um ano e meio, o que se torna impossível e obriga a mais pedido de crédito, sucessivamente.
O mecanismo é que é perverso.
Uma divida de 10 mil euros obriga ao pagamento mensal de 5%, 500 euros. Com juros a 40% acresce 330 euros. Com a descida dos juros para 25%, 210 euros.
Um devedor com rendimento mensal de 900 euros, tem de entregar 830 euros ou 710. Claro que volta a usar o cartão de crédito, pelo menos, em mais 500 euros. Nunca sai deste mecanismo.
Aquilo que proponho, uma reestruturação para 10 anos e juros de 10%, significam um pagamento mensal de 130 euros.
O credor recebe sempre. O devedor paga. A economia fica com mais rendimento disponível.
A descida das taxas de juro não resolve o problema e lamento que não se perceba a gravidade de toda esta situação e o potencial de desbloqueio desta crise que vivemos, de poucos estarem a ficar com tudo.
A reestruturação dos 600 mil sobreendividados permitiria a libertação de 3 mil milhões de euros de rendimento, 600 milhões de IVA e mais investimento e emprego. Não são os Bancos que têm de ser capitalizados, mas os seus clientes.
Não o Estado, mas as pessoas que podem pagar impostos.

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Em mais de 45 anos como consultor de PME e grandes empresas, encontrei a maioria delas no vermelho. A primeira acção era reduzir os desperdícios e custos, como em energia, materiais, chefia intermédia, administração. E vender mais. Nunca aumentar os preços, o que prova a incompetência e afasta os clientes.

 

Em Portugal, os transportes públicos têm um brutal desperdício. Sabemos que os terminais, de onde estes partem muito cedo pela manhã e chegam à noite, são cruciais no controlo dos lucros. Bem como a manutenção preventiva, mini-melhorias, constante controlo do atendimento ao cliente, etc. Metade dos técnicos do Metro de Lisboa deve estar no mais distante e complexo parque de composições. A outra metade na manutenção. Pelo menos 600 boys seriam dispensados e a actual sede vendida a bom preço.

 

Em quase todos os países onde vivi, o preço dos transportes públicos varia consoante o dia e a hora, para oferecer descontos aos que não precisam de usá-los nas horas de ponta e assim ocupá-los mais. Nas pontas, pela manhã e à tarde, os colaboradores do escritório vão para algumas estações, para evitar filas nas bilheteiras.


Podemos reduzir o preço em 15% se ministérios e autarquias restringirem o trânsito de carros privados no centro das capitais, pois a capacidade ociosa é de 35%; é como deitar fora um terço da produção da Autoeuropa ou da Cimpor. Se as Carris nórdicas usam biogás feito com os resíduos das ETAR, quase de borla, porque não aqui? Os boys só mantêm mais do mesmo, não inovam.


Em transportes, não precisamos de um inteiramente ultrapassado TGV, mas de melhor administração nas CP, Refer, nos Metros e Carris. Se a TAP pode, estes também podem. É trocar boys por profissionais. E nem na Alemanha o transporte público é PPP.

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A "essência" da crise

José Ferraz Alves 7 Fev 13

No que ouvi da Essência do Vinho, a essência do nosso problema: a má distribuição de rendimentos, que gera pobreza e definhamento da procura e o circulo vicioso do desemprego.
O costume do Porto.
No Palácio da Bolsa, alguns escolhidos "vão-se emocionar" (a expressão é deles) com vinhos a 3.000 euros a garrafa. Claro que, para estas pessoas que mandam nas empresas e instituições do Porto, não há crise, nem se lhes pedem ideias para o desenvolvimento. E não venha Américo Amorim falar em perseguições, isto é indigno.

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Emprego e salários dignos!

José Ferraz Alves 1 Fev 13

Estamos no momento de união em torno do objectivo de criar emprego dignamente remunerado.
Esse é o meu propósito.
Nada contra ninguém.
Apenas ideias, colaboração e acção.
Vamos a isto!

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Pobrezas!

José Ferraz Alves 1 Fev 13

A política de baixos rendimentos associados ao trabalho está a matar a Europa. Pode-se aumentar rendimento sem mexer nos salários, distribuindo lucros, reduzindo preços dos monopólios privados de bens públicos - as rendas asseguradas aos amigos - e diminuindo os impostos sobre o trabalho, aumentando em contrapartida os financeiros e mais valias.
Chega da visão distorcida de que há uma relação directa entre os níveis de emprego e a liberalização do mercado de trabalho, como ouvi ontem de iluminados que influenciam decisões de governos. Se esses países são de facto os que apresentam menos desemprego isso não significa que basta liberalizar para aumentar o emprego.
Chega destas engenheirices e relações matemáticas.
Esses países têm elevados níveis de rendimento per capita e níveis médios salários acima da subsistência.
Esta é a questão! É por isso que o desemprego é menor. Pelos rendimentos que se auferem, não pela precariedade do trabalho.
Isto é terrível, porque as mudanças a fazer não estão a ser tomadas. As pessoas calam-se quando se fala nestes problemas, que são a base desta crise.

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