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Blogosfera que Pica
Mendo Henriques 13 Jul 12
Desde há trinta anos que uma ideia tem feito o seu caminho na Europa e as mais variadas escolas de pensamento têm produzido muitos avatares: "Renda Básica" para os economistas franceses Henri Guitton e Yoland Bresson; "Renda básica" para os filósofos Jean Claude Ferry e Philippe Van Parijs; "Renda básica" para o cientista político alemão Claus Offe; "Renda cidadã" para o inglês Keith Roberts; " Renda suficiente Incondicional " para o filósofo francês André Gorz, fundador do Le Nouvel Observateur ... De todas estas versões, disse Yoland Bresson, o ex-reitor da Faculdade de Ciências de Paris-XII, serem uma "renda incondicional desde o nascimento até a morte."
O que está no coração deste debate e lhe vem dar toda a atualidade é a distinção entre trabalho e emprego, sobretudo numa situação em que o pleno emprego passou a ser impossível nas sociedades globalizadas. E mais; será o pleno emprego desejável se houver outros modos de sobrevivência e de integração social, se uma partte da população tiver a opção de recorrer a actividades não económicas, como o são todas as realizadas pelas organizações da sociedade civil? No corpo humano, todos os neurónios recebem glicose; e mesmo que nada façam com ela, ficam com maior potencial. E na sociedade ?
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Por exemplo, eu recebo uma "renda básica" desde o 21 anos e mantenho-a até hoje. E porquê?
i) Porque faço ciência;
ii) Porque o que produzo cientificamente é uma fonte hipotética de lucros,
iii) Porque pode vir a minimizar custos
iv) dá reputação não apenas a mim mas à instituição a que pertenço;
v) gera empregos
Resumindo, só é digno de receber "renda básica" aquele que é capaz de transformar-segundo as leis naturais de Lavoiser-capital intelectual em capital financeiro.
Os restantes...
É emprego? É trabalho? Depende do ponto de vista se a pessoa gosta ou não daquilo que faz!