O Ouriço © 2012 - 2015 | Powered by SAPO Blogs | Design by Teresa Alves
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Blogosfera que Pica
João Palmeiro 5 Mar 13
Há algumas semanas atrás a Secretaria de Estado da Cultura abriu um debate sobre a forma e o modelo do próximo plano europeu de apoio à economia portuguesa, 2014-2020.
No âmbito desse debate foram apresentadas duas visões técnicas sobre a importância das atividades culturais para o bem-estar das populações e o seu papel como motor (psiciológico) da saída da crise.
As ideias que Pier Luigi Sacco e José Santos Soeiro apresentaram, podem ser partilhadas no seguinte link http://www.gepac.gov.pt/?lnk=f708e616-02fa-4c01-ba19-0c20656ea76d, que convido a visitar e a sobre o seu conteúdo reagir, no mínimo, partilhando com outros.
E reforço este meu convite, porque na mesma sessão o Governador do Banco de Portugal Carlos Costa, numa brilhante intervenção de um economista e monetarista colocou a cultura e a comunicação como os passos decisivos para que os esforços de mudança da economia e das finanças possam ter o êxito que todos esperamos.
Infelizmente foi uma intervenção de que não há texto escrito, mas é para isso mesmo que os jornais servem, é para darem nota aos seus leitores das visões inovadoras e indispensáveis para que se possa compreender o futuro, com base no presente e, por isso, vos asseguro, caros leitores, que se tivesssem assistido à intervenção do governador do Banco de Portugal, teriam levado nesse dia para casa mais esperança do que amargura. E disto não poderia deixar de vos dar nota.
Termino, incentivando-vos uma vez mais a terem a curiosidade de saber porque é que nas sociedades em que as pessoas vão a concertos e ao teatro se vive mais anos e se enfrenta melhor as dificuldades e os desafios da economia e da vida.
Artur de Oliveira 5 Mar 13
Jack Soifer 5 Mar 13
Aprecio muito as cartas dos leitores. Fico honrado em poder aconselhar. Mas oponho-me aos truques para enganá-los, como o Empreender Jovem, que os ludibriam com sonhos que os burocratas travam. Escreve Marcelino Sabença, muito competente no que faz.
“A nossa frustração é não ter um caminho positivo. É tudo tão burocrático, que chega um momento em que sinto não valer a pena o esforço. Parece que quanto mais se quer fazer bem, mais descobrimos forças que nos impedem de ser honestos, e dou por mim a ter jogo de cintura, que não é de minha natureza. P.ex, as unidades artesanais estão condenadas a morrer, pois a legislação de controlo de qualidade, certificação, atividade industrial, etc, foi feita para esses outros e para os amigos.
Fomos convidados a ingressar numa incubadora, onde supostamente teríamos acesso a redes, facilitando o processo de criar a empresa e da certificação, marketing, etc. Mas teríamos de mudar: 200km da casa/oficina, o que vai contra a nossa filosofia. Obrigava-nos fazer 20mil sabonetes/mês. Nessa escala, o produto deixa de ser artesanal, e perde-se a qualidade. Obrigava-nos a usar químicos, iríamos nos tornar mais do mesmo, apenas o marketing faria o resto de aldrabar percepções acerca do produto, habitual prática empresarial.
Não participaremos nessa incubadora. Um certo diretor de incubadoras aqui do norte, nem olhou para o nosso panfleto! Prefiro ser pobre e honrado.
Os nossos produtos dão provas de que funcionam. Já sanaram algumas patologias, as pessoas procuram-nos, quase desesperadas, dizem ter gasto rios de dinheiro em cremes, loções, e depois de usar o nosso sabonete dizem-se curadas. Assim, a maior parte dos cosméticos da farmácia só visa lucro fácil. Nós quatro, sem formação científica, criámos um sabonete que já resultou em acne, dermatite, psoríase, alergias, etc.
Quando vou ao Infarmed (não entendo dos decretos, das certificações) percebe-se ser necessário dinheiro, rios dele, o que não temos, para poder exportar. Queremos evoluir, mas não sabemos como, sem orientação nem apoio.
Se calhar somos ingénuos. Já me passou pela cabeça desistir ou emigrar. As vendas estão paradas. Não sei o que propor; desejaria mudar os políticos; ou que o ser humano fosse menos ambicioso e se prestasse a participar ativamente duma sociedade digna.
Não são decretos-lei que vão mudar o comportamento. Falar com um político é falar com um espectro, nem sequer olham nos olhos; como propor algo a eles? E querem eles ouvir? As sugestões que lhes convém porque ganharão prestígio? Ou as que são necessárias? Só eles vêm a luz no fim do túnel, devem ter olhos b$on$cos”.
José Ferraz Alves 5 Mar 13
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.