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Blogosfera que Pica
Jack Soifer 19 Abr 12
O salário mínimo por cá deveria já em 2011 chegar aos 550 euros. Mostram estudos em vários outros países similares, incluindo o Brasil, que quando a classe mais pobre ganha mais, gasta quase todo o adicional em produtos e serviços feitos na sua região ou no seu país. Por exemplo, em alimentos naturais, roupa, calçado, transporte público e restaurantes de qualidade. Não são made in China. Estas PME regionais, ao vender mais, emprestam menos da banca e economizam juros, além de melhor usar a capacidade já instalada, o que aumenta o lucro. Este é investido em mais espaço ou em equipamentos feitos ou instalados por empresas nacionais. Isto melhora a competitividade destas empresas que já podem assim exportar ou então concorrer com produtos importados.
Os donos destas firmas quase sempre vivem na própria freguesia, no município ou no vizinho, onde elas actuam. É lá que eles investem numa casa melhor, mobiliário, em mais idas a restaurantes, em adquirir mais roupas. Assim, esta classe média-alta gasta na indústria e no comércio local. Que, num segundo round do uso dos 75€ a mais, beneficia as PME comerciais locais. Estes, por sua vez, no terceiro round, vão empregar mais e acabam por eles também gastar mais na sua região.
Foi dito no PRÓS E CONTRAS de 06/12, que o custo com pessoal representa pouco no preço de um produto ou serviço, na maioria dos sectores. Em indústrias, algo como 18% em serviços até 36%. Já alguns dos custos administrativos ibéricos, como saco-azul (rosa, laranja ou outra cor - menos verde-vermelho), a publicidade na TV apenas para 'calar' os media privados, e a ineficácia administrativa ou burocrática já ultrapassam estes valores.
Ao aumentar o salário-mínimo e duplicar as pensões/reformas mais baixas, podemos aumentar o PIB, o uso da capacidade produtiva já instalada e criar emprego. Pois são as PME locais, não as multinacionais que empregam. Os 11 maiores exportadores já possuem os meios para exportar. São as micro-empresas altamente especializadas, desprezadas pelo AICEP, que agora têm o maior potencial exportador.
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