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O Ouriço

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Já em 01/03/10 eu disse no Prós e Contras da RTP que Portugal estava não só em crise, mas em depressão, que é uma longa recessão. Disse que os problemas não eram só financeiros, mas sobretudo estruturais. Que os países que enfrentaram problemas similares levaram oito anos ou mais para superá-los. Escrevi pouco depois que precisaríamos uns 160 MM Euros para superá-los, sem criar um abalo social.

 

No documento entregue ao Sr.Ministro da Economia no debate que  tive com ele há umas 4 semanas, mencionei a previsão de 11 experts internacionais, que Portugal em 2014, ceteris paribus, i.e, se continuar as atuais práticas económicas e sobretudo fiscais, terá um desemprego de 26%, uma criminalidade muito elevada, a perda de 100 mil engenheiros e bons técnicos por ano e um aumento da economia paralela de 25% para 55%, o que significa uma enorme perda de competitividade e da receita fiscal.

 

Em poucas semanas todos os dados publicados e não publicados apontam para tais previsões. Pois o INE não publica as curvas de exportações de longo prazo para mostrar a sazonalidade anual e plurianual das nossas exportações. Nem as correlata com o crescimento actual e futuro da actividade económica dos nossos clientes. O INE ignora as previsões dos operadores de turismo, que apontam para uma ligeira queda do número de turistas, mas uma brutal queda da receita total, ao mesmo tempo que a oferta de camas não-oficiais aumenta e assim a economia paralela neste setor e assim o círculo vicioso de ainda mais descontos.

 

Não preciso enumerar todos os erros de cálculo deste e dos anteriores governos. Com autoestradas quase não-transitadas; com projectos mirabolantes de aeroportos, sem ouvir as empresas aéreas que apontavam para aeronaves maiores e um mínimo aumento de poisos. E agora a decisão do Tribunal Constitucional. Porque é que não se despedem chefes intermédios, burocratas que só atrapalham?

 

É pena que estes respeitados economistas só agora, após dois anos, vêm confirmar as minhas previsões. É pena que não mais temos por cá estadistas que possam ter a coragem de fazer o que é necessário. Precisamos de uma Dama de Ferro lusa, uma nova Santa Isabel, uma verdadeira estadista que ponha os interesses do povo acima dos de um restrito grupo que diz sim às ordens do exterior, na esperança de serem Comissários da UE ou e(x)spertos do FMI.

 

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1 comentário

De semiramis a 08.07.2012 às 03:19

Convenhamos que acerca do deputado Frasquilho, o mesmo que integra o grupo encarregado de fiscalizar o plano de assistência financeira e que trabalha no BES, potencial beneficiário desse mesmo programa.
Em suma, os banqueiros dominam a vida política.

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