José Ferraz Alves 5 Abr 13
"O programa destina-se aos municípios, empresas municipais e sociedades de reabilitação urbana, será um empréstimo a 30 anos, com dez anos de carência de capital e com uma taxa de juro que actualmente ronda os 3%. Os custos do investimento total de cada intervenção serão financiados em 50%.
Além de reabilitação ou reconstrução de edifícios para rendas apoiadas, o programa possibilita a reabilitação e criação de espaços do domínio municipal para uso público, assim como para edifícios que sirvam para residências de estudantes ou outra utilização em termos públicos".
Continuam a dar apoios às Câmaras municipais e a falhar o tiro. A reabilitação urbana passa directamente pelas pessoas e menos pela intermediação pública.
Em Lisboa há milhares de aprovações de reabilitação paradas por falta de credito aos privados. Dou o meu exemplo, negociei uma renda a 50% do valor do mercado e contraí, como inquilino, credito para as obras de reabilitação. No fim, fiquei a pagar 2/3 da renda que pagava na Prelada.
Esta tendência para o Estado querer mostrar serviço deveria ser substituída por real eficácia. Os Governos tendem a usurpar respostas que são melhor dadas se directamente pelas pessoas.
José Ferraz Alves
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José Ferraz Alves 5 Abr 13
Recomendo, de Marinho Osório:
"A divida, como afirmei várias vezes, é um embuste.
Se tivermos segundo resgate podemos muito bem ter um perdão parcial da divida (como teve a grecia).
Se tivermos em atenção a evolução da divida dos principais países envolvidos actualmente na crise, percebemos várias coisas:
1ª a crise teve uma reacção concertada dos países
2ª isso provocou um aumento da divida em média de 20%
3ª a crise das dividas soberanas foi só para alguns. A Itália tem um historico com divida superior a 100% e não foi resgatada
4ª A crise da divida soberana na Espanha não se aplicou. No entanto, está como está
5ª a intenção é outra: recuperar o dinheiro perdido com a crise financeira por parte dos mercados e o aproveitamento desse episodio (esperado há muito pelos países principais da europa) para fazer reformas profundas no caminho de um federalismo europeu mais competitivo no mundo. Na prática, um Grande país Europa, que possa competir com a India, com a China, com a Africa, com as potencias emergentes como o Brasil, etc.
Para isso é necessária muito mão de obra BARATA!
Façamos um paralelo com o Portugal do Estado Novo: a riqueza em Lisboa e, um pouco por todo o país, produção de tudo a preço muito baixo, capaz de com isso ser autosuficiente e, mais importante, excedente para vender para fora.
Isto tem um nome para os países do Sul da Europa: POBREZA!"
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José Ferraz Alves 5 Abr 13
E que o problema está na forma escolhida de querer pagar a divida, reduzindo a capacidade de produzir receitas fiscais e aumentando a despesa do lado social, e não no valor da divida de partida.
A CP mostrou no fim de semana da Páscoa como se faz para aumentar receitas, baixando em 50% os bilhetes de viagens de longo curso. Foi um sucesso.
Para governantes que pedem medidas alternativas aos que solicitaram inconstitucionalidades, nunca haverá a capacidade de perceber que sem a sobretaxa de 3,5% e com a baixa do IVA, as receitas seriam superiores. Não dá nos modelos de excel das suas cabeças e na arrogância dos seus corações. Se têm de mostrar contrapartidas, baixem a parte das PPP,s, dos milhões para especialistas e no resgate do BPN. Chegam ao final do ano e verão o efeito. Têm de governar para as pessoas, para a melhoria das suas condições, e os resultados chegam. Metam o Desendividamento, o controlo dos preços da EDP, Galp e Bancos. Promovam a distribuição de lucros nos salários, para que os ganhos das exportações cheguem à economia real e assim à promoção do emprego. Estas são as medidas que darão esperança ao país e que o farão pagar as suas dividas.
E fiquem por Massamá ou pela linha de Cascais.
José Ferraz Alves
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