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Blogosfera que Pica
Jack Soifer 7 Ago 12
Já em 01/03/10 eu disse no PRÓS e CONTRAS da RTP que Portugal estava não só em crise, mas no início de uma depressão que em geral leva uns 8 anos para superar. Após a Grécia, como lá mencionei, teríamos revoltas populares na Itália, França e Espanha. Nas minhas colunas no OJE já em 14/12/10 e 17/01/12 e no livro COMO SAIR DA CRISE B eu descrevera alternativas para o Euro e para o modelo económico monetarista que o Banco Central Europeu nos tinha imposto.
Antes de Strauss-Kahn cair na cilada do hotel de NovaIorque já se falava no Euro a duas velocidades e no Euro-M, mediterrânico, para evitar a longa recessão que poderia levar a depressão ou a uma revolta nestes países. Pois o sonho de Monet e Schumann ao idealizar a CEE para tentar uma UE tinha como objetivo aumentar, não reduzir a concorrência. E a principal função do Estado na Economia seria controlar, não ser controlado, pelas grandes corporações, manter apenas as empresas estratégicas, mas garantir total concorrência em todos os setores económicos.
Já em 1975, quando trabalhava nos EUA, fui a uma reunião no prédio da então Time-Life para ouvir e aprender. Lá ouvi “garantir concorrência entre os nossos fornecedores, mas nós precisamos de uma estratégia comum”, o que na prática significa cartel. As leis anti-trust de Kennedy foram então destruídas por Bush pai e pelo neoliberalismo de M.Tatcher, fanática teórica do large-is-best.
Foi o que aconteceu também na UE. O Tratado de Roma foi inteiramente alterado em Maastricht e as práticas oligopolistas desde então permitidas trouxeram esta enorme dicotomia entre o Norte e o Sul da Europa, com claras vantagens para o Norte, às custas do Sul e da África.
Agora só há duas soluções equilibradas: O € a dois tempos ou acabar com o Euro, se não querem acabar com a actual UE, já que os poderosos que lucraram com os empréstimos aos mediterrânicos não aceitarão reduzir as dívidas. E o eleitor não aceitará pagar o que uns poucos lucraram à custa de muitos, para aplicar os € em paraísos fiscais. É o que Monti afirma. Mas não diz que a 3ª opção é dizimar a oposição popular com desinformação e controlo da Internet e de sms, já iniciada.
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