José Ferraz Alves 11 Abr 13
Na sua luta contra a pobreza, após o micro-crédito, Muhammad Yunus lançou as empresas sociais.
Têm regras simples: sustentáveis económico-financeiramente, impossibilidade de distribuir dividendos (apenas remuneração pré-definida dos capitais investidos) e avaliação do mérito económico-social da sua missão. Eu acrescentaria a remuneração dos gestores a partir desta avaliação.
Assim, as empresas retém o valor criado e não o distribuem artificialmente - quase todas as do PSI 20 endividam-se externamente para pagar dividendos - e focam-se em operações e investimentos bem reais.
Em vez de Banco de Fomento, criem um Banco de Fomento Social, e vendam a Caixa Geral de Depósitos. Sempre mantendo-se sustentáveis, meçam o impacto da sua actuação pela criação de emprego, melhoria da Balança Comercial, substituição de importações, Desendividamento das Famílias e pagamento de impostos ao Estado. Vão perceber até que ponto o impedimento de distribuir dividendos é mágico para a sustentabilidade das empresas.
José Ferraz Alves
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