Faust Von Goethe 24 Abr 12
Concordo em parte com o que Maria Teixeira Alves, Rui Crull Tabosa e José Mendonça da Cruz escreveram em Corta-Fitas. No entanto, a sua posição, assim como a da associação 25 de Abril parece-me coerente, pois:
- É preciso dar o lugar aos mais novos no que toca a gritar palavras de ordem à revolução (eles é que se têm que manifestar quanto ao desmprego jovem, por exemplo);
- A luta de Soares, Alegre entre outros pela revolução dos cravos, como se pode ler na página do Centro de documentação 25 de Abril [da minha universidade] prendeu-se essencialmente, por um aumento salarial e por uma luta pela igualdade de classes.
Portanto, as suas posições são coerentes, desde que as enquadrem com as directivas do actual executivo-que ao invés de aumentar os salários, corta-os, tal como Marcello Caetano, no período pós-primavera Marcellista (Estou a supor que UGT não vai mesmo rasgar o acordo de concertação social).
Claro que poderíamos invocar outros motivos, como o facto do actual programa de privatizações do estado Português, estar a devolver- e muito bem (?!)- às suas ex-colónias, e em particular aos Angolanos, aquilo que lhes retirou durante anos, mas não quero entrar por aí. Anda por aí muita gente com os nervos em franja, e ainda só estamos em Abril.
Nem quero imaginar como isto estará em Novembro.
Leituras complementares: