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O Ouriço

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Idade não é problema

Jack Soifer 30 Out 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hà algum tempo atrás, o Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro contratou dois jovens de 21 e 22 anos para acompanhar a execução de medidas do memorando de entendimento com a troika e essa notícia gerou muitas críticas nas redes sociais.

 

Comecei trabalhar no Brasil part-time, aos 11 anos, quando o meu pai faleceu; estudava pelas manhãs, travalhava às tardes, até aos sábados. Aos 21 anos já tinha dez anos de experiência em: fundição metálica, empacotar peças em fábrica de acrílico, venda de anúncios nas Páginas Amarelas, entrevistas para estudos de mercado, lavar pratos em restaurante, e (após concluir Engª)projetos residenciais de instalações eléctricas e depois industriais. Aos 22 participei da elaboração de questionários para estudos de mercados INDUSTRIAIS e de TURISMO.


Indago qual a experiência no mundo real que estes "técnicos" têm. Se sabem os efeitos em 295mil PMEs comerciais ou 23mil PMEs industriais daquilo que a Troika pede. Se sabem como são feitos os "kickback" das transações comerciais no exterior de muitas das grandes corporações e como isto afeta o tecido empresarial luso.
Será que já viveram, longe dos pais, sem apoios, com 275 euros mensais, ao arrendar um cubículo de 1,80 x 2,80m a que chamam de quarto? Será que já estiveram na fila do Exército da Salvação para um prato de sopa numa fria noite de Inverno? Já tiveram que trabalhar uma madrugada fria numa fábrica fria, para compensar a avaria numa calandra? Já levaram um banho de óleo hidráulico de uma prensa hidráulica? Já viram um micro-empresário chorar, abraçado aos seus colaboradores, quando um banco lhe exigiu uma rotativa de volta, pois uma grande corporação atrasou imensamente o pagamento de uma factura?

Esta experiência é que vale, a idade pouco pesa.

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As eleições passaram e no coro dois comentários tanto o Presidente da República como a Presidente da Assembleia da República sublinharam a necessidade de rever a lei que regula a informação em período eleitoral.


Mas passadas as águas eleitorais já os analistas e cronistas reclamam uma revisão da lei eleitoral de 1975 esquecendo a tempestade da informação.

 

As entidades associativas representantes dos media preparam-se para na Assembleia da República demonstrar que a lei tem mesmo que ser alterada; radicalmente.

 

Estamos perante uma lei eleitoral desajustada e caduca. É preciso agora que os representantes dos media sejam capazes de explicar ao Parlamento o que é preciso fazer.

 

Se nas eleições autárquicas a inexistência de debates foi disfarçada pelo cumprimento normativo por rádios locais e jornais regionais (e que bom seria ver as médias de abstenção nos municípios onde houve debates e informação mesmo de esquadro e régua e compará-la com a abstenção naqueles municípios onde, por falta de rádios ou jornais ou por oposição à lei - mais ou menos esclarecida - nada foi dito aos eleitores para além dos comícios das arruadas e da propaganda eleitoral) as próximas eleições europeias, quer pela natureza da votação de um só círculo nacional, quer pela especialidade da informação em debate, a Europa, e logo a seguir (não estou a prever, estou a lembrar que 2015 é ano de eleições) as legislativas ambas num período em que quer para a Europa quer para Portugal a informação será elemento fundamental para ajudar os cidadãos a escolher, dificilmente poderão ser verdadeiramente democráticas e representativas se os media não cumprirem a sua parte no xadrez dos eleitores: informar.

 

Este é provavelmente o grande desafio que não pode adormecer no Parlamento; e é mesmo um desafio porque já ouvi e já li que para mexer nesta lei de 1975 é preciso mexer em todo o enquadramento eleitoral; e é também isso que tenho visto surgir na opinião pública, depois dos avisos do primeiro e da segunda mais altos magistrados da nação.

 

Os media têm de ser claros, o que se procura é dar o lugar a informação jornalística numa sociedade civil tecnologicamente em convergência e em que a escolha e a autonomia do jornalista e das redacções é intocável.

 

O que é preciso é separar a informação da propaganda e mesmo assim reconhecer que na sociedade das redes e da digitalização é quase impossivel a descriminação informativa, a não ser por azelhisse própria.

 

É preciso ter presente que as audiências segmentadas e dispersas não são reunidas nem normalizadas pelos efeitos globais de cobertura dos grandes media, como até ao início da década de noventa do século passado.

 

Com o pouco tempo que resta até às próximas eleições – no máximo 6 meses – arrisco-me a propor um caminho exequível:

1.Revogar a lei de 1975;
2.Preparar uma lei exclusivamente sobre a propaganda eleitoral;
3.Remeter para a autorregulação ou eventualmente a corregulação, o desiderato do equilíbrio informativo com recurso conjunto para a CNE e a ERC cada uma nas suas competências, obrigadas a durante a campanha eleitoral criar um corpo conjunto para atendimento das queixas sobre o mau funcionamento da auto ou corregulação.


 

Só assim teremos tempo e sobretudo eficácia e defenderemos os princípios constitucionais do direito à informação dos cidadãos e do dever de informar dos media.

 

Só assim Portugal se renovará, modernizando-se.

 

 

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Era uma vez um Botas

Helena Marques 25 Out 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quanto mais leio sobre aquele a quem já não se devia nomear, tal é a profusão de biografias, muito boas, biografiazinhas e biografiazecas, livros de todas as temáticas, que existem sobre o homenzinho, que se julgava ungido e escolhido por Deus, embora tenha renunciado a servir esse seu deus; me convenço que tinha um perfil de psicopata. Governou a República Portuguesa durante 43 anos, conquanto os 2 últimos anos tivessem sido uma farsa para não afligir o velhote das botas, tão agarrado ao poder como desde o primeiro dia que insidiosamente se foi apoderando do "reino" e governando como rei absoluto, déspota, salazarísticamente amparado por uma polícia, que ele criou à sua imagem e semelhança, feroz com os inimigos, persecutória, fruto do rancor, até à morte daqueles que ousavam desobedecer à situação. E a situação era Salazar e Salazar a situação. Filho de família pobre, adorado por uma mãe azeda que lhe transmitiu o azedume, foi criando desde criança complexos de inferioridade que o faziam sonhar com o poder. Quando se apaixona por Júlia Perestrelo, a quem dava explicações de piano, a mãe desta opõe-se ao namoro faz-lhe lembrar os tamancos amarelos do pai, feitor da família Perestrelo, que o ajudou materialmente nos estudos, e é expulso da casa dos seus benfeitores, o rancor transforma-se em ódio cego. Quando, Aristides de Sousa Mendes ousa com toda a coragem dos puros de coração e com a bondade da inteligência desobedecer-lhe, persegue-o com o seu ódio cego e o Cônsul que salvou milhares de judeus das câmaras de gás, morrerá na miséria, sem ter o que comer e obrigado a queimar a mobília da sua casa para se aquecer nas noites geladas de Cabanas de Viriato. Quando o General sem medo, desafia o seu poder a sua psicopatia assume o paroxismo e sem peias nem remorso, próprio da patologia do psicopata, manda-o matar a sangue frio. Mas nem mesmo depois de morto, e depois do 25 de Abril, o general será justiçado. Num julgamento que durou anos e em que a herança salazarista foi por demais evidente, os juízes não tiveram a coragem de condenar os verdadeiros culpados, culpar Silva Pais e Barbieri Cardoso, que recebiam ordens directas do Presidente do Conselho, seria acusar Salazar da morte do General Humberto Delgado e mesmo nos anos imediatamente a seguir ao 25 de Abril de 1974 não convinha que o povo português soubesse a verdade. Assim os "coitadinhos-mor" do rei salazarísticamente absoluto foram mandados à sua vidinha sem mais delongas: com psicopatas não se brinca.

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