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O Ouriço

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A prótese doirada

John Wolf 18 Mai 12

 

 

 

Enquanto uma cambada de políticos e "austeradores" demonstra a sua eficácia na destruição das economias de gregos e troianos, uma outra ideia vai ganhando solidez. À medida que o rasgão da bandeira do euro aumenta, os costureiros querem acreditar e fazer acreditar que os seus remendos irão aguentar a bronca, mas sabem que estão equivocados, que estão enganados, embora não o queiram admitir enquanto estiverem no poder. Nos bastidores há muito que se sabe que a salvação das economias, se não fôr operada a jusante, será realizada a montante(s)...com montantes avultados de dinheiro. Dinheiro impresso pelo Banco Central Europeu que assumirá uma forma de quantitative easing à europeia. Quando as facilidades qualititativas não são congeminadas pelos governantes por atraso cognitivo ou deficiência conceptual, a virtualização da riqueza é o caminho mais fácil. Quando isso acontecer significa que a hiperinflação já terá sido convenientemente esquecida. Mas teremos uma lanterna para nos indicar o caminho, e revelar o real desfecho das divisas. A leste ou a oeste a expansão da base monetária está a acontecer e, de um modo subreptício, a divisa histórica começa a brilhar. O oiro reluzente não dará tréguas às mentiras veladas pelos cangalheiros. O ouro, e o seu parente pobre, a prata, farão mais uma vez uma aparição sem terem sido convidados para o festim. Não necessitaremos de um padrão nem de um estalão para perceber a chapada que iremos levar. Esqueçam a reforma dourada. Umas moedas de ouro podem vir a calhar.

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2 comentários

De Faust Von Goethe a 19.05.2012 às 01:05

A perspectiva do padrão ouro que apresentas é deveras interessantes, mais ainda quando sabemos que o preços das matérias primas está em queda. Por outro lado, como se deve sobejamente saber, Portugal abdicou do padrão ouro quando aderiu ao euro, o que pode ser visto como uma certa fragilidade dentro até da política monetária.
Tendo em conta o cenário actual, onde se consta que esteja a haver uma corrida a outras moedas como o franço suíço ou a coroa norueguesa, em grande parte devida à fuga de depósitos de países como grécia e espanha, como podemos enquadrar o padrão ouro no contexto actual, onde a tendência com a saída da grécia da zona euro, seja a hiperdeflação?

De John Wolf a 19.05.2012 às 08:36

Caro Nelson, as tuas palavras ampliam as implicações do mencionado no texto. É precisamente essa questão de fundo que tem de ser levantada. A ideia de criação de uma moeda "out of thin air"...o abandono do suporte de vida de divisas: a economia real. Em termos clássicos, a moeda reflectia a força ou fraqueza das respectivas economias. Neste sentido, o caminho do euro só pode ser um: desvalorizar substancialmente.

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