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Blogosfera que Pica
Pedro Baptista-Bastos 13 Dez 13
Neste dia deve-se saltar da cama, trabalhar, comer, sorrir para as meninas, marcar engates, beber a bica, dar uns traques na rua de surra, dizer baboseiras aos colegas de trabalho, insultar equipas rivais, ouvir rock'n'roll, jogar no euromilhões, rir muito com as outras pessoas, marcar engates, pôr óculos escuros, beber vinho, espancar pessoas, marcar engates, afirmar ideias técnicas no jargão profissional no modo mais confuso possível, pagar o dízimo, marcar engates, olhar ao espelho e dar graças por não sermos parecidos com o Cavaco, marcar engates, (esqueci-me das chaves do carro), marcar engates, e _____________(preencha o que quiser, para lhe dar sorte).
Anabela Melão 13 Dez 13
O Tribunal de Contas avaliou os impactos do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado (PREMAC) com que o Governo contava realizar uma redução de 40% das estruturas e de 27% dos cargos dirigentes do Estado. Primeiro, põe em causa estes números, que classifica como “projecto de intenções”, contestando o número de estruturas do Estado consideradas pelo Governo à partida, chegando à conclusão de que, usando os critérios definidos pelo Governo, se deveriam retirar do universo inicial 25 entidades e acrescentar 94. Igualmente, afirma que o número de dirigentes considerado à partida é empolado, uma vez que o Governo leva em conta aqueles que deveriam existir de acordo com as leis orgânicas e não os que estavam efectivamente em funções. Isto significa, segundo o relatório, que “o universo inicial [de dirigentes] padece de um empolamento, originando uma meta de redução de 27%, a qual, na realidade, nunca será atingida”. De facto, com estes novos números a servir de base e verificando, depois, o que aconteceu às estruturas e cargos dirigentes do Estado entre o lançamento do PREMAC e o final de Março deste ano, o TdC conclui que os cortes pretendidos estão longe de ser alcançados. Nas estruturas, em vez de uma redução de 40%, o que aconteceu foi um corte de 19%. E nos cargos dirigentes, a diminuição não foi de 27%, mas sim de 14%. Mais, assinala que “o processo de reorganização/reestruturação dos organismos inerente ao PREMAC apenas estará concluído quando os mapas de pessoal forem aprovados”, e que este processo está muito atrasado. Até ao final de Setembro, apenas 48 das 101 entidades que apresentaram os mapas de postos de trabalho tinham os seus processos finalizados, 53 processos encontravam-se por aprovar e estavam por fixar as estruturas de pessoal de 49 organismos. Nos mapas aprovados ou por aprovar eram previstos aumentos no número de funcionários. Outra crítica do tribunal ao PREMAC é a de que, logo à partida, não estava “suportado num plano estratégico para a administração central do Estado”, não tendo, entre outras coisas, um “diagnóstico inicial” ou “objectivos definidos e hierarquizados quanto às entidades e aos respectivos recursos humanos”. Finalmente, o TdC critica o facto de não haver, nas contas gerais do Estado publicadas a seguir à aplicação do PREMAC, qualquer informação prestada pelo Governo sobre os impactos efectivos do plano. E lança dúvidas sobre a existência de impactos orçamentais significativos desta reforma do Estado. “A redução de estruturas e de cargos dirigentes preconizada pelo PREMAC por si só não assegura uma reestruturação da administração central do Estado, configurando-se mais como um processo de fusão de organismos, mantendo, de uma forma geral, as mesmas competências e atribuições, distribuídas por um número inferior de estruturas”, afirma o relatório. O PREMAC não passa, pois, de mais uma falácia a encapotar as verdadeiras intenções do governo: despedir, desmantelar, destruir. E assim está Portugal entregue a esta espécie de meninos ladinos ... uma tropa de elite, sem dúvida!
Anabela Melão 9 Dez 13
São curiosas as declarações de Passos Largos em diversas ocasiões. Encontro com imigrantes, na Amadora: "Posso-vos garantir que eu sou o mais africano de todos os candidatos ao Parlamento que existem em Portugal." Encontro com trabalhadores da Auto-Europa: "Posso garantir-vos que sou o mais alemão dos candidatos que existem em Portugal. Tenho um VW e tudo." Distribuindo panfletos em Canal Caveira: "Posso garantir-vos que sou o mais alentejano dos candidatos que existem em Portugal. Parávamos aqui todos os anos, quando íamos de férias para a casa da Manta Rota." Ora bem, vale a pena dissertar sobre o conceito de "idiota", termo com origem no grego "idiotes" que significa "pessoa leiga, com falta de habilidade profissional", na acepção original, idiota designava literalmente o cidadão privado, alguém que se dedicava apenas aos assuntos particulares em oposição ao cidadão que ocupava algum cargo público ou participava dos assuntos de ordem pública. O termo evoluiu de forma algo depreciativa para caracterizar uma pessoa ignorante, simples, sem educação. Popularmente, um idiota é um indivíduo tolo, imbecil, desprovido de inteligência e de bom senso. Na Psiquiatria, a idiotia é o diagnóstico atribuído ao indivíduo mentalmente deficiente, com grau avançado de atraso mental. No estado de idiotia profunda, o portador desta patologia tem as suas capacidades vitais reduzidas num estado semelhante ao coma. Acontece que, numa rápida análise do texto bíblico, em particular por Mt 5,22, se encontra uma referência que me dá que pensar e nela devem pensar, igualmente, todos os cristãos. Jesus afirma que quem insultar o seu irmão (a palavra grega, raká, é considerada um termo abusivo, com um significado mais provável de: tolo, burro ou cabeça-oca), estará também sujeito ao sinédrio, ou seja, será julgado. Jesus ainda continua dizendo que quem chamar o seu irmão com o adjetivo grego moré (traduzido para o inglês como foolish e para o português como tolo, néscio, imbecil e tonto) estará sujeito a geena do fogo. Embora me pareça uma sentença demasiado dura para o caso, vou respeitar. Passos disse tudo isto com a "habilidade comunicativa" que lhe é reconhecida. E mais não digo que não quero ir para o inferno (ou quero?! - questão existencial que abordarei noutra hora). E é esta a criatura que responde "... se me pergunta se eu vivo confortavelmente com um emprego para a vida toda, a resposta é não. Tenho que fazer pela vida" (Passos Coelho, in "Expresso", 23 Janeiro 2010) - Um problema que me aflige seriamente. Como se explica que não façamos nada para melhorar a qualidade de vida do "nosso" primeiro-ministro, quando, todos os dias, ele nos surpreende com fórmulas (matemáticas, científicas, filosóficas e outras ...) com impacto reconhecido nas nossas vidas? Povo injusto, é o que é! - quanto à promessa de diminuir entre 5 a 10% os salários dos políticos, tão falada durante a campanha eleitoral, era o que mais faltava era cumprir promessas eleitorais ... onde é que tamanha enormidade já se viu num regime democrático? (AM)
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