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O Ouriço

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O debate blogosférico no seu melhor

Faust Von Goethe 29 Mai 12

Tenho de admitir que sou um admirador confesso de Jack Soifer, em especial da sua capacidade invulgar para se auto-elogiar nas seus posts/artigos de opinião, "fugindo com o rabo à seringa" a perguntas concretas-o que realmente interessa.

 

Gosto ainda mais quando ele, ao invés de disponibilizar informações mais detalhadas-como o fazem economistas da nossa praça em blogs como o The Portuguese Economy-faz uso de um jargão de economia sem dar uma ideia geral dos termos que utiliza, não inclui qualquer referência bibliográfica que ateste os dados que revela, nem indica as fontes de onde recolheu os dados (p.e. AMECO,INE,EuroStat,IGCP, ...), já para não falar que manda os leitores-mandou-me a mim e provavelmente uns outros tantos- irem ler os seus livros.

 

Agora pergunto-me eu:

Para quê ir a correr comprar os livros de Jack Soifer quando se pode ler "quase" de borla economistas reputados como Paul De Grawe, Paul Krugman, Kenneth Rogoff, Nouriel Roubini, Robert Schiller, Peter Schiff, os portuguesíssimos Pedro Pita Barros,Ricardo Reis que escrevem semanalmente no suplemento Dinheiro Vivo do JN e pontualmente no blogue colectivo The Portuguese Economy, o deputado social-democrata Miguel Frasquilho que assina mensalmente uma coluna de opinião no Jornal de Negócios, ou até mesmo os reports de tecnocratas como Vítor Gaspar ou Mario Draghi et all que se podem "sacar" à borla a partir do servidor Social Science Research Network?

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3 comentários

De Jack Soifer a 11.06.2013 às 00:59

Se o Faust ler algum dos meus livros verá que lá chega a encontrar 40 referencias bibliográficas em capítulos de 6 páginas. Não é habitual em entrevistas, p.ex. ao Vida Económica, dar referências bibliográficas, nem em artigos de opinião.
Lamento que o autor deste comentário não tenha observado esta diferença.
Os livros e as colunas d'alguns dos autores citados,que leio, são de macroeconomistas enquanto o meu humilde contributo tem sido em mostrar o que acontece ou pode acontecer quando consideramos diferentes sectores.
Pois há muito aprendi com o nobel Gunnar Myrdal, que quanto mais abstrações se fizer do mundo real, maior é a possibilidade de análise erronea. Quando a macro-economia é vista como a soma de quase um milhar de diferentes sectores do tecido empresarial, que é o mundo real, é que ela tem valor. Pois o $ e o PIB são abstrações daquilo que deveriam ser, um reflexo da satisfação que todos os cidadãos de um país tem ao trabalhar e assim poder adquirir o que desejam, para sentirem-se felizes.
Sou um humilde consultor de PMEs, não me compare com estes protagonistas macroeconomicos, sff; não mereço. É verdade, não escrevo livros para mostrar que li centenas de referências. Escrevo apenas para partilhar as melhores práticas do mundo real. Escrevo para os que desejam conhecê-las.

De Jack Soifer a 11.06.2013 às 01:11

Peço desculpas, esqueci de mencionar que o Faust certamente sabe que um estudante comprovou que Rogoff tinha erros de cálculos numa das suas análises.
E, aparentemente, outro protagonista mencionado, Vitor Gaspar, tambem teria estimativas erradas.
Se o Faust, que não tem coragem de aparecer com o seu nome, de dar a cara, ler o que publiquei em 11/11/04 sobre esta crise, no início de 2005 sobre a implosão da Bolsa de Valores, em Set/09 no COMO SAIR DA CRISE, sobre alternativas para reduzir o impacto da crise que ainda não era reconhecida como grave em Portugal e ver o PRÓS E CONTRAS de 01/03/10 onde afirmei que estávamos em RECESSÃO ESTRUTURAL, que levaria uns 8 anos para dela sair, poderá melhor julgar se as minhas estimativas estavam erradas. Afinal, para o país, talvez conte mais quem possa PREVER para PREVENIR do que quem lista referências bibliográficas e não ajuda a prever.

De Faust Von Goethe a 11.06.2013 às 02:59

Prezado Jack,

O erro de Rogoff não inviabiliza nem as conclusões e muito menos os objectivos em mira. Se ler o que economistas como Bradford DeLong-http://www.project-syndicate.org/blog/risks-of-debt--the-real-flaw-in-reinhart-rogoff- escreveram após a polémica Rogoff certamente usaria outro tipo de argumentos baseados em análise exploratória de dados ao invés de mencionar previsões sem mostrar os dados. E neste caso concreto, é do que se trata o que em ciência-que é disto que falamos- trata-se de um verdadeiro calote.
Mais sobre Rogoff-numa outra perspectiva-veja os slides da minha palestra pública de Março 2013 no âmbito do ano da Matemática do Planeta Terra.

Cumprimentos,
Faust

BTW. Faust é o diminutivo de Faustino. Goethe foi escritor alemão que escreveu a peça de teatro Faust http://en.wikipedia.org/wiki/Goethe's_Faust. Na minha óptica, tanto Faust de Goethe como a divina comédia de Dante são duas excelentes obras que se enquadram nos tempos estranhos que vivemos.
http://mathmagicworld.wordpress.com/2013/03/19/crescimento-insunstentavel-palestra-in-portuguese/

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