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O Ouriço

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Outra vítima da maledicência nacional tem sido o Luís Filipe Menezes. Primeiro, implicaram porque ele, alma caridosa - e sempre com o cuidado de a mão esquerda não saber o que dá a mão direita - pagou a renda de casa a uma idosa e a uma colectividade - o que só demonstra a sua vocação cristã. Agora, é porque, na sua infinita caridade, provoca ajuntamentos de pessoas nos bairros sociais do Porto, para comerem umas sandes de porco assado e umas cervejolas. Rui Moreira já o acusou de “tentar criar a ilusão subtil da abastança aos moradores do Porto com porcos no espeto e Quim Barreiros”. O candidato do PS, Manuel Pizarro, idem, afirmando que “anda a ver se consegue comprar votos com música e porco assado”. O Bloco de Esquerda no seu Site Esquerda.Net criticou igualmente esta iniciativa de “um porco por cada bairro”. E aquela boa alma limita-se a não entender tamanha mesquinhez, proclamando aos sete ventos “só falo de coisas sérias e há quem queira emporcalhar [uma referência à polémica dos porcos, que não é nova?], uma campanha eleitoral, mas os portuenses não merecem isso”. E esta oposição mesquinha incapaz de entender esta especial sopa dos pobres, em versão autárquicas, ainda o acusa de a sua candidatura já ter gasto mais de três vezes a verba destinada a comprar porcos. Evidentemente que se trata de uma oferta meramente simbólica - afinal Ruas distribuiu donativos em plena missa como Valentim Loureiro já havia distribuído torradeiras e frigoríficos - que tem recebido uma grande adesão. E isto de ser do povo está até confirmado pela forma como Menezes mostra a "fome" que lhe vai naquele corpo, também ele petiscando, em seu nome, uma sande, bifana de porco, como é conhecida popularmente no Porto, às vezes com uma Super-Bock, que é a cerveja que faz parte das duas bebidas que cada um tem direito ao receber a sande pelos assadores. Diz que, ora entre um ou dois porcos por festa-comício consoante o número de residentes nos bairros sociais, que se um bastou para o Bairro da Sé, já foram precisos dois para o Bairro das Campinas, o candidato, pronto para um interrogatório da Comissão Nacional de Eleições, se prepara para responder: São rosas, senhores, são rosas! 

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Sair da Crise

Jack Soifer 22 Set 13

 

 

 

 

 

 

 

É inaceitável que empresas atrasem o salário de centenas de milhares de trabalhadores. Pior ainda quando o fazem já a pensar em pedir a insolvência e enviar o lucro para o exterior. É possível introduzir um sistema em que elas façam o pagamento automático aos seus colaboradores e só depois realizem o acerto, se eles têm descontos a mais, por falta ou outra razão. Pois elas não atrasam à banca, à EDP e outros grandes fornecedores, só aos que mal sobrevivem sem o salário. Não têm medo, pois eles são os sem-voz da Europa latina.

 

Para sair da crise, precisamos de um maior consumo de produtos feitos cá, com matéria-prima local, para que a mais-valia fique cá. É a família de menores rendimentos que os consome. Assim, reduzir no apoio social vai contra o interesse da economia do País. Aumentar os impostos gerais, como o IVA, que afectam mais os pequenos do que os grandes, é errado. Deve aumentar-se os impostos sobre os supérfluos importados, como carros e barcos, tabaco, álcool, perfumes, moda, crude, aditivos alimentares, viagens ao exterior, como os nórdicos fazem. A Suécia, por exemplo, este ano já cresce 4,2%.

 

O interesse da banca é emprestar para o consumo, pois o spread é maior e aumenta o lucro. Mas o da nação é emprestar para o investimento produtivo. Não compensa ter 42 mil milhões parados em imóveis que não se vendem. Se isto tivesse ido para as PME industriais, seríamos competitivos, estaríamos a exportar e o desemprego teria ficado nos 8%.

 

É preciso diferenciar o imposto sobre empréstimos, triplicar o do consumo, eliminar o do investimento. Duplicar o juro do aforro, pois é mais útil remunerar e usar a poupança do português por cá, do que emprestar da banca estrangeira.

 

É preciso obter consenso com os que geram emprego no país, as PME. O governo muito ganharia com activos observatórios em cada ministério, com representantes das associações locais, não as velhas caras do mais do mesmo.

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A Cabala dos 7 do Ouro

Jack Soifer 19 Set 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A medicina em Portugal é business para uns poucos grupos estrangeiros de fármacos e de aditivos alimentares; e ainda de corporações profissionais e especuladores portugueses. Aqui investe-se em caras vacinas quase inócuas, que os médicos franceses se recusaram a prescrever. E em caros hospitais, ao contrário dos países modernos. Fármaco e hospital é para remediar. Mas a função real do Ministério da Saúde deve ser prever e precaver, e não corrigir um mal já ocorrido. Assim, queremos a medicina preventiva, que começa com uma alimentação saudável, aditivos aprovados por médicos sérios, informação massiva e proibição dos que enfraquecem o sistema imunológico da população. Como é feito nos países nórdicos e não só. A medicina alternativa, muito mais barata e com menos riscos, é algo que pouco se difunde. Por exemplo, as aplicações de ozónio para artrites e para fortalecer em geral o sistema imunológico do nosso próprio corpo. Porquê gastar em publicitar genéricos e ao mesmo tempo permitir que os giga-laboratórios dificultem ao ministério registar e permitir vender em Portugal o que já se vende na Europa há meia década? Para cortar nos gastos basta fazer como outros países, obrigar todos os médicos a prescrever genéricos e só com detalhada justificação na receita, autorizar os de marca; ela é depois analisada no ministério. Muitos laboratórios oferecem seminários de seis horas durante uma semana em hotéis de luxo em paraíso turístico aos médicos que mais prescrevam os seus produtos e travem a receita, para impedir o doente de comprar um genérico. Porquê contratar com grupos financeiros e não PME do sector a gestão dos hospitais privados? Inovar é também adoptar bons exemplos!

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Prato-feito regional

Jack Soifer 12 Set 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As regras de higiene que o lóbi da indústria alimentar impôs à União Europeia têm levado à falência muitas empresas familiares e tornado difícil manter-se a cozinha regional. Milhares de restaurantes podem ser multados pela ASAE por não seguirem essas regras. Mas todos eles têm forno de micro-ondas.

É impossível concorrer com o lóbi dos congelados. Mas é póssível obter, de alguma agência governamental, a classificação de cozinha regional para, de forma artesanal, preparar e congelar doses individuais ou duplas para serem depois aquecidas e servidas em tascas ou pequenos restaurantes.

 

Prepare cem doses de cinco pratos regionais e entregue-as gratuitamente às treze mais populares tascas e restaurantes da sua zona, onde serão apresentadas aos seus clientes frequentes para eles avaliarem. Calcule o valor dos três pratos mais votados. Explique a essas PME as vantagens de economizar tempo, espaço e energia. Use produtos locais, adopte a slow-food e certifique o seu catering. Fotografe os pratos com requinte. Use uma frase tipo “Orgulho da tua região” ou “Segredo da avó”. Adicione um prato por trimestre à sua lista e, na nova informação, mostre a fotografia de alguns agro-fornecedores.

 

Grave um DVD amador com entrevistas a restauradores e a clientes satisfeitos. Mostre-o noutras tascas e restaurantes. Nestes, para alargar o rol dos pratos no cardápio, complicados de preparar, simples de aquecer. Leve esta opção a oficinas e minas distantes, onde hoje os trabalhadores vão almoçar longe. Ofereça umas doses aos semanários e às rádios locais. Só então dê a um só supermercado local o exclusivo de vender o seu produto ao povo, o que exige outra embalagem.

 

O investimento é limitado e com financiamento directo do fabricante dos equipamentos para uma pequena cozinha. Compre uma carrinha usada para a distribuição.

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Viva la revolution merchandisada!

Artur de Oliveira 11 Set 13

Após o grande estrondo de merchandising das t-shirts e produtos afins com a cara de Che Guevara, agora temos as máscaras de Guy Fawkes de um personagem da magistral obra de Alan Moore, V for Vendetta que li em adolescente e de que sou fã confesso. A revolução tal como tudo neste mundo vende, nem que seja á custa de mão de obra semi-escrava. 

 

 

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Emprego e trabalho

Jack Soifer 11 Set 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma vez ouvi um condutor de autocarro turístico reclamar que antes ganhava 3 a 4 mil euros e agora só 1.200 euros. Que o patrão exige horário flexível, começar cedo, às vezes acabar tarde. E que um ucraniano faz tudo e ganha menos de mil.

Esta atitude matou o turismo de qualidade por cá. Muitos ainda não percebem que o futuro do turismo nada tem a ver com o passado. Já não temos os bons turistas, que exigiam qualidade; os actuais já não dão o esperado agrado ao sair da carrinha. O lucro caiu e assim as firmas usam ao máximo os seus recursos e colaboradores. Muitos não aceitam que já se foram as vacas gordas e talvez leve mais de sete anos até melhorar. Não percebem que já não haverá emprego, só trabalho.

O desemprego vai aumentar, o que trará mais criminalidade, e espantará ainda mais os turistas.
Uma freguesia nortenha adoptou o “Hub”, e disponibilizou uma escola básica abandonada, modernizada, com Internet Wi-Fi, a preços módicos, onde o cidadão pudesse lá, na sua firma individual, criar o seu próprio trabalho. Sem burocracia ela dá oportunidade à real inovação dos que querem trabalhar para ganhar.

Por cinco anos afirmamos que o turismo tradicional não tem futuro em Portugal. Só agora aparece alguma acção para outros nichos. Tarde demais. O alerta a derrocadas nas falésias onde as CCDR, contra o parecer dos técnicos, autorizaram aldeamentos, concretizou-se. A politicagem e a morte ao genuíno matou não só uns turistas, mas o turismo de qualidade.

É urgente criar novas actividades económicas. Há anos aqui as descrevo; o Governo ajuda, mas os burocratas travam. Temos pouco tempo para fazê-lo e sermos vistos na União Europeia como um país onde vale a pena investir em hightech. Yes, os autarcas muito podem fazer!

 

 

 

 

 

 

 

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Sobre os piropos

Artur de Oliveira 2 Set 13

Não piroparás a mulher do próximo, a não ser que sejas lésbica ou ela transgender

Evangelho segundo São Francisco Louçã Capítulo 11/2 versículo 69




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