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Blogosfera que Pica
Jack Soifer 29 Jan 14
Muitos investidores tecnológicos deixam de investir cá por causa da (in)justiça. Quando trabalhei nos EUA aprendi a discernir entre Melhorar, Mudar, Podar e Eliminar. É a diferença entre o que é e o que deveria ser uma instituição, e a sua flexibilidade estrutural, que traz uma destas acções. Melhora-se quando a maioria dos chefes, ao conhecer a ineficácia, medida junto aos clientes finais, neste caso PMEs, profissionais e o grande público, provam querer melhorar, já na apresentação dos resultados. Muda-se quadros, quando só parte deles concorda que ‘está muito mal’. Poda-se, isto é, extingue-se, muda-se a localização e a lei que a criou, ficando só uns 5% dos técnicos, quando a maioria deles não mostra melhores práticas em 30 dias. Elimina-se uma instituição quando a árvore está tão desacreditada que é necessário arrancar o mal pela raíz e deixar outras sementes, que não cresceram devido ao mal uso da terra, crescer, florir e frutificar. Quando o cidadão contribuinte já não acredita na instituição, aumenta a fome e a criminalidade. Pois neste quintal crescem mais piratas do que investidores. Será hora de podar, não só ajustar, a constituição? O ‘direito adquirido’, mesmo que ilegalmente, o código processual e o corporativismo assustam investidores sérios. Na Dinamarca cada nova portaria e lei é avaliada após um ano, por um inquérito ao público e aos advogados que a utilizaram. Usam uma amostra do povo para a redigir em linguagem simples. Usam experientes advogados para garantir um texto com uma só interpretação. Pois aos grandes ‘agentes’ do direito, diferente da Justiça, e aos lóbis, interessa manter tudo como está. Pois é só o povo e o estado (leia-se contribuinte) quem perde.
Faust Von Goethe 26 Jan 14
Estando fora do país, leio com alguma relutância as generalizações perigosas sobre a praxe académica. Mesmo correndo o risco de ser insultado ou de estar a defender uma prática, por muitos dita militarista, gostaria de deixar algumas notas sobre a minha visão sobre praxe académica.
A parte dos relatos em que consta os alunos terem entrado dentro de água supostamente com pedras presas aos tornozelos é outra história que ainda não percebi muito bem. Mas faço votos que que seja esclarecida para bem de todos, incluindo as outras universidades que nada têm a ver com o caso.
Anabela Melão 20 Jan 14
O "controlo" tentado pelo Governo relativamente às forças de segurança parece não estar a surtir efeito. Investigadores da PJ desanimados e revoltados com a prática das miseráveis politicas governamentais, consubstanciada nos cortes do seu vencimento. Uma "reforma" que atingiu já quase 60% do vencimento, entre IRS, CGA, ADSE e cortes remuneratórios (este ano mais 4 a 9%). As associações socioprofissionais da GNR, por seu lado, também já alertaram para a crescente indignação sentida pelos militares, devido aos novos cortes nos vencimentos, e avisam que pode estar em perigo a sua ação como garantia da ordem e do cumprimento das leis. Em causa, ainda, "a forma despudorada como a tutela tem vindo a desrespeitar e colocar em causa a condição do militar da GNR". Para além dos "ataques às compensações subjacentes à permanente disponibilidade, penosidade, salubridade e perigosidade da missão desenvolvida. Relativamente às propostas de aumento das contribuições para o subsistema de saúde, as associações manifestam a sua "indignação face à forma ilegítima, pouco séria e imoral, como o Governo se prepara para colmatar o chumbo do Tribunal Constitucional, com recurso à penalização do subsistema de saúde dos militares da Guarda. Para 27 de fevereiro já está agendada uma manifestação nacional em Lisboa, convocada pela APG/GNR, contra os novos cortes nos vencimentos e o aumento da carga horária e dos descontos para o subsistema de saúde.
Entretanto, as medidas de austeridade aplicadas na Administração Pública desde 2010 já levaram a cortes nos salários líquidos dos funcionários que, nos casos de rendimentos de 3.000 € brutos, atingem 18,9%. A justificar esta redução está o corte salarial que entrou em vigor em 2011 e que foi agravado no âmbito do Orçamento do Estado para 2014, prevendo-se agora um corte salarial entre 2,5% e 12% para salários superiores a 675 €.
Já não se trata de resistir, mas de como resistir! Sem pretender ficar de fora dos sacrifícios, estes profissionais consideram que foi ultrapassado o limite do sustentável e que os estão a obrigar a passar de sacrificados a indignos insolventes! E a revolta paira no ar! Quando civis e militares se juntam em uníssono na indignação "sinais de fumo" já se percebem ... e pode não ser de "fumo branco"!
Anabela Melão 8 Jan 14
O que está em questão é quem está disposto a lutar pela vitória da trilogia da Revolução Francesa, “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”? A Fraternidade, de entre as três máximas, foi sempre a mais esquecida. Nas Igrejas Cristãs, todos são - ou todos se arrogam - filhos de Deus, mas raramente nos reconhecemos como irmãos. O mesmo se passa noutras Ordens. Muitos por lá andam e poucos a vivem. Qual é então a situação da população mundial? 1% da população mundial concentra 43% da riqueza, enquanto 50% fica apenas com 2%. 871 milhões de pessoas passam fome. Mais de 1.000 milhões, se encontram na indigência e cerca de 3.000 milhões na pobreza. 900 milhões não têm água potável. 1.000 milhões não têm acesso à luz eléctrica e 2.160 milhões não possuem instalações sanitárias.
O Papa Francisco começou, como um pecador em processo de conversão, a chamar os cardeais, os bispos, os padres e despertá-los para o serviço. Para os das demais Ordens, cristãos ou não, trate-se ou não de marketing religioso, há que lhe seguir o exemplo. Qualquer Ordem Iniciática "serve", não é para que os que dela fazem parte "se sirvam". Esta verdade dói e implica separar o escasso trigo do volumoso jóio. Mas o trabalho tem, igualmente, de começar. É a "sabonária", como disse, com a sua graça e acutilância costumeira, o meu amigo - e já agora, Irmão, José António Barreiros.
Mais do que o processo de depuração que visa "sanear" - espero que o termo seja suficientemente forte para agitar as águas - os que dizem benfeitores e que de fraternidade nada percebem, é Hora de arrebanhar o rebanho dos verdadeiros Irmãos, seja de Igreja seja de Ordens, e, sem falsos pudores, assumirmo-nos como aquilo que somos: irmãos (Mt 23, 8-9), juntos num trabalho em prol da comunidade.
Afinal, mesmo para quem não é cristão e mesmo para quem vê no Papa Francisco, um produto elaborado de marketing político, retire-se das suas palavras e de algumas das suas acções o melhor: a de que o Mundo carece de Filhos-Irmãos que, sem descurarem o seu alimento, quais pelicanos, o partilhem com outros. E falo de todos os tipos de alimentos, já que nem só de pão vive o Homem.
Bergoglio caminha em contramão. Também assim o fazem algumas Ordens, que vivem na sombra de grandiosos feitos e de valorosos homens que engrossaram as suas fileiras, e que hoje morreriam mal vissem a corja que se entranhou no seu seio, qual tecido mole e amarelecido da romã, que corrompe os rubros gomos e lhes retira sabor. Pelicanos sem préstimo e romãs apodrecidas, assim, enjeitando essa nossa qualidade de Irmãos de todos os homens, viramos a cara ao outro e, quanto aos poucos que ainda têm consciência e ousadia para se verem ao espelho e se confrontarem com as suas acomodadas inacções ante tanta necessidade do Outro (a omissão também é um "pecado", consta, nalguns casos - e, a ser assim, este será o maior deles). Os fariseus ouviam Jesus dizer que não se pode servir a Deus e ao Dinheiro e zombavam dele (Lc 16, 13-15). O dinheiro faz falta para muita coisa, entre as quais, para provir às necessidades dos nossos Irmãos, que são, só, todos os Homens.
Temos pela frente um novo ano e o grande desafio será o de sermos Pelicanos e de diferenciarmos, entre nós, as partes-fel da romã que a corrompe e denigre. O Mundo precisa de Homens Bons e cabe a todos descobrir nos Outros o Irmão. E, como de boas intenções está o Inferno cheio, é-me indiferente quem faz o Bem, se a Igreja (ou as Igrejas) ou a Ordem (ou as Ordens), já ficaria satisfeita se nos levantássemos, fôssemos ao menos meia dúzia, arregaçássemos as mangas e fizéssemos Obra. Porque toda a Obra que se faz pelo nosso Irmão, é Obra, não do homem - partícula infíma - mas da Obra que o Maior Criou (cada um de nós). Façamos de 2014, um céu de pelicanos e que as romanceiras floresçam e deem frutos. Recebam, todos, independentemente de credos e ideologias, o meu imenso abraço fraternal. AM
Pedro Baptista-Bastos 4 Jan 14
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