Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

O Ouriço

MENU

Religião na crise

Francisco Cunha Rêgo 16 Mai 12

 

Em Fátima, este ano, o mês de Maio viu uma enchente extraordinária, julgo por causa da crise, e apesar dela, com toneladas de velas compradas e incineradas em nome de desejos cumpridos ou por cumprir.

Alguns têm vindo a anunciar a secularização, a não-religiosidade, etc., da nossa sociedade, mas não hesitam em chamar a um grande Estádio de Futebol 'A Catedral', esquecendo que a religiosidade pode brotar quando somos colocados perante, por exemplo, eventos trágicos ou sublimes, sem sabermos de onde vêm e como acabam. É algo que existe em todas as culturas e não desaparece. Modifica-se. Adapta-se. Tem novas formas de revelação.

A insegurança e a angústia das pessoas encontra na religiosidade um conforto. Como hoje é mais fácil construir um percurso individual, a diversidade de vidas existentes na nossa cidade, bairro, rua e prédio, leva à existência de Igrejas diferentes, ou com atitudes diferentes.

De salientar que Alfredo Teixeira coordenou um estudo recente sobre Identidades Religiosas em Portugal, o qual refere a diversidade em que o indivíduo hoje se constrói como ser religioso, mesmo sem pertencer a uma Religião.

Olhando para o que acontece durante a nossa vida nos mundos Macro e Micro, no Universo conhecido, é inevitável existirem interrogações inquietantes, as quais a Ciência e a Filosofia, por si sós, não conseguem acalmar e explicar.

Afinal, acender uma vela e orar, ou fazer um desejo, é um dos gestos mais civilizados que as nossas angústias e os nossos anseios provocam. Mas o que ali, em Fátima, se manifestou, caso falhe na resposta alcançada, pode vir a ser motor de arranque para a acção.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds